29 de agosto de 2011

Top 10 - No meu tempo...

Vivi quase toda minha infância e adolescência na década de 90. Naquele tempo tudo era mais simples em matéria de diversão e entretenimento, e a maioria das pessoas não tinha as opções e facilidades que as crianças e adolescentes do século XXI têm.
Oh, meu Deus!! Como é terrível pensar que nasci no século passado!!!
Mas é verdade, caro Padawan. Eu sou do século passado e tenho me sentido como tal ultimamente.
As novidades tecnológicas surgem a cada piscar de olhos sem que possamos nem sequer absorvê-las totalmente, e o mesmo acontece com as informações, disparadas abundantemente e sem controle à medida que nos deslocamos para o trabalho ou que tomamos um café na esquina (pra quem toma café, é claro, eu não tomo).
Não falo só do avanço tecnológico, mas também de todas as mudanças que ocorreram (nem sempre para melhor) com a sociedade moderna, e como pareço cada vez mais um Marty McFly perdido no futuro sem um DeLorean que viaja no tempo para voltar para casa.
Começa agora o Top 10 da viagem no tempo.
Apertem os cintos, porque o piloto não faz nem ideia de como se conduz essa máquina!!


Vinil, cassete e MP3

Ei, você, garotinho de 14, 15 anos. Você mesmo!
Sabia que antigamente não existia arquivo de música MP3 e que nós, velhos dinossauros, tínhamos que esperar as músicas serem lançadas por rádios para que pudéssemos ouvi-la?
Sabia que o CD, hoje quase obsoleto, ainda era uma novidade naquela época e que muita gente só ouvia música em casa nos bolachões denominados LPs?
Você sabia que para termos uma música que pudéssemos ouvir a hora que quiséssemos tínhamos que esperar a mesma ser executada em uma rádio e então gravá-la com um artefato rupestre chamado de fita cassete?
Cara, só de pensar que conheço objetos que a molecada para a qual eu dou aula hoje em dia só conhece de ouvir falar, eu já sinto milhões de tufos de cabelos grisalhos crescerem em minha cabeça!
Até hoje ainda me lembro de como era comum sair para comprar um LP, e de como a engenhoca que o reproduzia (em muitos casos conhecida como vitrola e dotada de uma agulha que volte e meia enchia de poeira) parece hoje tão arcaica.
E o trabalho que dava gravar uma música em uma fita cassete??
Às vezes tinha que se esperar por horas até que a música desejada tocasse para gravar, e não era raro errar a mão e gravar só parte da música ou em alguns casos, NENHUMA PARTE da dita cuja.
E pra ouvir então??
Fitas não eram como LPs que podíamos simplesmente avançar a agulha para a faixa que quiséssemos com dois movimentos. Tinha que se esperar chegar até o ponto desejado apertando os malfadados FF ou RW para avançar ou voltar, e acredite: Não era uma tarefa rápida!
Claro que tinha o velho truque de avançar a fita usando uma caneta BIC, mas aí já fica para outro post, porque agora fiquei deprimido!

Quando as bandas não eram coloridas...


No meu saudoso tempo as bandas não eram coloridas, não cantavam refrões pegajosos/repetitivos nem tampouco variavam da cultura EMO. Aliás. EMOs nem existiam!
O mais próximo disso eram os góticos.
Antigamente bandas como Mamonas Assassinas e Raimundos despontavam nas paradas de sucesso com seu humor esdrúxulo (ou “somrisal”, como diria o Dinho), e a molecada daquela geração cresceu saudável e alegre, sem pensar em cortar os pulsos a cada desilusão amorosa ou a cada formiguinha que é pisoteada pelos humanos.
Na verdade hoje em dia todo mundo é mais bunda mole, mas naquela época a galera só queria saber de zoar e se divertir, cantando (e ouvindo) as letras dos garotos de Guarulhos e da turma de Brasília, representada pelos Raimundos, no último volume. Não havia nada de sério nas canções, não pensávamos na morte da bezerra em decorrência da melodia, e estávamos colocando para fora as emoções reprimidas e aquele certo ar de rebeldia que imperava em cada um. Éramos adolescentes, mas isso, não queria dizer que o mundo estava contra nós e que precisávamos nos revoltar. Era mais por curtição, afinal, algum sentimento tinha que ser exposto!
Correndo por fora, passada a época da explosão de hormônios, vinham as letras mais inteligentes da Legião Urbana (que enfrentou o auge e o fim na década de 90) e a continuação das carreiras dos Paralamas do Sucesso e Titãs, que já vinham embalados da década anterior.
Se fode aí, você que só tem Cine, Restart e NX Zero pra ouvir!


