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18 de março de 2015

Galeria do Rodman #08 - O Homem sem Medo


Esse é o mês do Demolidor no Blog do Rodman, e para homenagear o herói cego da Cozinha do Inferno, eu decidi ressuscitar uma série das antigas do Blog, a Galeria do Rodman, onde este que vos fala, publica (sem nenhuma pretensão) seus rabiscos artísticos.

Uma das primeiras HQs do Demolidor que botei a mão, foi a hoje clássica, Superaventuras Marvel nº 100 (que também comentei aqui no post sobre O Homem sem Medo do Frank Miller). A edição comemorativa publicada pela Editora Abril é inteirinha dedicada ao personagem, e mostra seis histórias de épocas diferentes para mostrar a evolução do Demônio ao longo das décadas, e como ele era retratado por seus diversos autores e desenhistas. Nessa edição tem desenhos do Gene Colan, Wally Wood, o mestre Gil Kane, Frank Miller, David Mazzucchelli e o cara que resolvi homenagear e com a qual tudo começou: Bill Everett!


Bill Everett, o pai da criança!
Bill Everett foi o primeiro cara a desenhar o Demolidor, e isso aconteceu lá na década de 60, enquanto Stan "The Man" Lee assinava os roteiros, como era de praxe. Everett (que também é o criador do Namor!) desenvolveu o primeiro visual do Demônio Audacioso, aquele amarelo e vermelho (que muita gente hoje acha tosco), e foi justamente uma arte dessa primeira edição que me inspirou a voltar a desenhar, depois de tantos anos sem pegar num lápis. A capa da primeira edição Daredevil do qual se origina essa arte, foi representada com falhas graves de colorização na época do lançamento da Superaventuras Marvel nº100 (1990). Logo depois da sinopse das seis histórias, a Editora Abril fez a abertura do "encadernado" com a tal arte em cores invertidas (eeeeee, Dona Abril!!), o que me fez achar POR ANOS que o uniforme original do Demolidor era verde e amarelo (BRASILL-ILL-ILLL!). 


A clássica Superaventuras Marvel e as cores invertidas

O traço de Everett, ao melhor estilo Jack Kirby, embora menos rebuscado que o mesmo, apresenta linhas simples e uma perspectiva bem demarcada, tornando a anatomia do jovem Demolidor muito interessante. Nunca antes havia tido coragem de copiar aqueles traços, e dessa vez resolvi fazê-lo, aceitando o desafio de emular o estilo de um dos mais respeitados artistas que já passaram pela Marvel

O desenho original foi todo feito à lápis (HB), e primeiramente rascunhei o posicionamento do personagem na folha A4, algo muito importante de se fazer, até para não acabar cortando nenhum pé, mão ou mesmo a cabeça. Depois do rascunho, reforcei o lápis já dando a forma do personagem, seu uniforme e o bastão. 



Ao terminar essa etapa, defini o traço usando grafite 0,5, que permite um detalhamento, que por mais que o lápis esteja apontado, ele nunca alcança. Nessa hora eu costumo já fazer algumas hachuras que vão especificar o volume dos músculos e divisórias do traje.



O contorno do lápis e a separação entre luz e sombra começou à seguir, com minha caneta nanquim. É necessário um pouco mais de paciência e maior firmeza nas mãos para conseguir o detalhamento necessário, já pensando na digitalização e em como isso vai ficar em bitmap. Nas áreas onde o preto se espalha mais, usei nanquim com pincel e bico de pena e pouco depois apliquei as hachuras para tentar criar os volumes.



Após digitalizar o trabalho já inteiramente arte-finalizado, comecei os trabalhos de colorização, que desde que eu pintava com lápis de cor seco, era a minha parte favorita. Desta vez, diferente das artes que já apresentei aqui, não usei nada de lápis, e toda a cor foi aplicada com o auxílio do Photoshop (Aqui eu usei a versão CS6). 



Após transformar a imagem de plano de fundo em camada, eu criei uma nova camada e comecei a aplicar as cores chapadas do desenho, sem qualquer efeito de sombra ou brilho. 



