21 de fevereiro de 2011

Um coala, um bebê e dois pastéis

Apesar dos meus 20 e tantos anos, eu não posso afirmar com toda certeza do mundo que já vivi relacionamentos o suficiente para me sentir um profundo entendedor da alma feminina. Na verdade ainda sou um aprendiz, e como todo aprendiz, cometo meus erros ao tentar compreender o incompreensível. Tive até hoje mais paixões passageiras do que amor propriamente dito. Paixão é mais aquele interesse arrebatador que não lhe permite pensar em mais nada além daquela garota, que te deixa meio obsessivo e que te cega para o que realmente está acontecendo ao seu corpo, quimicamente falando . O chamado fogo de palha. Amor é algo mais profundo e talvez por isso, como já comentei antes, eu não o consiga entender.

Algumas das garotas com o qual me relacionei são até hoje para mim doces lembranças. Algumas andam perdidas no mais profundo passado, de onde só me recordo de breves palavras trocadas ou insinuações (falo claro daqueles "amores" da infância), outras mais recentes que despertam lembranças mais intensas e vívidas, e tem aquelas que é melhor esquecer, que ficam sempre jogadas naquelas caixas vazias do cérebro. Já falei sobre caixas antes. Essas fazem parte daquele passado mais obscuro que vem à mente sempre em horas inoportunas, mas são as chamadas "ex-defuntas" que são mais bem conservadas enterradas.


Os erros numa relação que não deu certo podem vir de uma das partes envolvidas ou da outra, mas costumeiramente vem de ambas. Às vezes erramos por ser sinceros demais, erramos por omitir certas coisas e às vezes erramos sem nem perceber que erramos. Guardamos para ofensas posteriores os erros da pessoa como se fosse uma arma secreta a ser disparada na hora certa, mas isso nunca surte o efeito que se deseja. Rancor e raiva só minam as chances positivas de um relacionamento dar certo, e isso aprendi da pior maneira possível.

Enfim, as duas partes podem errar e isso invariavelmente acontece. Cabe ao outro saber perdoar e se permitir ser perdoado para que um novo passo possa ser dado. Sempre digo que o diálogo é a chave para um bom entendimento, desde que ambas as partes estejam abertas e interessadas a travá-lo. Acho feio bater um tacape na cabeça da pobre coitada e arrastá-la pelos cabelos na marra, embora alguns ainda utilizem esses métodos e algumas mulheres permitam. Vai entender. Tem gosto para tudo.


Não estou aqui, no entanto, para enaltecer minha completa ignorância sobre o amor. Já o fiz em outro post e neste pretendo escrever o que me cativou tanto no coalinha, no bebê e no pastél do título (todos adjetivos são pra mesma pessoa, a título de curiosidade), buscando com isso um auto-entendimento de por que será que não deu certo.


Estamos na era digital, e não coincidentemente eu tive meu primeiro contato com ela através do MSN. Nunca fui de baladas e festas, por isso, até então, meu círculo de contatos ficava restrito ao pessoal do trabalho, da faculdade e as antigas amizades de cursos e escola, além, é claro, da família. Também não sou muito do tipo sociável, embora tenha melhorado bastante desde o curso técnico, por isso na época, era quase impossível que eu encontrasse alguém interessante numa festa ou casa noturna até porque eu não estava lá para encontrar... Bem, acho que deu pra entender!


Ela surgiu num reencontro de família, daqueles do tipo que reúne gente que não se vê, sei lá, desde sempre. Também não coincidentemente, eu não estava nessa reunião, atarefado até as tampas em casa com um vídeo (que jamais terminei) para apresentar na faculdade dias depois. Na ocasião minha irmã serviu de cupido (sou grato a ela até hoje) e mostrou meu Orkut para ela, que pareceu interessada. Claro que falando assim, até parece que minha irmã estava vendendo o irmão anti-social e encalhado para a garota, mas aconteceu tudo de forma muito natural, afinal, era um reencontro de família, como eu havia dito.


Um torpedo naquele dia me avisou de que a tal garota havia simpatizado com minha pessoa, e automaticamente fui conferir seu perfil no site de relacionamentos para saber de quem se tratava, e a surpresa fora bem agradável. Eu gostei dela logo de cara.