Boquinha da garrafa X Pentada Violenta

Acredita que houve uma época em que as músicas mais obscenas que existiam eram provenientes da onda chamada Axé Music, e que dançar na boquinha da garrafa era o máximo ao qual a cultura brasileira podia se rebaixar?
Quem diria que mais de dez anos depois o fundo do poço poderia se tornar ainda mais fundo, e no lugar do “Pinto do meu pai”, da “Dança da bundinha” e do “Rala tcheca” temos coisas ainda piores como “Pentada violenta”, “Soca nele” e a poética “A porra da buceta é minha”!
E pasmem! A molecada se amarra no pancadão!
Os jovens não só gostam como fazem questão de compartilhar com todo mundo ao redor, seja no ônibus, no calçadão e por que não no elevador, deixando até o menos puritano de cabelo em pé com o teor das letras do funk, ritmo que se originou nas quebradas cariocas.
É a tecnologia moderna mais uma vez prestando um “desserviço” para aqueles que humildemente ainda optam pelos bons e velhos fones de ouvido.
Se fode aí, você que ainda gosta de rock, seu velho!

As pesquisas antes do Google


Está aí uma facilidade trazida pela tecnologia que me agrada: O Google!
Na época de mil novecentos e guaraná com rolha quando o professor nos indicava um trabalho de pesquisa que deveria ser feito em papel almaço e com capas geralmente mal feitas com aquelas horrendas réguas de letras, éramos obrigados a recorrer às bibliotecas para procurar o conteúdo. Se hoje você reclama em ter que ler site após site atrás de uma única informação, pense como era divertido ter pouco mais de duas horas para ter que achar a mesma informação em uma pilha de livros velhos e mofados que eram nos dado quando você chegava na bibliotecária com uma simples pergunta: “Onde posso encontrar algo sobre a revolução industrial, moça?”.
CTRL+C e CTRL+V? Não existia isso, caro padawan!
O jeito era copiar tudo à mão mesmo (já fazendo aqueles resumos ocasionais de cortar metade do parágrafo para ter que escrever menos no processo), pois eram raros aqueles que dispunham de alguns Reais para xerocar as páginas.
Agora quero ver você reclamar de não estar achando o conteúdo numa página de internet com o traseiro confortavelmente sentado em uma poltrona, seu preguiçoso!
E viva o Google!