Para não me atrapalhar durante o processo, criei uma layer para cada parte colorizada, e renomeei uma por uma para que depois soubesse o que era cada coisa. 



Ainda dupliquei as camadas separadas para, enfim, aplicar os efeitos de sombreamento no uniforme do Demolidor, em especial na área vermelha, e por último realcei os brilhos dando volume ao desenho. 



Criei um cenário urbano ao fundo (clássico nas capas do Demolidor) com uma cidade vetorizada, desfoquei a imagem e posicionei elipses à frente do personagem, como a representação de seu sentido de radar. Com a cidade desfocada ao fundo, é como se o herói estive captando os sons da cidade. 



Só depois que terminei tudo é que reparei que as hachuras que tinha aplicado nas pernas do personagem e nos braços não tinham ficado legais, e resolvi eliminar o erro. 



Como o desenho original já digitalizado possuía as tais hachuras, fui obrigado a vetorizar o desenho com a ajuda do Illustrator, e aproveitei para resolver as distorções de pixel que estavam me incomodando bastante, deixando o trabalho bem mais amador. As linhas vetoriais resolveram alguns problemas de imprecisão em meu traço original, e depois de feita essa etapa, exportei a imagem para o PSD e recolori tudo, agora já tendo removido as hachuras e as sombras excessivas na máscara do Demolidor. 




Para três dias de trabalho, até que o resultado ficou satisfatório, mas pra mim, um desenho vai ser sempre como um filho que sou obrigado a deixar ir, mesmo que ele não esteja totalmente formado. Espero que Bill Everett não se sinta ofendido com essa homenagem, lá onde quer que ele esteja*! Hehehe!




*Bill Everett faleceu em 1973

NAMASTE!

12 de março de 2012

Galeria do Rodman #7

Houve uma época em que eu parei de simplesmente copiar os desenhos dos meus personagens preferidos, como fiz durante um longo período da minha infância, e passei a criá-los, imaginando novas poses, cenários próprios e um design de montagem diferente do que eu via nas HQs. Claro que nunca fiz nada 100% inovador ou inédito, mas alguns dos desenhos que eu fazia com certeza não poderiam ser achados no Google, por exemplo. Era algo meu, desenvolvido e colorido por mim.
Além de encontros inusitados como Conan e Glory (aquela da Image) e Wolverine e Tomb
Raider
, eu imaginei também parcerias mais tradicionais como Wolverine e Elektra, o que acabou rendendo o trabalho publicado nesse post.
A ideia inicial era mostrar Elektra (sim, de novo ela!) como a ninja gostosa que ela é, com aquela pose típica de capa de Playboy em que a modelo vira pra galera e mostra a bundinha na hora da foto.

Aiie, Rodman. Como você é tarado!

E quem não é na adolescência, caro padawan?


Para o Wolverine, eu queria algo menos animalesco como era de costume, e decidi trajá-lo com uma roupa de ir comprar pão na esquina, calça jeans e camiseta.
Todo mundo imagina o Wolverine com aquela cara de enfezado, mas decidi fazê-lo mais próximo ao que o Hugh Jackman representa para o personagem no cinema, o de galã com garras de adamantium, e usei referências fotográficas para compor a imagem tanto do carcaju quanto a da Elektra.


Mas, Rodman, isso não combina com o personagem!


Ué! Vai lá e fala isso pra Fox que colocou o Jackman (de quase um metro e noventa) pra interpretar o baixinho canadense!
Admito que na hora da adaptação, ao tentar refinar o traço e deixar o desenho mais realista, eu cometi alguns erros de anatomia. Reparem no braço esquerdo do Logan. É impossível que o membro esteja nessa posição sem que ele tenha ejetado as garras no próprio saco!

O braço direito da Elektra que segura a sai também está meio desajustado e foi complicado encaixá-lo ali de forma que parecesse que ela estava apoiando a arma ninja no braço esquerdo.



Para publicar o desenho (feito em 2004) no blog dei uma mexida nas cores, tirei algumas sujeiras do lápis e aumentei alguns efeitos de brilho e sombra, utilizando o Photoshop. No traço não mexi um centímetro, por isso, o que ficou ruim no original, continuou ruim na cópia.