Eu estava saindo de uma neura afetiva que jamais dera resultado algum. Gostava de uma garota da facul de outra sala que nunca me dera bola e que conversava comigo apenas como amigo mesmo. Era uma daquelas paixões sem futuro (nem passado e nem presente) que a gente alimenta várias vezes na vida apenas por carência afetiva, mas então a "garota-coala" (o motivo do apelido é pessoal) surgiu em minha vida e todos se regozijaram.


Tivemos uma atração instantânea um pelo outro. Trocamos MSN e números de celular e me apeguei com todo aquele carinho que ela parecia disposta a me dar. Felizmente para ela era recíproco, sempre fui um cara bem carinhoso e que sente prazer em dar (carinho) mais do que receber. Todos os dias trocávamos mensagens gentis e desde a primeira vez até muito recentemente, eram raríssimos os dias em que eu abria meu celular e não tinha nenhuma mensagem dela. Podem chamar do que quiser, apego, grude, cola. Eu chamo de carinho.


Aquele lance de se conhecer primeiro pessoalmente antes do namoro não rolou muito com a gente, até porque as condições dela não permitiam que ela saísse muitas vezes de casa. O MSN era nosso alívio, até que somente ele já não bastava e os contatos pessoais passaram a existir enfim.


Dá pra imaginar o que se seguiu depois, não é mesmo? Já tínhamos um enorme carinho um pelo outro, isso virou paixão e depois se transformou em amor. Foi amor até o fim, e a meu ver não houve nada que quebrasse isso, embora para ela fosse mais fácil desistir de tudo sabe-se lá Deus por qual razão.


Olhe na multidão e você será capaz de encontrar milhares de garotas como ela fisicamente. O que me cativou foi seu jeito de ser meio maroto e atrevido, sempre com uma sacada inteligente na ponta da língua, daqueles por vezes desconcertantes e que servia para esconder a menininha carente que ela reprimia e que deixou que eu conhecesse. Sempre fora uma pessoa ávida por carinho, aquele que eu sempre lhe dei com a maior satisfação e eu particularmente sempre gostei de alguém que pedisse por proteção. Acho que não estou sozinho nesse barco, claro, até acho bem comum alguns caras procurarem por alguém que precise ser protegido, mas ela se encaixou perfeitamente ao que eu precisava também. Sei que fui importante para ela naquele momento, mas indiscutivelmente ela ocupou um vazio que eu nem havia percebido que me sobrava no peito, o que nos tornou perfeitos um para o outro.


É incrível olhar para trás e pensar na quantidade de coisas que podemos viver com uma pessoa num certo período de tempo. Mais incrível ainda é perceber que nada que foi dito ou feito por ela parece ter a menor relevância depois que tudo acaba. Na hora não pensamos que estamos fazendo aquela carta, aquele vídeo, aquele e-mail cheio de carinho e amor para recebermos algo em troca. Na hora é mais pela emoção de saber que a pessoa vai ficar feliz, que a pessoa vai gostar de saber que nos importamos, mas bem que certas coisas poderiam contar quando somos afastados. Tudo que disse e que fiz ainda é bem verdadeiro dentro de mim, sou uma pessoa sincera que não costuma demonstrar o que não sente ou o aquilo com o qual eu não concordo. Sou de natureza transparente, e por isso mesmo minhas palavras deviam ser levadas um pouco mais em consideração, bem como meus sentimentos. Quando tudo acaba, no entanto, parece que é criada uma força invisível que torna a pessoa fria e inflexível, e isso dificulta aquele elemento que considero importante e que já mencionei, o diálogo. A outra opção, a do tacape, nem pode ser considerada, claro.


É difícil você se dedicar por um longo tempo a uma pessoa fazer planos com ela, sonhar com ela todos os dias e depois vê-la partir sem uma razão definida. Sim, caso eu não tenha falado antes, não houve uma razão boa o suficiente para o fim que nutrisse minha avidez por respostas. Houve apenas o afastamento. Sinto ainda todo aquele amor que quero compartilhar com ela me sufocar por vezes, mas ela já não o deseja mais. Pena.


Não sou o primeiro e nem serei o último homem da face da Terra a tomar um pontapé da mulher amada, claro, e isso, embora seja egoísta da minha parte, me conforta. Alguém nesse momento deve entender perfeitamente o que estou passando e esse mesmo alguém já pode até ter achado as respostas que busco, ou não. Entendo perfeitamente que são coisas da vida, e que de repente eu precise passar por isso para amadurecer. A vida as vezes tem formas nada ortodoxas de nos fazer acordar, e na maioria das vezes o empurrão é digno de um chute do Anderson Silva. Dói, nos leva a nocaute, mas nos ensina a tomar mais cuidado da próxima vez... ou não.