Nerd bobão e Nerd cool

Nerd sempre foi o sinônimo para molequefeiopracaralhointeligenteeantisocial, e costumeiramente o nerd era o sujeito que mais sofria bullyng na escola, vítima dos garotões metidos à atleta que pegavam todas as meninas bonitas do colégio, as mesmas que o nerd sempre quis, mas que nunca teve competência para pegar.
Lendo o resumo acima, me diga: Você gostaria de ser nerd?
Em alguns casos não havia muitas opções para o molequefeiopracaralhointeligenteeantisocial, então ele preferia se apegar aos livros, já que não tinha o menor talento para jogar futebol, basquete ou qualquer esporte que exigisse alguma habilidade física.
Era comum ver em filmes, séries e até em HQs o nerd ser representado de forma pejorativa como aquele personagem que sempre se dava mal e que era detestado por quase todo mundo por ser um tipo meio esquisito (a meu ver incompreendido, na verdade).
Ainda podemos ver esse nerd bobão de vez em quando em produções ficcionais, mas atualmente é cool ser nerd, e tem até gente que admite ser nerd e que acima de tudo quer ser nerd.
Tem séries para nerds (a meu ver Big Bang Theory é sobre nerds e não para nerds), tem personagens nerds que se dão bem (Peter Parker já viveu dias piores do que atualmente que ele faz parte da maioria dos supergrupos da Marvel), tem nerds na vida real se dando muito bem (Steve Jobs manda um alô!) e tem nerd levando muita porrada, mas ficando com a mocinha no final (o Kick Ass do filme).
A meu ver você não escolhe ser nerd. Você já nasce com aquele gene que te faz se comportar como um idiota completo sem qualquer tato social, e isso define o que você vai ser pelo resto da vida.
A grande maioria usa seus talentos cerebrais para se tornar um milionário e depois poder pisar em todos aqueles que praticaram bullyng com ele na infância, e é essa imagem que o nerd passa hoje em dia: Do cara que vai se dar melhor do que o metido à atleta que hoje está gordo, velho e barrigudo.
E aí, mulher? Você já escolheu o seu nerd hoje? Agora eles estão na moda!

Meu mundo se resumia a uma placa de 32 bits!

A geração Playstation não deve saber, mas há muito tempo numa galáxia muito distante, os jogos de videogame rodavam em placas de 32 bits (o amado Super Nintendo, por exemplo) e as pré-históricas fitas (ou cartuchos) conseguiam armazenar no máximo 2GBit (ou 256 MB). Comparando essa “capacidade absurda” de armazenamento com o que alguns videogames podem chegar atualmente, (O PS3 chega a ter um HD de 60 GB além de apresentar uma configuração com porta HDMI, conexão Wi-Fi e etc.), dá pra imaginar porque o mercado de games é o que mais cresce no mundo hoje, e porque a Microsoft praticamente abriu mão de seu velho e requentado Windows para investir em seu Xbox 360: O negócio é lucrativo, e a molecada pira com essas novidades tecnológicas, como os vindouros jogos em 3D e toda a jogabilidade alucinante que esses games trazem.
Há pouca coisa mais divertida (para nerds virgens e marmanjinhos que não pegam ninguém) do que um bom jogo de videogame, e não é difícil perceber que há um público crescente para esse tipo de entretenimento e que ele paga (e bem) para manter-se atualizado.
No meu tempo, mesmo com a qualidade gráfica defasada dos jogos e da jogabilidade durona de alguns deles, já era divertido jogar videogame, mas comparando com o que a molecada tem disponível hoje em dia, seja com jogos online para PC ou para os consoles Wii, Xbox e PS3, nós, velhos dinossauros (em especial aqueles que pararam no tempo e nunca mais seguraram um controle nas mãos desde Mortal Kombat Trilogy), não eramos tão felizes.


As madrugadas com Emanuelle...


Ah! A boa e velha sacanagem gratuita da TV.
Se você hoje, garoto punheteiro, pode simplesmente se trancar no quarto munido de muito gel e papel higiênico, ir para frente do seu computador e acessar as zilhões de páginas de sacanagem que a Internet disponibiliza e quase se perder com tantas opções, levante as mãos para o céu e agradeça! Você nasceu numa época muito boa!
Os computadores da minha época de adolescente espinhento ainda usavam internet discada, e quase ninguém tinha um PC em casa, o que nos obrigava a esperar a boa vontade da televisão para passar algum filme de conteúdo erótico... O que só acontecia de madrugada!
Era muito raro passar Instinto Selvagem, Invasão de Privacidade, Striptease (aquele da Demi Moore) ou Proposta Indecente em horário nobre, isso só mencionando filmes célebres que chegaram a ser lançados no cinema com conteúdo picante. Por isso, quando eles passavam, era quase um evento.
Filmes mais apelativos nós, jovens com hormônios pululantes, só víamos nas madrugadas (quando dava) nos chamados Cines Privés (obrigado Bandeirantes!), e mesmo assim não eram nada demais, se compararmos com os filmes disponíveis em sites de vídeos pornográficos da atualidade. Cenas de sexo ensaiadas em que nunca se mostrava algo além de seios, bunda e coxas (era um evento ainda maior quando se permitia ver as partes íntimas femininas) eram o que tínhamos de mais ousado, mas acredite, naquele tempo já dava uma aliviada na tensão de ser um jovem sem sexo real.
Se a geração antes da minha cresceu vendo as atrizes icônicas da Globo em cenas de sexo nas chamadas pornochanchadas, nós só conseguíamos ver, no máximo a Alessandra Negrini peladinha em A Engraçadinha ou a Ana Paula Arósio mostrando os peitinhos em Hilda Furacão, e tudo com muita classe e recato, o que a TV platinada sempre prima.
Se não me falha a memória, a primeira cena de sexo mais quente que vi na TV aberta em horário nobre foi no filme Instinto Selvagem, em que Michael Douglas manda ver na Sharon Stone, numa transa cheia de gemidos e urros animalescos. Eeee, lá em casa!

