3 de novembro de 2012

Estreias de temporadas na TV




Começou a temporada de séries de fim de ano nos canais por assinatura (ou no Torrent mais perto de você!), e com essas estreias aumentou a nossa vontade de assistir todas de uma vez como se não houvesse amanhã... E como se não tivéssemos mais nada para fazer na vida a não ser assistir TV.
Claro que quarenta minutos de ócio não fazem mal a ninguém (eu, por exemplo, vejo alguns episódios no celular, no caminho de volta pra casa!), e como em alguns casos a curiosidade não mata só o gato, decidi me aventurar a acompanhar três das séries mais badaladas do momento: The Walking Dead (FOX), American Horror Story – Asylum (FOX) e Arrow (Warner).
As séries citadas estão em começo de temporada, com dois (ou três) episódios lançados até o momento cada uma, e portanto, ainda é muito cedo para se ter uma ideia precisa se elas serão sucessos estrondosos ou fracassos estupendos.
Mesmo assim, é possível se ter uma primeira impressão sobre o que eu vi até agora, analisando os dois primeiros episódios de cada série, e como diz uma impressora amiga minha, “a primeira impressão é a que fica”.



Com o fim de Smallville (“Somebody Saaaaaaaaaaaaaaave me!”) a Warner decidiu apostar em outro dos heróis advindos do seriado do Clark Kent adolescente de quarenta anos, para quem sabe, estrelar mais dez temporadas, e a bola da vez é o Arqueiro Verde (ou “Flecha Verde", como achar melhor).
Estrelada pelo ator Stephen Amell, que também encarnou o mesmo personagem em Smallville, a série Arrow aposta alto no clima dark para dar vida a um dos heróis mais carismáticos que já passaram pela Liga da Justiça, contrabalanceando essa soturnez com ótimas cenas de ação e um mistério envolvente, que na minha opinião, é um dos ingredientes essenciais para que uma série consiga me prender do primeiro capítulo ao último. 


O primeiro episódio não se parece com o início de uma série. Tem-se a impressão de que você começou a acompanhar a história do meio dela e que você está tão perdido quanto o personagem título no enredo, o que acaba sendo um dos pontos positivos da produção. Somos instigados a querer saber mais da história daquele cara e o que irá acontecer a ele nos próximos episódios.
O plot é simples e funcional. Oliver Queen é o herdeiro bon vivant de um industrial residente em Starling City (nos quadrinhos Star City, a cidade do Arqueiro Verde) que desaparece junto do pai e da amante em um naufrágio. O que aparentemente não passa de uma fatalidade, se torna um plano mortal arquitetado por alguém bem próximo de Queen, e que o faz ficar perdido em uma ilha durante cinco anos. Dado como morto e resgatado por pescadores, Queen retorna a sua cidade, porém algo aconteceu a ele na ilha durante aqueles cinco anos, fazendo com que ele se torne uma verdadeira arma viva, treinada para matar... 


Ou pelo menos, muito bem treinado em parkour e no tiro ao alvo!
A atmosfera sombria da série me atraiu bastante desde o comercial veiculado pela Warner, e mesmo vendo a série, me vi bastante interessado nos primeiros quinze minutos. A passagem rápida de tempo já depois da volta de Oliver a Starling City, as situações meio desconexas e a atuação do protagonista (que se sai bem nas cenas de ação) me incomodaram um pouco. Com cara de constipado e alternando entre um olhar perdido e um humor forçado, o Oliver Queen da série meio que não convence como um cara sofrido que passou cinco anos em uma ilha comendo o pão que o diabo amassou. 


Os caras de LOST convenciam bem mais, tanto que terminaram a série bem mais velhos, depois de assarem no sol do Havaí onde rolavam as gravações das seis temporadas!
O segundo episódio já apresenta melhor qualidade que o anterior, e achei que Amell, um pouco mais à vontade no papel, conseguiu passar melhor as emoções de seu personagem, dando alma a ele, em especial em suas cenas com seu par romântico Laurel (que aparentemente será a Canário Negro num futuro próximo da série... Ou não!). 


Claro que ainda é muito cedo para julgar a série, e acompanharei os próximos episódios com atenção, esperando que a qualidade estética permaneça e que tanto atuações quanto roteiro melhorem significativamente.
Não espero fidelidade às HQs (até porque se seguir o que vimos em Smallville...), mas confesso que estou ansioso para as aparições do Exterminador (cuja máscara já dá as “caras” no 1º episódio) e de outros vilões recorrentes no universo do Arqueiro Verde como o Pistoleiro (Deadshot). 


Quem sabe Arrow não surpreenda e se torne a primeira série relevante com super-heróis da TV?