Várias músicas parecem dizer sobre o momento atual, mas fico com "Romance Ideal" dos Paralamas para representar o post.



NAMASTE... :(

17 de fevereiro de 2011

"País rico é país sem pobreza"

A frase da Presidente Dilma Roussef não poderia ilustrar melhor esse momento épico aprovado pela Câmara dos Deputados. Quem quer ser um milionário basta começar a comemorar, porque enfim foi anunciado o glorioso aumento do salário mínimo que vai de R$ 540 para (rufem os tambores) R$ 545!!

Comemora, pessoal! São R$ 5 a mais na sua carteira todo mês, não é fenomenal?

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Pense em tudo que dá pra comprar com R$ 5! É muito dinheiro! Minha imaginação vai além quando penso no assunto. Esse é com certeza um passo importantíssimo para o aumento da dignidade do povo brasileiro.

Enquanto que com o mínimo de discussão os parlamentares já entraram em 2011 comemorando seu aumento substancial de salário (comentado aqui), longos dias foram necessários até que se definisse o valor do novo salário mínimo.

A oposição liderada pelo PSDB propunha o valor de R$ 600, enquanto a proposta do DEM era a de R$ 560. Colocadas em votação, ambas as propostas foram recusadas (e por que seriam aprovadas?) e o teto acabou sendo fixado com o milionário valor de R$ 545, R$ 5 a mais do que o valor anterior.

E o Eike Batista lutando para manter seus milhões. Francamente, Seu Eike! Vira servidor público! Quem mais vai ganhar tanto dinheiro em 2011 quanto o povo brasileiro?

Vamos estourar a Sidra, pessoal! Isso é motivo de comemoração!

Chega a ser utópico quando alguém pede para que você tenha esperança no futuro morando num país como esse. Entra governo, sai governo e tudo continua como antes. Ricos cada vez mais ricos, pobres cada vez mais pobres. Enquanto aqueles que tiverem no poder (e só estão no poder porque alguém os colocou lá) continuarem a pensar primeiro em seus próprios bolsos e com o tempo que sobrar pensar naqueles que os colocaram lá, o Brasil nunca irá mudar. Seremos o mesmo povo pobre, sem cultura, manipulado e enganado de sempre. "País justo é país sem injustiça".
Chega a ser revoltante comparar o quanto o salário dos parlamentares aumentou e a velocidade em que isso foi votado, sem burocracia e intermináveis reuniões e a luta que vem sido travada para se aumentar míseros R$ 5. É incrível como só se começa a pensar em depreciações, aumento de inflação e diminuição de cofres públicos quando o aumento é para o trabalhador. Mais patético ainda é comparar R$ 26.000 com R$ 545. A quem eles querem enganar com tanta desculpa de o por quê um salário maior não pode ser votado?

Pergunto se houve qualquer manifestação desfavorável a esse aumento de fome. A torcida do Corinthians, a mesma que execrou a equipe (cujos jogadores ganham uma fortuna) pela eliminação precoce na Libertadores protestou contra o novo salário mínimo? A torcida do Flamengo que lotou o espaço reservado para a apresentação oficial do Ronaldinho Gaúcho compareceu também para exigir um aumento maior? Toda a torcida brasileira que repudiou Dunga pela derrota na Copa de 2010 estava lá para criticar os parlamantares e fazer alguma pressão para que o salário fosse maior? Claro que não.
Chega a ser vergonhoso como no Brasil o povo só se mobiliza para cobrar ou festejar o que envolve futebol, como se seu sustento fosse tirado disso. O Corinthians não paga seu salário, torcedor "fiel", nem o Flamengo paga suas contas, torcedor "rubro-negro", já é hora dessa gente acordar para a realidade e não se juntar apenas para votar em "Tiriricas" alegando um "protesto" que não existe ou para exigir um Cala boca Galvão no Twitter. O Brasil não pode se resumir a quem comeu quem no Big Brother ou a qual escola de samba vai mostrar mais mulher pelada na Sapucaí. Existem questões mais sérias a serem discutidas, é só abrir o olho certo que é possível perceber.
Enquanto o Brasil estiver cego pela lona do circo e o panem et circenses ocultar tudo de podre que ainda acontece nesse país, nossas televisões vão continuar nos enchendo de Futebol, Carnaval, BBB, A Fazenda e de qualquer outra porcaria que distraia sua atenção do que realmente importa.