"Jogo X-Men"

O primeiro computador com que tive contato ainda operava no Sistema DOS, que posso resumir para os jovens de hoje como algo muito, muito velho.
Nele não haviam programas instalados, e a maioria dos aplicativos eram carregados na memória da velharia com o auxílio de disquetes, aqueles de 5 ¼ grandões e terrivelmente sensíveis.
Me lembro que não era possível fazer porra nenhuma naquele museu, exceto, claro, jogar muito Pacman (genérico) e Zaxxon, jogos que eu me amarrava e que me deixavam por horas preso diante daquela tela de fundo preto com caracteres verdes.
Ah, também dava para treinar digitação...
É.
Que tempo de merda!
O primeiro sistema operacional moderno em que coloquei as patas foi um Windows 95, e de lá para cá fui “enfrentando” cada uma das versões do Sistema e xingando muito, como todo bom usuário de Windows.
Acabei me formando técnico em informática (Não, isso não quer dizer que eu só sei consertar computador), e depois migrei para a parte da informática que mais me agradava: os softwares de design gráfico.
Embora reconheça que quem mais ganha dinheiro com informática são os nerds que programam computadores, desenvolvem sites e que são os responsáveis por tudo relacionado a softwares e jogos hoje em dia, nunca quis necessariamente saber programar, embora fosse essa visão que eu tinha desde que era um jovem padawan dessa máquina dos milagres e seus usuários malucos: de que só dava para fazer isso diante de um computador.
Hoje, parte de meu trabalho, é ensinar pessoas a manipularem desde os aplicativos básicos até os mais avançados, bem como fazê-las enxergarem que, embora às vezes pareça (e a Microsoft se esforce para essa crença se manter) o computador não é um bicho de sete cabeças.
Tá... Só um pouquinho.
Nota da vergonha:
Uma vez na época de escola, eu e meus amigos visitamos uma feira de ciências, e lá encontramos um computador. O desenho dos X-Men era febre na época, bem como o jogo lançado pela CAPCOM (que já mencionei aqui). Não sabíamos nada de informática, exceto o que víamos em filmes, então na nossa inocência, achávamos que qualquer coisa que digitássemos (em um editor de textos!!!) ele seria capaz de mostrar na tela.
Um dos nossos colegas foi lá, digitou “jogo X-Men” e, claro, nada aconteceu!!
HEHEHEHEHE!



"5 filmes por 10 Real"