Mas quem liga?


O Rob Liefeld está no mercado de quadrinhos até hoje cometendo erros grotescos de anatomia e ainda o pagam por isso! Sendo assim, que mal há num bracinho retorcido, não é mesmo?


Você pode estranhar também a aparência meio de fracote do Logan, mas a ênfase nesse desenho era mesmo na gostosura da Elektra.
Aliás, se você olhou bem para o desenho, duvido que tenha reparado nos erros de anatomia do Wolverine até eu comentar!

Como as demais artes da Galeria, eu rascunhei o desenho com lápis HB e reforcei o traço com o 2B. Detalhei cabelos, olhos e algumas partes das vestimentas com caneta esferográfica e só depois eu colori com lápis de cor seco e giz de cera vermelho pra aumentar a pigmentação.

Não fazia ideia do que colocar no cenário (aprendiz do Liefeld detected!!) então enfiei um ninja do Tentáculo da forma mais clichê possível, além dos logotipos dos dois personagens e alguns kanjis orientais.

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Devo admitir que esse não é um dos meus trabalhos preferidos, mas vale ser colocado na galeria pela diversão de revisitar um desenho feito há oito anos atrás.


NAMASTE!

15 de fevereiro de 2012

Galeria do Rodman #6

Na época em que eu desenhava com mais frequência, raramente eu fugia do filão personagens de quadrinhos, mas quando ousava, gostava de desenhar rostos de pessoas para praticar os detalhes como sombreamento, marcas de expressão (porque não dizer rugas também) e em especial os olhos. Eu sempre gostei de desenhar e pintar olhos.
Folheando uma edição velha de carros do meu irmão, certa vez, me deparei com uma foto de página inteira do campeão de Fórmula 1 Ayrton Senna e uma matéria sobre o acidente que o tirou das pistas para sempre no fatídico dia 1º de Maio de 1994. Na ocasião já se faziam dez anos de sua morte, e pensei porque não podia fazer uma homenagem àquele que foi o ídolo do esporte, assim como Pelé, para muitas pessoas, e cara que representava toda a determinação e garra que sempre fora necessário nesse tipo de profissão onde sua própria vida é arriscada a cada corrida. Realmente valia a pena fazer uma singela homenagem, e então comecei a desenhar.

Esse desenho, assim como os demais da Galeria, foi feito todo a mão, com lápis HB e 2B, sem hachuras ou qualquer outro acabamento. Gostava de fazer o detalhamento ainda com o lápis de cor preto, com o qual contornava algumas partes do rosto como os olhos e as sobrancelhas, e terminava primeiro os cabelos para só então começar a texturizar a pele.
Sombreamento pronto, eu passava uma camada bem leve de lápis de cor marrom e já trabalhava o volume do nariz, bochechas e pálpebras, forçando um pouco a ponta. Sempre detestei aquela cor de burro quando foge meio bege da caixa de lápis que o pessoal na escola costumava usar para pintar pele, então optava por aquele rosa salmão mais claro, misturando-o com o próprio marrom. Mais tarde só usava o rosa para aumentar o brilho das partes volumosas do rosto, e trabalhava o desenho quase todo com os tons de marrom da caixa de 36 cores.

Todo o trabalho de pintura costumava levar de dois a quatro dias para ser terminado. Desenhistas, mesmo os aspirantes e pretensos, costumam ficar aperfeiçoando sua arte, sempre mexendo em um retoque aqui ou ali, por isso, dá a impressão que a merda do desenho nunca fica pronto. Na verdade nós não teminamos NENHUM desenho, nós nos livramos dele quando achamos que se mexer mais vai acabar ficando pior do que já está.

Nessa época eu ainda não trabalhava com nanquim, portanto fazia alguns detalhes, como fios de cabelo, com caneta esferográfica mesmo.
No Photoshop só retoquei mesmo as sombras e alguns aspectos de brilho que me incomodavam, mas basicamente mantive como o original.