"País rico é país sem pobreza". Nossa Presidente é uma filósfofa pós-moderna. E vivam os R$ 5 a mais!
 
NAMASTE!

15 de fevereiro de 2011

A flor roxa...

Ah, o amor, essa flor roxa...

Não há nada que entendo menos do que esse sentimento, e não me envergonho de dizer. Apenas sei que quando menos esperamos, ele chega e nos arrebata de forma pungente, deixando-nos frágeis e suscetíveis a desilusões para os quais estávamos preparados antes de senti-lo e do qual nos desarmamos por causa dele.

Eu entendo de informática, entendo de cinema, entendo de quadrinhos, poderia conversar horas sobre qualquer um desses assuntos, mas o sentimento amor é uma incógnita para meu pobre cérebro. Eu não encontro razão para certas atitudes que o amor (ou a falta de) fazem algumas pessoas tomarem e por isso resolvi escrever, para ver se encontro por mim mesmo algum sentido.

Por nunca tê-lo visto antes e nunca ter sido apresentado formalmente ao mesmo, me surpreendi quando conheci o amor. Eu o imaginava bem diferente do que realmente era, achava-o inóspito, frio e distante, mas com o tempo percebi que aquilo era um preconceito meu. O amor até que era um cara legal e eu resolvi me desarmar para aceita-lo em minha vida. Ledo engano.

No início era aquele conjunto de sensações prazerosas e inexplicáveis. Um misto de ansiedade e ternura que entrava e saía de meu ser como se não fosse mais ter fim, aquele desejo de ver a pessoa amada o tempo todo, de estar junto dela e eu não evitei. Mergulhei fundo e provei de seu doce sabor. Aproveitei cada uma daquelas sensações inexploradas e permiti que aquilo fizesse parte de minha vida, fizesse parte daquilo tudo que eu já era. Foi bom, gostei muito, mas acabei me tornando alguém dependente desse sentimento. Quase como um usuário de heroína.

Quando alguém falava em coração partido, em lágrimas de amor, eu ria. Achava tudo uma tremenda falta de autoestima, achava que jamais alguém me faria passar por aquilo. Ah, o amor, essa flor roxa...

Um belo dia o amor resolveu me deixar sem grandes explicações, ou pelo menos sem me dizer nada que eu fosse capaz de entender (sou um leigo no assunto), e então veio a desilusão. Percebi pela primeira vez porque desenhavam aquele coraçãozinho partido para representar o fim do amor, porque era exatamente assim que eu me sentia. Partido. Incapaz de me reconstruir. Um tiro de escopeta não doeria tanto.

Existem milhões de motivos para que o amor acabe. Traição, incompreensão, falta de paixão, incompatibilidade de gênios. Mas o que mais dói é aquele que não tem explicação. Aquele que simplesmente decide ir embora num belo dia, que vira as costas e vai, te deixando num escuro onde não há farolete que brilhe o suficiente para iluminar.

Sou alguém prático que busco respostas para tudo, sempre. É a forma como consigo viver, dando razão para as coisas. Se algo não é racional o bastante, eu temo. Temo não entender, temo não achar explicação e por isso temo o amor. Ele é bom enquanto dura, mas frio e calculista quando termina. Não é algo que foi feito para ser entendido, porém senti-lo às vezes é suficiente para torná-lo inesquecível e é aí que a dor vem. Lembranças doem.

Gosto de lembrar o quanto o amor me foi bom, mas não é uma prática sempre agradável remoer essas memórias. Com frequencia ela pode trazer consequencias duras, e um coração ferido é extremamente frágil a novas armadilhas da vida. Algumas deveras sedutoras.

É bom estar preparado para evitá-las e tentar esquecer o que já passou embora a falta de razão sempre traga as mesmas perguntas e incertezas sobre o que realmente aconteceu.

Ah, o amor, essa flor roxa...