Uma das coisas que mais sinto falta, e que eu fazia muito nos fins de semana, era alugar filmes nas, hoje quase extintas, vídeo-locadoras.
Você que está lendo esse post pode até estar falando agora “mas, Rodman, aqui onde eu moro ainda tem vídeo-locadora e mimimi”, mas eu não posso dizer o mesmo.
A acessibilidade de se conseguir DVDs graváveis e a ainda maior facilidade em se baixar filmes da Internet gratuitamente, mesmo aqueles que ainda estão em cartaz nos cinemas, diminuiu consideravelmente a necessidade de se buscar filmes em locadoras, o que antes, era regra, caso você fosse um aficionado por cinema ou que, no mínimo, tivesse grande interesse por eles. Antigamente eu ia muito pouco ao cinema, e mesmo que fosse todos os dias, ainda assim não teria visto todos os filmes que gostaria, o que me obrigava a ir a locadora e alugar dois ou três filmes para passar o sábado e o domingo de folga vendo. E sim, era divertido passear por entre os corredores da locadora escolhendo meticulosamente aquela película que garantiria o riso, a adrenalina ou o suspense do fim de semana.
A pirataria e os preços elevados dos filmes em DVD (hoje em dia à preço de bananas por causa do blu-ray) também colaboraram muito para a morte das locadoras de bairro, e das duas uma: Ou você começa a compactuar com a pirataria, vai ali na esquina e compra 5 filmes por “10 Real” ou vai no torrent mais próximo e baixa o mesmo em seu computador, lotando seu HD. Como bom colecionador, ainda compro meus DVDs originais nas lojas e vou estocando, até que os mesmos, num futuro próximo, se tornem sucata, assim como viraram um dia minhas fitas cassete. Aí bora colecionar Blu-ray... Até que ele também fique ultrapassado.

Sebos e HQs digitais

Eu coleciono HQs desde que ainda as chamava de gibi, e meu quarto quase já não tem mais espaço para elas.
Mensalmente eu ainda adquiro dois ou três exemplares daqueles títulos que possibilitam uma boa leitura sem que você tenha vontade de tacar fogo assim que vira a última página, e isso, em plena era dos scans digitais!Podem me chamar de antiquado, mas eu não curto ler nada no computador. Eu possuo arquivos completos em PDF de livros famosos que nunca li uma linha sequer, e HQs eu leio apenas aquelas que são indispensáveis, como um número perdido em banca ou uma edição rara que jamais consegui ler e que me causam traumas desde a infância.
Quando eu era pequeno, eu torrava a paciência da minha mãe para que ela me comprasse gibis em sebos, e duvido que houvesse criança mais feliz do que eu quando voltava com minha revistinha debaixo do braço depois da escola com o sorriso de orelha a orelha.
Me tornei um viciado em quadrinhos graças a meu irmão que comprou os primeiros exemplares que vi na vida, e desde então faço de tudo para não deixar morrer essa paixão pela nona arte. Poderia contar minha vida por cada história que já li em épocas diferentes, e nunca achei que fosse um dinheiro jogado fora (e olhe que foi um bocado de dinheiro!!), embora todo mundo que não seja fã como eu deva achar o contrário.
Assim como a pirataria vem matando as locadoras, é inegável dizer que a cultura dos scans ajudou bastante também para o começo do fim das histórias em quadrinhos impressas.
Como assim, Rodman? As HQs impressas vão acabar??”
Provavelmente, caro padawan. Isso não vai acontecer hoje, amanhã e nem ano que vem, mas em breve todos estarão acostumados a ler HQs em tablets e a necessidade de se imprimir as histórias vai começar a passar, assim como tantas outras coisas que se tornaram obsoletas da minha época para a atual.
Embora muita gente, como eu, não curta muito esse contato frio com o material desenhado, sem sentir a textura do papel, o cheiro das páginas novas e a mania de se passar minutos apreciando uma capa bem executada (acredite, eu faço tudo isso!), nós seremos voto vencido, e teremos que nos acostumar a comprar (Hehe! É ruim, hein!) HQs digitais e começar a “empilhá-las” nos HDs das tablets. Pelo menos o problema do armazenamento das revistas no quarto estará resolvido.
Melhor começar a pesquisar a melhor tablet do mercado...
Pensando bem... Melhor começar a comprar o maior número de HQs físicas possíveis. Vai que elas valerão uma nota no futuro!


O futuro está chegando, e o último a perceber é a mulher do padre!


NAMASTE!

20 de agosto de 2011

Mais Sangue Fresco na Terceira Temporada


Há um tempo, comentei aqui sobre a primeira temporada de True Blood e minhas impressões acerca dos primeiros episódios. Três temporadas depois, já posso dissertar com maior propriedade sobre essa série, que chegou para mostrar que vampiros podem sim ter sentimentos, mas que não precisam brilhar sob a luz do sol.