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Em 2014 já serão vinte anos da morte do ídolo das pistas, e será que até lá surgirá algum piloto brasileiro com a mesma garra e determinação que Senna tinha e com o qual ele conquistou três campeonatos?
Seu sobrinho Bruno Senna já segue seus passos, agora na equipe em que o tio faleceu, a Willians, quem sabe seja ele o responsável por honrar, enfim, o nome e o símbolo de Ayrton nos autódromos pelo mundo, e fazer tremular a bandeira do Brasil mais uma vez após as vitórias?
Fica a Torcida.

Toca o Tema da Vitória aí!!




Ayrton! Ayrton! Ayrton Senna do Brasil!!

NAMASTE!

6 de novembro de 2011

Galeria do Rodman #5

Quando eu era criança pequena lá em Barbacena, um dos meus passatempos favoritos era pegar meus gibis (velhos companheiros) e sair desenhando tudo quanto era herói “posudo”, gastando folhas e mais folhas de papel, tanto que acabei me especializando nisso. Eu enchia fácil vários cadernos de desenho com meus rabiscos, deixando-os a princípio apenas no grafite, com hachuras e sem nenhum acabamento posterior.
Mais tarde comecei a arte-finalizar meus rabiscos com caneta esferográfica (A boa e velha BIC) e depois pintá-los com lápis de cor seco, e foi então que a produção começou a cair, porque esse tipo de desenho levava mais tempo para ser feito, questão de dias e às vezes, dependendo da vontade, semanas. É aquela coisa, né! Leva-se tempo até chegar-se à perfeição... E estou correndo atrás dela até hoje! Hehehehe!
Na faculdade de Design Gráfico aprendi alguns métodos de desenho que não conhecia antes, além de ser apresentado a materiais que nunca antes haviam chegado à minha mão como o lápis conté, o bico de pena, o crayon (que eu achava que era Giz de Cera por causa do desenho dos Simpsons) e principalmente o nanquim. Eu sempre gostei daquelas artes em preto e branco finalizadas com nanquim, e embora preferisse meus desenhos ao natural, sem contornos (como já mencionei aqui) aprendi a gostar de arte-finalizar com a tinta preta, não parando mais de lá pra cá.
Fuçando na Internet, certa vez, me deparei com esse belíssimo desenho do brazuca Ed Benes, que costuma desenhar as nossas heroínas preferidas sempre em poses, digamos, sensuais:

Desde os tempos em que o Frank Miller ainda não estava senil e que escrevia as histórias do Demolidor, eu já era ligadão na Elektra e aquele seu visual ninja-gostosa, e com o passar do tempo, os artistas só aumentaram esse sexy-appeal na personagem.

De cara decidi que queria copiar o traço de Benes em sua Elektra, e na falta do que colocar no cenário, resolvi colocar seu peguete casual, o Demolidor como plano de fundo.

Esse Demolidor, rascunhado pelo próprio Joe Quesada (oooooo produtor) não é o foco, mas eu gosto desse contraste de vermelhos e pretos dos dois personagens, o que a meu ver fez com que o resultado final ficasse satisfatório.

Nesse desenho usei lápis HB e 2B para o rascunho. Como sempre faço, fortaleci o traço e apliquei aqueles detalhes mais chatinhos de fazer como contorno dos olhos, ponta da sai (a adaga, como costumam chamar) e as faixas em torno do braço da Elektra com grafite 0.5. Fiz a pintura com lápis de cor seco e giz de cera vermelho (lembra aquele problema com o vermelho nas caixas de cor da Faber Castell??), e todos as hachuras e sombras apliquei com nanquim no bico de pena.

Ao digitalizar a imagem deu aquela tentação de reformar tudo com pintura digital, uma vez que a pintura à lápis não fica muito agradável aos olhos em RGB, mas decidi fazer apenas alguns retoques no fundo à nanquim, já que na tela as marcas e manchas ficam muito mais visíveis e dei apenas algumas pinceladas nos efeitos de brilho e detalhamentos. Também reduzi um pouco da “sujeira” do nanquim sobre a parte mais clara do desenho (a pele), e o resto eu deixei como estava, até para valorizar mais a arte original.