If you walk out on me, I'm walking after you

9 de fevereiro de 2011

Galeria do Rodman #3


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Na minha tenra idade um dos meus passatempos favoritos era simular capas ou outras artes internas de quadrinhos e algumas vezes me surpreendia com o resultado final.
É o caso desse desenho Homem Aranha X Dr. Octopus, que rabisquei em 2004 e que simula a arte da capa da revista nacional do aracnídeo (ainda em formatinho) de nº 101.
A meu ver, a cena representa todo o antagonismo entre os dois personagens e algo que o velho Octopus sempre quis fazer com o Escalador de Paredes: Esganá-lo com as próprias mãos.
Me lembro que o desenho em si não me deu tanto trabalho, embora faltem algumas partes da anatomia dos personagens, eles estejam num ângulo difícil de encaixá-los juntos no A4 e que a expressão no rosto do Octopus exija um pouco de habilidade no traço. Curiosamente, enquadrei os dois de uma vez só, em uma rabiscada, sem precisar de borracha e esse talvez seja o motivo pelo qual coloco essa "arte" entre uma das minhas preferidas da galeria.
O desenho, assim como os outros da galeria, foi todo feito à mão, com lápis HB, não usei caneta hidrográfica ou similar para o contorno (na época odiava contornar desenho para reforçar o lápis) e preferi apagar os vestígios de lápis preto usando o lápis de cor mesmo. Assim, o que era verde, eu contornava com lápis verde, o que era vermelho com lápis vermelho e assim por diante. Sempre fui um fã de arte mais realista e contorno preto destoava disso.
Ao término da rabisqueira, colori o desenho com lápis de cor seco e reforcei o vermelho com um giz de cera que sempre era exigido (o vermelho da caixa da Faber Castell é muito aguado!). O desenho em si sempre dava menos trabalho do que a pintura. Devo ter levado uns dois dias para terminar a colorização desse, mas valeu a pena. Acho que ficou bem caprichado e o prazer de pintar de pouquinho em pouquinho, preenchendo os espaços em branco era indescritível. Tempo bom aquele. Não sei se teria paciência hoje em dia.
NAMASTE!

Forever alone e o pé na bunda

Photobucket

É, essa doeu!


NAMASTE, ou não...

4 de fevereiro de 2011

O Pequeno Darth Vader

De tempos em tempos o pessoal da publicidade e propaganda lança comerciais geniais na TV, mas vi poucas coisas tão engraçadas quanto esse comercial da Volkswagen:



Seja lá quem for o molequinho por baixo da máscara, ele manda muito bem na interpretação!! Me rachei de rir quando vi isso!
A homenagem a Star Wars ficou supimpa, mas o pequeno Vader é fenomenal!
NOTA 10

NAMASTE!

3 de fevereiro de 2011

24 Horas: A última temporada

24 Horas foi a primeira série que me prendeu a atenção do início ao fim de cada episódio e me deixou viciado naquela sensação de ansiedade pelo próximo capítulo. Muito antes de Heroes, Lost e True Blood, eu já era fã de 24 Horas e seu protagonista, o imbatível agente Jack Bauer, vivido competentemente por Kiefer Sutherland.

A 8ª Temporada, embora não tenha sido tão brilhante quanto suas antecessoras (em especial a 3ª, que é minha preferida) terminou e coroou vários anos de histórias repletas de ação e suspense, e vai deixar saudades com certeza.

Jack Bauer é sem dúvida o principal personagem da carreira de Kiefer Sutherland, ator de 43 anos que atingiu o auge com seu agente secreto. Assinando também a produção da série além de atuar, Sutherland sempre foi muito enfático ao comentar de seu personagem em entrevistas e percebia-se que ele adorava o que fazia. Em 8 temporadas Jack perdeu a esposa, foi traído, tomou uma infinidade de tiros e facadas, foi torturado, esteve à beira da morte e até supostamente morreu umas duas vezes, pelo que me lembro. Só mesmo um cara treinado e experiente aguentaria tanta perda e sofrimento, e essa era a força do personagem, aquilo que nos mantinha em casa com aquela certeza "relaxa. Ele não vai morrer". E quantas vezes vimos o cara escapar de armadilhas provando que era o melhor de todos (desculpa aí Chuck Norris)? Com esse histórico, Bauer poderia muito bem figurar ao lado do policial John McLane (vivido por Bruce Willis) na cinessérie Duro de Matar, porque é exatamente o que ambos são. Duros de matar.

Após escapar de uma contaminação radiológica na última temporada, Jack inicia mais um dia em sua vida como um vovô carinhoso, ao lado da neta Teri, da filha Kim Bauer (a gatíssima Elisha Cuthbert) e do genro, morando dessa vez em Nova York (antes a sede da CTU e as atividades do personagem se restringiam em especial a Los Angeles, exceto pela 7ª temporada, que se passou em Washington).