Apesar dessa certeza, a terceira temporada foi a mais “Crepúsculo” de todas, em especial porque começou a incorporar lobisomens (ou lycans, como preferirem) ao enredo, criando uma ligação entre o mundo dos chupadores de sangue e suas antíteses peludas.

True Blood, aliás, mostrou-se desde o início ser uma série de fantasia em geral, e não apenas uma história sobre vampiros, o que nos levou a conhecer personagens metamorfos, bacantes (a Mary Ann da 2ª temporada) e agora até fadas. Fadas. FADAS!

A história parte exatamente de onde a segunda temporada fora interrompida, quando Bill Compton (Stephen Moyer) é misteriosamente sequestrado minutos depois de pedir a intrépida Sookie Stackhouse (Ana Paquin) em casamento. Desesperada, a garçonete do Bar Merlotte tenta encontrar rastros do paradeiro de seu amor vampiro, enquanto o espectador descobre que Bill fora sequestrado por lobisomens, com ordens para leva-lo até o rei dos vampiros do estado de Mississippi, o lascivo e cruel Russel Edgington (Denis O’Hare).


Após uma busca incansável pelo paradeiro do amado, e tendo que recorrer à ajuda de Eric Northman (Alexander Skarsgard), o xerife dos vampiros da Louisiana e pretendente ao coração (e outros pedaços mais interessantes) de Sookie, a garçonete enfim chega ao local onde Bill fora levado, e junto de Alcide (Joe Manganiello, o Flash Thompson de Homem Aranha 1) o lobisomem que deve favores a Eric e que é colocado como seu cão de guarda (sem trocadilhos), a garota descobre que Edgington é um fornecedor de V (sangue vampiro), e que ele mantém toda uma casta de lobisomens sob seu domínio cedendo-lhes sangue.

A garota estranhamente é rechaçada quando encontra Bill, que além de tratá-la com indiferença apresenta interesse em se aliar com Edgington, renegando a liderança da Rainha Vampira da Louisiana Sophie-Ann (Evan Rachel Wood).

O plano de Edgington, no entanto, é casar-se com Sophie-Ann, estendendo assim o alcance de seus domínios com a união dos dois estados, e ele usa a suposta lealdade de Bill para atrair sua pretendente e todos seus comandados, incluindo Eric.


No final das contas, Bill só estava tentando proteger Sookie ao rechaçá-la, mas ao tentar se rebelar contra o rei vampiro e salvar a garçonete, ele acabou sendo aprisionado e colocado à mercê de sua criadora, a apaixonada e enlouquecida Lorena (Mariana Klaveno), uma das aliadas de Edgington. Com a ajuda de Alcide, que detém os lobisomens à serviço do rei do Mississippi, a loira consegue salvar Bill das garras de Lorena, e a mata fincando-lhe uma estaca no peito. Enfraquecido por ter sido torturado com prata (uma das fraquezas dos chupadores de sangue), no meio do resgate Bill ataca Sookie sem conseguir se controlar, e a garota acaba ficando em coma após ter quase todo o sangue sorvido pelo namorado.

Com um companheiro desses quem é que precisa de inimigo, hein?!


Após se alimentar do sangue da garçonete quase até a exaustão, Bill é exposto ao sol e descobre que ficou imune a sua luz, e não, ele não fica cintilante como certos vampirinhos emos. Algum tempo depois, ele rastreia sua garota que está sob proteção de Alcide (que começa a ter uma atração por Sookie), Tara (Rutina Wesley, que havia sido raptada por um dos vampiros aliados de Edgington), Jason (Ryan Kwanten) e Lafayete (Nelsan Ellis). Contra a vontade do lobisomen, Bill acaba dando seu sangue para alimentar Sookie em retribuição ao que tomou, e a garota acaba acordando do coma, puta da vida por quase ter sido morta por aquele que lhe jurou amor eterno (nesse caso eterno mesmo!!).