Se a primeira impressão é mesmo a que fica, vou detestar a segunda temporada da série criada por Ryan Murphy e Brad Falchuck, cuja primeira temporada eu resenhei aqui com todo carinho e dedicação.
Como já havia sido anunciado, o foco da série se desvia da família Harmon e sua casa assombrada, e apesar de usar três atores da primeira temporada, que interpretam novos personagens (Jessica Lange, Evan Peters e Zachary Quinto), a série não tem NADA A VER com sua origem, se passando dessa vez em um asilo (ou hospício), onde coisas sinistras parecem acontecer desde a década de 60.

 
A excelente Jessica Lange, que recebeu o Emmy de melhor atriz coadjuvante por seu papel em AHS, retorna à segunda temporada, dessa vez na pele de uma Madre pra lá de casca-grossa, que comanda o asilo do título com mãos de ferro, botando as noviças e empregados na linha. Ao mesmo tempo em que ela nutre fantasias com o Monsenhor vivido por Joseph Finnes (da falecida Flashforward), ela acaba batendo de frente com o Doutor Arthur Arden (vivido por Jamespai do Babe, o porquinho atrapalhadoCromwell), um médico que aparenta fazer estranhas experiências com pacientes do local, e que não aceita muito bem suas ordens.
Em paralelo a isso, conhecemos superficialmente a história do personagem vivido por Evan Peters (O psicótico Tate da primeira temporada), que aparentemente vive uma vida pacata ao lado da namorada negra (lembrando que isso era quase improvável na década em que se passa a história) até que um estranho fenômeno os apanha desprevenidos em sua casa. 


O que vemos em seguida, depois do que parece ser uma abdução alienígena (e pelo que eu entendi, com direito até a introdução a sonda anal!), é Kit, o personagem de Peters, chegando ao Asilo Briarcliff acorrentado e sendo tratado como um terrível serial killer conhecido como Face Sangrenta.
Ok. Rola um mistério para te deixar ligado nos próximos episódios. Tem algumas cenas de softporn para apimentar as coisas, mas, porém, no entanto, todavia... A série não me apeteceu com essa nova roupagem.
Sério que agora vai rolar alienígenas na mistura do caldeirão?
Em vez de espíritos obsessores atormentados vamos ter criaturas que devoram suas vítimas e que todo o enredo vai se desenvolver com base nisso?


É.
Como disse no tópico de Arrow, é muito cedo para especular se essas ideias serão ou não boas o suficiente para segurar firme durante quase vinte episódios, mas me senti incomodado com o que foi apresentado, e não como na primeira temporada, que só a abertura já dava um cagaço impressionante. AHS – Asylum não é assustadora, e embora seja um ponto positivo tentar mudar as coisas para manter a série interessante, ainda acho que essa mudança aconteceu de forma muito radical.
Aguardemos os próximos capítulos.  



Diferente das series anteriores citadas, The Walking Dead começou sua Terceira temporada (resenha da primeira temporada aqui e da segunda aqui) com um tapa na cara e os dois pés nas caixas dos peitos no quesito tensão.
Quem conhece a série sabe o quanto ela é capaz de surpreender até o mais frio telespectador, porém estamos acostumados a ver isso acontecer mais pro meio da temporada. Pelo ritmo, a 3ª temporada guarda surpresas do início ao fim, e começando exatamente de onde a anterior parou (com uma passagem de tempo de sete meses), a série recomeça com a busca incansável de Rick e seu grupo por um lugar seguro para que eles possam finalmente parar para descansar longe dos mortos-vivos espalhados por todo lugar. 


Com o bebê-Shane (como brinca Daryl sarcasticamente) à caminho, é necessário que Lori tenha um local seguro para dar a luz a qualquer momento, o que leva o grupo a encontrar uma prisão abandonada que parece perfeita para os refugiados. Cercada por zumbis, a prisão é invadida, e é necessário que todos eles façam um grande esforço para manter a segurança do portão para dentro, tarefa que Rick faz impondo sua nova política de “aqui quem manda sou”, vista no fim da temporada anterior após a morte de Shane


Uma vez dentro da prisão, os sobreviventes acabam descobrindo que não estão completamente seguros, e os antigos “moradores” do local assim como policiais zumbificados surgem para reivindicar seu espaço.  


Fora do núcleo principal da trama, descobrimos enfim quem era a figura sinistra que aparece ao fim da temporada 2 de espada em punho com dois zumbis sem braços e mandíbulas presos a uma corrente para salvar Andrea da morte certa, e paralelamente ao que acontece com Rick e sua turma, acompanhamos o destino das duas sobreviventes, que sozinhas encaram todas as adversidades daquele novo mundo recheado de canibais mortos-vivos por todos os lados. 