Visivelmente cansado de guerra e aceitando tranquilamente sua aposentadoria após os anos tortuosos que vivera, Jack está prestes a embarcar com a filha de volta a LA quando então um de seus antigos informantes o procura em seu apartamento e todos os seus planos começam a ir por água abaixo. Convencido por Kim, ele decide ficar para ajudar a deter um possível atentado à ONU que coloca em risco não só a vida do presidente da IRK (República Islâmica do Kamistão) Omar Hassan (Anil Kapoor) como também do acordo de paz que ele está prestes a assinar com a Presidente Alisson Taylor (Cherry Jones) e representantes do governo russo. A partir de então todo um esquema para derrubar a liderença de Hassan e o acordo de paz começa a surgir, o que chafurda Jack cada vez mais no caso impedindo-o de ir pra casa.



Ele é colocado na linha de frente pelo novo diretor da recém reativada CTU Brian Hasting (Mykelti Williamson) e conta mais uma vez com a sempre eficiente amiga Chloe O'Brian (Mary Lynn Rajskub) que dá show nessa temporada após um início tímido. Acreditem ou não, Chloe quase chega a ser demitida por não conseguir se adaptar às novas tecnologias da CTU e termina como a diretora interina da bagaça!



Como sempre acontece na maioria das temporadas, claro que os bandidos mortos ou capturados logo de cara são só arraias-miúdas e que os verdadeiros tubarões mantem-se ocultos quase até os últimos episódios. Nesse meio tempo, enquanto Jack se vê entre uma pista e outra, histórias secundárias vão ganhando peso como os da agente Dana Walsh (Katee Sackhoff), sua dupla identidade e seu envolvimento com o leal agente Cole Ortiz (vivido por Freddie Prinze Jr.). A bola de neve aumenta enquanto novos elementos nos planos do assassinato do presidente Hassan surgem a cada hora e Dana Walsh acaba se tornando um ponto chave entre a conspiração russa para destruir o acordo de paz e a tentativa desesperada de Jack para detê-los. É incrível como em 24 horas sempre tem um traíra infiltrado. Isso já é clássico.



Já na 7ª temporada, quando Bauer teve que agir com o FBI ficou claro o clima crescente entre ele a agente Renee Walker (Annie Wersching), que no fim da temporada acabou se tornando uma espécie de "Jack Bauer de saias", apelando para métodos nada ortodoxos para se obter uma informação, algo que ela abominava no começo da história, mas que foi obrigada a conviver. Havia no ar aquele algo mais entre os dois personagens, e isso tornou-se ainda mais nítido quando Renee é trazida de volta pela CTU (agora ela não é mais uma agente do FBI) para se infiltrar entre os russos que possivelmente sabiam do atentado e que planejavam trazer material radioativo para os EUA.
O plano dá errado, Renee é obrigada a matar o informante (alguém de seu passado), mais tarde o Presidente Hassan se entrega para uma facção dissidente de seu próprio país a fim de que eles não explodam uma bomba química em NY, ele é morto pelos homens da facção ao vivo pela internet e Jack acaba se sentindo culpado por não ter conseguido deter os bandidos. Todo mundo salvo, nenhuma ameça de bomba a mais, certo? Errado! Esse é só o começo das tragédias que começam a assolar Jack Bauer.

Quando os russos começam a apagar possíveis testemunhas de seu envolvimento, Renee entra na lista da queima de arquivo a mando do próprio Presidente russo Suvarov e a vingança de Jack torna-se implacável enquanto ele, contra a vontade da presidente Taylor, se torna o homem mais caçado do país, tentando vingar a morte de sua namorada e ao mesmo tempo tentando provar que os ataques ao acordo de paz não se restringiam aos insurgentes da IRK.

É incrível como alguém aguenta tanta adrenalina em apenas um dia, mas a vida de Bauer não é fácil mesmo e é isso que tornou a série tão cativante ao público. Eu diria que tem episódios que nos deixam com o cu na mão com tanta reviravolta, mas não dá pra negar que é uma sensação boa, que é satisfeita sempre no próximo episódio. O fim da temporada e também da série fez jus a tudo de mais marcante que houve nela. Jack provou à presidente que ela estava errada em abdicar de tudo em prol de seu desejo cego de que o acordo de paz fosse assinado a qualquer custo, os assassinos de Renee pagaram o preço (embora Suvarov, o grande mandante tenha saído ileso) e Jack acabou como um fugitivo, caçado pelo próprio país e pelos russos. Embora tenha um final aberto, dando aos fãs aquela certeza que caberia ali naquele enredo uma continuação (talvez num filme), o fim da série foi bastante satisfatório. A despedida de Jack e Chloe é bem emocionante, e eles provam que a lealdade não é um privilégio que muitos podem contar.