Em contratempo descobrimos que Edgington, no passado, assassinou toda a família viking de Eric usando lobisomens, e o xerife dos vampiros começa a se aproximar do rei vampiro a fim de vingar-se centenas de anos depois. Para tanto, Northman lhe entrega de bandeja sua rainha Sophie-Ann, completando os planos de Edgington que esperava esposá-la apenas como uma forma de ganhar mais poder (na história o vampirão é casado com outro vampiro chamado Talbot, vivido por Theo Alexander), e ganhando a sua confiança.


No final das contas Eric se une a Bill para destruir Edgington de uma vez por todas, e ambos usam Sookie como isca, alegando que a garota é uma fada, e que por isso, seu sangue possui propriedades que permitem aos vampiros que o consumam, se tornarem day walkers (tipo o Blade). Além de suas capacidades telepáticas, Sookie, à partir da segunda temporada, também começou a emanar uma fonte de energia das mãos (está cada vez mais X-Men isso!) que ela usou para livrar-se da pérfida Mary Ann, e durante seu coma a garota visitou o reino das fadas (!!), onde através da sua líder (a fada madrinha??), começou a desvendar o que ela realmente era. Edgington descobre que Bill estivera investigando o passado da família de Sookie provavelmente atrás da fonte dos poderes da garota, e no final da temporada é revelado que o vampiro forjou todo o acidente que fizera com que a garçonete o conhecesse e se apaixonasse por ele.

Mas que tremendo filho da puta esse Compton, hein!

Após assassinar Talbot como parte de seu plano, Eric desvia toda a atenção de Edgington para si, e o rei dos vampiros enlouquece com a morte de seu marido, vindo à público e declarando guerra aos humanos (Magneto agora??) após matar ao vivo um âncora da TV (se cuida William Bonner!).


Sabendo que não pode vencer o vilão numa briga justa pelos anos de experiência a mais que ele possui, Eric então resolve incitar a curiosidade de Edgington com a história do sangue das fadas, e ele completa sua vingança deixando o vampiro exposto ao sol logo que os efeitos do sangue de Sookie, que são temporários, se esvai. Disposto a morrer junto do algoz de sua família nórdica, Eric é salvo por Sookie, que mais uma vez se sentiu traída por Bill após o engodo, e a pedido do falecido Godric (que surge tal qual um Obi Wan Kenobi) Eric desiste de matar Edgington, fazendo com que a garota o salve também. Por fim, após quase ter deixado o vilão virar torrada exposto ao sol (O’Hare usa uma máscara pra lá de bizarra para parecer tostado!), Eric e Bill decidem enterrá-lo (no bom sentido) vivo em cimento fresco, fazendo-o pagar por seus crimes e mantendo-o longe de Sookie e o segredo que a tornaria um alvo para todos os vampiros do mundo, uma vez que as fadas aparentemente estão extintas.


Pensando nisso, Bill tenta se livrar de Eric e sua ajudante Pam (Kristin Bauer), mas o insistente empata-foda (não consigo achar outro adjetivo para esse sujeito) retorna e revela a Sookie que Bill tramou a aproximação com ela desde o início.

Estaria Compton planejando tomar posse de Sookie apenas por causa das propriedades exclusivas que o sangue da menina possuía?

Não se pode confiar em mais ninguém hoje em dia mesmo, hein!

Assim como as anteriores, a terceira temporada apresentou diversas subtramas com os personagens secundários. Tara acaba atraindo um vampiro obsessivo para si após a morte do grande amor da sua vida Eggs, que fora assassinado por Jason na segunda temporada. Aprisionada na mansão de Edgington sob o jugo do vampiro, a amiga de Sookie acaba sendo violentada e ameaçada de morte, enquanto vê Bill passeando pela mansão, agindo como se nem a conhecesse e não se esforçando para ajudá-la.


Quando com a ajuda do próprio Jason Tara enfim se livra de vampiro maluco, a garota descobre que fora seu amigo de infância o causador da morte de Eggs e se revolta, passando a agir misteriosamente até o fim da temporada.