O resultado?

Ah, sei lá!

Ficou “menos pior” do que estava antes.
Vale a homenagem (no bom sentido) à Ed Benes, grande artista brasileiro que há algum tempo já vem trabalhando para o mercado internacional em revistas como Liga da Justiça e Birds of Prey (pré-Reboot) e ao sacana do Joe Quesada, que apesar de ser um gordo safado (como bem já citei aqui) é um desenhista de mão cheia... Quando quer.

NAMASTE!

27 de maio de 2011

Galeria do Rodman #4



Acompanho o site Melhores do Mundo há uns seis anos mais ou menos, e ao longo desse tempo me tornei um grande fã dos caras com seus posts hilários e os podcasts que "ixprodem tudo em BH". Hell, Change, "Falecido" Ultra e o desaparecido Mallandrox alegram minhas tardes com seus comentários (nem sempre) abalizados sobre o mundo nerd quando o ócio me ataca bravamente de vez em quando, e as vezes parece até que os caras são da família.
Recentemente num Podcast pra lá de zoneado, o grupo relembrou os antigos personagens que criaram na infância, e aí surgiu a ideia da promoção (ou Promocha, como eles dizem) dos leitores do site mandarem desenhos com os personagens citados no podcast.
Como nunca tinha participado de nenhuma promoção deles e como simpatizei com as criações toscas dos MDMs, decidi arriscar mandar um desenho, e o resultado pode ser visto acima: O Inacreditável Iron Cable, inventado pelo Ultra, claramente inspirado no Homem Aranha.
Os "poderes" do personagem e o fato dele lançar um cabo pelo cinto gerou muita zoação, e o personagem acabou se tornando um sucesso, tanto é que na galeria dos melhores desenhos o Iron Cable é figurinha carimbada.
Inspirado na clássica capa de Amazing Fantasy que apresenta o herói aracnídeo, fiz um esboço preliminar tentando imitar um pouco da perspectiva utilizada na reprodução feita da mesma capa por Alex Ross, mas claro, não deu muito certo! O resultado acabou ficando um misto da "dureza" do traço do Steve Ditko (da capa original) com o estilo cartunesco que tentei usar para desenhar o Falecido Ultra sendo carregado pelo herói criado por ele mesmo.

Não ficou lá aquelas coisas o trabalho, mas me diverti muito com a ideia que a capa passa e mais ainda que os caras acabaram publicando o desenho.
Claro que não fiquei nem entre os 5 primeiros colocados, até porque muitos feras também mandaram sua arte, mas foi bacana ter participado.
O desenho foi rabiscado a lápis e pintado no Photoshop e só lamento que as outras ideias que tinha para os demais personagens dos caras acabaram não saindo do papel.
Fica para a próxima!

NAMASTE!

9 de fevereiro de 2011

Galeria do Rodman #3


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Na minha tenra idade um dos meus passatempos favoritos era simular capas ou outras artes internas de quadrinhos e algumas vezes me surpreendia com o resultado final.
É o caso desse desenho Homem Aranha X Dr. Octopus, que rabisquei em 2004 e que simula a arte da capa da revista nacional do aracnídeo (ainda em formatinho) de nº 101.
A meu ver, a cena representa todo o antagonismo entre os dois personagens e algo que o velho Octopus sempre quis fazer com o Escalador de Paredes: Esganá-lo com as próprias mãos.
Me lembro que o desenho em si não me deu tanto trabalho, embora faltem algumas partes da anatomia dos personagens, eles estejam num ângulo difícil de encaixá-los juntos no A4 e que a expressão no rosto do Octopus exija um pouco de habilidade no traço. Curiosamente, enquadrei os dois de uma vez só, em uma rabiscada, sem precisar de borracha e esse talvez seja o motivo pelo qual coloco essa "arte" entre uma das minhas preferidas da galeria.
O desenho, assim como os outros da galeria, foi todo feito à mão, com lápis HB, não usei caneta hidrográfica ou similar para o contorno (na época odiava contornar desenho para reforçar o lápis) e preferi apagar os vestígios de lápis preto usando o lápis de cor mesmo. Assim, o que era verde, eu contornava com lápis verde, o que era vermelho com lápis vermelho e assim por diante. Sempre fui um fã de arte mais realista e contorno preto destoava disso.
Ao término da rabisqueira, colori o desenho com lápis de cor seco e reforcei o vermelho com um giz de cera que sempre era exigido (o vermelho da caixa da Faber Castell é muito aguado!). O desenho em si sempre dava menos trabalho do que a pintura. Devo ter levado uns dois dias para terminar a colorização desse, mas valeu a pena. Acho que ficou bem caprichado e o prazer de pintar de pouquinho em pouquinho, preenchendo os espaços em branco era indescritível. Tempo bom aquele. Não sei se teria paciência hoje em dia.
NAMASTE!