Nota 10 para a série como um todo.

Jack provou ser tão Highlander que mesmo tomando um tiro certeiro da amiga Chloe (afinal ela não tinha muita escolha) no peito ele não morreu. Sem falar na facada que ele já havia tomado e que nem lhe incomodava mais depois de um tempo. Haja sangue frio!

Charles Logan (Gregory Itzin) é com certeza o personagem que mais odeio da série toda, talvez pela vivacidade com que é interpretado por Itzin, talvez por aquela expressão aparvalhada ou simplesmente por ele ser o vilão mais improvável de todos os tempos na 4ª temporada. O canalha merecia um bela salva de bala na cara (como diriam os Racionais Mc's) por toda a filhadaputice que cometeu, mas absurdamente ele escapou, embora tenha tentado se matar atirando embaixo do queixo. Quando falaram que ele estava vivo desacreditei. Até aí a série pareceu um pouco com a vida real. Essa laia é dura na queda!



Sentirei falta da emoção e do suspense que esse formato da série me proporcionou, e tal qual Lost, acho difícil que outra série no mesmo gênero preencha tão já o espaço que está ficando agora.

Jack Bauer será celebrado para sempre, no entanto, como um dos personagens mais casca-grossa da tv e irá ajudar a eternizar os "Bauer facts".



Quando Deus disse "faça-se a luz", Jack Bauer falou: "Peça por favor".


Terroristas odeiam quando acaba o horário de verão. Jack Bauer tem um dia de 25 horas para matá-los.


Jack Bauer conseguiria sair de ilha de Lost em 24 Horas.


Deus precisou de seis dias para fazer seu trabalho. Jack Bauer só tem 24 Horas.


NAMASTE!

31 de janeiro de 2011

Habemus Superman!

Foi publicada ontem a notícia de que o diretor Zack Snyder (o mesmo do elegante Watchmen e de 300 de Esparta) enfim escolheu um nome, entre os diversos boatados nos últimos meses para encarnar Kal-El, o último filho de Krypton (Superman, para os leigos) nos cinemas, e Henry Cavill é o nome dele.

O ator de 27 anos estrelou séries como The Tudors (não conheço) e participou do filme Stardust (que nunca vi), portanto não posso falar nada se essa é uma boa escolha ou se ele fará uma interpretação melhor do que a de Brandon Routh no sonolento Superman Returns de Bryan Synger. Se bem que até eu interpretaria um Superman melhor que o boneco de cera falante!

Independente desse ator ser ou não bom, é muito importante que o filme seja bem conduzido, que tenha um ritmo interessante e saia daquela monotonia que foi Superman Returns. Lá nada funcionava. Nem o ritmo, nem o ator principal, nem o vilão. Nada. Era só um café requentado e mal feito dos filmes de Richard Donner da década de 70. Henry Cavill vai ter que sambar pra fazer todos esquecerem daquela inexpressão aguda que era a interpretação do Routh e dar vida real ao Superman, e é o que todo fã de quadrinho quer (embora os estúdios e diretores estejam literalmente cagando para nossa opinião). O mito do personagem deve ser mantido. Ele ainda deve ser visto como algo icônico. Não adianta "massaveisticar" o herói (e olhe que o Snyder deve estar doido pra fazer isso) para ele se tornar popular, porque ninguém com cabeça quer isso.
Temos que ver aquele S no peito do cara e se lembrar do que há de melhor na humanidade ainda. Atualmente precisamos disso. Os filmes do Donner eram tão simples e sabiam causar essa sensação no espectador, não seria nenhum trabalho hercúleo manter essa espinha dorsal em um filme inteligente, com ação na dose certa. Ou seria?



Eu achei que ninguém poderia estragar um filme com o Wolverine, por exemplo, que é muito menos complexo que o Superman e olhe no que deu!
Boa sorte ao Cavill e ao Snyder!

NAMASTE!

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