Jason por sua vez, é obrigado a conviver com o assassinato de Eggs, fato que lhe deixa traumatizado a ponto de falhar na hora H com a mulherada. Quem conhece bem o personagem sabe que da série toda ele só perdoa a própria irmã Sookie, porque o resto ele passa o rodo geral!

Acobertado pelo policial Andy Belleflour (Chris Bauer mais um da família do Jack) que toma para si a culpa da morte de Eggs, Jason acaba encontrando uma misteriosa garota chamada Crystal (Lindsay Pulsipher) que lhe atrai. Mais tarde é mostrado que a garota tem um difícil relacionamento com o pai e o irmão, perigosos traficantes de V e outras drogas num bairro pobre de Bon Temps, e que além disso ela é capaz de transmutar-se em uma pantera de forma parecida com o que acontece com Sam Merlotte (Sam Trammel).


O passado misterioso de Sam começa a ser revelado, e em busca de seus verdadeiros pais ele acaba encontrando os dois em uma cidade afastada, descobrindo que também possui um irmão chamado Tommy (Marshall Allman). Após vários trambiques envolvendo os poderes metamórficos de Tommy (que assim como a mãe de Sam também pode se transformar em animais), Sam os expulsa de sua casa, tornando-se responsável pelo inconsequente irmão que o acaba envolvendo em várias confusões e roubando suas economias no final da temporada.
Além disso, descobrimos que Sam usava seus poderes metamórficos para conseguir dinheiro no passado, e que ele possui pelo menos duas mortes no currículo, a da ex-namorada que o ajuda em seus assaltos e a do amante da mulher, que decidira roubá-lo.

A acolhida de Bill, Jessica Hamby (Deborah Ann Woll), após se descontrolar e fazer sua primeira vítima, começa a aprender a controlar seus instintos vampíricos, e sozinha na casa que pertence a seu criador enquanto ele está fora, a garota remoe seu amor por Hoyt (Jim Parrack), decidindo ceder a ele depois que ele é ferido quase que mortalmente por Tommy durante uma briga.
Contrariando a vontade da mãe que não aceita seu envolvimento com Jessica, por ela ser uma vampira, Hoyt compra uma casa e começa a fazer planos para morar junto da garota.

Esperto esse Hoyt! Com uma ruiva dessas dando sopa, quem não daria casa comida e roupa lavada também?


Apesar de ter uma trama menos envolvente do que a da segunda temporada, que até agora figura como minha preferida, a terceira temporada de True Blood manteve a média de qualidade que eu já havia salientado no Blog. Ainda me divirto assistindo a série, apesar de ter achado os primeiros episódios enfadonhos com aquele lance de lobisomens, sequestro do Bill e o vampiro afetado vivido por Denis O’Hare (que me lembra muito o icônico Ian McDiarmid, mais conhecido como Chanceler Palpatine de Star Wars). Depois de uma pausa muito grande (em que assisti Misfits e Walking Dead no processo) decidi voltar a acompanhar com frequência e o resultado final não me desagradou tanto.

Tudo que me atraiu na série ainda está lá: Sexo, violência, sexo, drama, sexo, a relação bem desenvolvida entre os personagens e claro, sexo.


Apesar de que, a meu ver, a série tenha perdido alguns pontos no quesito história ao misturar muito elementos fantásticos (fadas??!!) e que a trama entre Sookie e Bill tenha meio que se desgastado, a audiência americana para o canal HBO, que a transmite, cresceu bastante desde a primeira temporada, sinal de que o enlatado possui os ingredientes que o povo quer ver.

Apesar das cenas homossexuais integradas ao roteiro, ainda é possível ver Anna Paquin toda empenhada nas cenas lascivas de sexo com Stephen Moyer uma vez ou outra, e isso é claro, me torna um possível espectador da quarta temporada que já rola solta no canal americano.



Conseguirá a série me manter motivado a ver os próximos episódios?

Só o futuro dirá!


Nota: 8


Baby, I wanna do real bad thing with you!

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...