4 de janeiro de 2011

Galeria do Rodman #2


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O ano era 2003, o mundo passava por um período meio conturbado após o 11 de Setembro de 2001, e George W. Bush, o presidente americano, comandava uma ofensiva sem precedentes ao Oriente Médio como retaliação, usando métodos nada ortodoxos.
Uma febre antiamericana assolou a todos, vendo como uma atitude vingativa a invasão das tropas americanas ao Oriente.
Fiz esse desenho como uma forma de protesto, mesclando a figura de Bush com o Superciborgue, personagem da DC Comics que se fazia passar pelo verdadeiro Superman, mas que tinha seus próprios planos malignos.
A mensagem sugeria que Bush se achava o "Superman do mundo", quando na verdade era um vilão disfarçado de herói.
Fiz o desenho todo à mão, usando lápis HB e optei por deixá-lo sem contorno com o intuito de torná-lo mais realista.
Após o trabalho de desenhar, pintei a imagem também à mão, usando lápis de cor seco (eu ainda não usava o aquarelável) e um pouco de giz de cera nos tons vermelhos, já que o lápis nunca alcançava o tom que eu queria.
O resultado eu considerei bom e correspondeu ao que eu queria passar. Era minha veia de "comunistinha de faculdade" falando mais alto!
NAMASTE!

17 de outubro de 2010

Galeria do Rodman


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Quando eu ainda era um jovem mancebo com muito tempo livre, um de meus passatempos preferidos era desenhar, em especial super-heróis e rostos femininos. Dentre a galeria bem grande de rabiscos que já fiz nesses (muitos!) anos, mais da metade hoje eu acho ridícula para ser mostrada em público, outros tantos nem merecem ser chamados de desenhos, mas há alguns poucos dos quais eu tenho simpatia e resolvi compartilhar com quem visita meu Blog mesmo que esporadicamente.
Nem todos os desenhos eram originais, claro, muito do que aprendi sobre anatomia em desenhos (o que não quer dizer muito) aprendi copiando de artistas consagrados das Histórias em Quadrinhos e esse é o caso do "Homem Aranha X Duende Verde" retratado acima, onde emulei o estilo quadradão de John Romita Jr. (que mereceu menção honrosa no post Os Melhores Desenhistas do Homem Aranha) num dos melhores quadros criados por ele no final da criticada Saga do Clone, lá pelo fim dos anos 90. Muitos odeiam o traço personalizado do cara, mas por ser um dos artistas que mais estiveram à frente do Homem Aranha e por sua qualidade artística inegável ele merece não só minha homenagem como a de todos os verdadeiros fãs do personagem.
O desenho em questão foi feito por mim em 2002 com lápis 2B e sombreado com 6B, não possui qualquer finalização de cor a não ser uma leve camada de aplicação do Photoshop para ficar um pouco mais nítido, uma vez que já estava meio desbotado. Gostei muito do resultado final e mesmo sem a colorização (que pra mim é indispensável) transmite toda a rivalidade entre Peter Parker e Norman Osborn, inimigos mortais desde os tempos dourados do Homem Aranha.
Bons tempos em que dava para ficar na tranquilidade do quarto rabiscando em meus cadernos.
NAMASTE!

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