Envolta em mistérios, Michonne (Danai Gurira) carrega o próprio namorado e seu melhor amigo zumbificados acorrentados com ela, para que junto deles seu cheiro humano não seja captado, exatamente como Rick e Glenn fizeram na primeira temporada ao “tomarem um banho” com sangue de morto-vivo para passarem incólumes em meio a eles. De onde ela veio ou o que a levou a se tornar uma “justiceira ninja” ninguém sabe (exceto os leitores da HQ, claro), e os próximos capítulos prometem ser eletrizantes enquanto desvendamos todos os mistérios


The Walking Dead é de longe a melhor estréia da temporada na TV por assinatura, mas estarei acompanhando de perto as três séries citadas e ver no que vai dar seus enredos.  
Em breve resenhas sobre as temporadas completas.

NAMASTE!

22 de outubro de 2012

Atividade Paranormal 4 - O começo do fim...



E aconteceu aquilo que eu temia: Atividade Paranormal se tornou uma franquia caça-níquel que não está a fim de contar uma boa história, e sim contabilizar muitos Dólares enquanto as pessoas tomam sustos cada vez mais previsíveis no cinema.

Uma pena.

Fui conferir o filme no segundo dia de exibição no Brasil e confesso que estava com uma expectativa muito alta com relação à produção. Como comentei aqui antes, me afeiçoei bastante à história da família que começa a ser pentelhada por espíritos zombeteiros, e foi interessante acompanhar a saga dos personagens desde o primeiro capítulo, aumentando a curiosidade a cada novo mistério que lançavam e que não se resolviam no próprio filme, ao melhor estilo LOST. Aliás, como fã da série de J.J Abrams e Damon Lindelof, eu já deveria estar acostumado a não ter perguntas respondidas, mas pelo visto eu ainda não aprendi a lição!

A história se passa 5 anos após os fatos mostrados em Atividade Paranormal 2 (2010), e dessa vez temos como foco a família da adolescente Alex (Kathryn Newton) em Henderson no estado de Nevada, que começa a perceber atividades estranhas depois que o filho de uma vizinha começa a frequentar sua casa.


Não é nenhuma novidade para ninguém que tenha visto o trailer com atenção e assistido os três filmes anteriores, que os vizinhos muito loucos da menina Alex são Kate e Hunter (aliás, atenção para uma reviravolta do roteiro com relação a isso!), e o que é interessante de se descobrir quanto a esse fato é o por que deles estarem ali e a razão pelo qual esses vizinhos começam a interagir com a família, que aparentemente não tem nada a ver com toda a história de terror envolvendo Kate e sua irmã Kristi.  

 Ninguém sabe o que houve com Kate depois que ela assassinou o marido, a irmã e o cunhado, e o que a "endemoniada" andou fazendo durante esses cinco anos que separam o filme 2 do 4 (lembrando que o 3 é uma espécie de prequel da série), exceto uma rápida passagem em que citam seu nome em Atividade Paranormal em Tóquio, produção que funciona como um spin-off do filme criado por Oren Peli. No quarto filme os espectadores mais atentos conseguem chegar a suas próprias conclusões sobre o destino da moça e o que ela realmente se tornou. 



Não há nada muito novo nessa sequência com relação ao hand cam popularizado nos filmes anteriores, exceto talvez, que Alex e seu namorado Ben (Matt Shively) agora se utilizam de recursos mais modernos de comunicação como notebooks e web cam para gravar as atividades paranormais dentro de casa, além do fato de que as conversas do casal via Skype causam uma nova sensação de apreensão quanto ao que está do outro lado. Eu imaginei outras boas situações como Ben vendo tudo o que está acontecendo na casa de Alex do outro lado da tela sem nada poder fazer, mas em nenhum momento isso acontece. A obsessão de se gravar tudo o que está acontecendo (seja uma rápida ida ao banheiro ou até mesmo a morte do seu pai!) continua lá exatamente como no primeiro filme, o que não é nenhuma surpresa, visto que é exatamente esse elemento que torna o filme interessante.
Mas convenhamos. Quem é que na hora do medo leva uma câmera na mão pra filmar?


Agora com mais grana em mãos (o orçamento do filme ficou na casa dos US$ 5 milhões), os diretores Henry Joost e Ariel Schulman puderam abusar um pouco mais dos efeitos especiais, o que quase não podíamos ver na humilde produção do primeiro filme que custou míseros US$ 15 Mil e que faturou absurdos 194 Milhões de Doletas. Dessa vez sentimos calafrios com pessoas que surgem do nada, meninas que levitam na cama ou de pequenos espectros que te acompanham enquanto você acorda na madrugada pra falar com seu “amigo imaginário”, mas nada disso atrapalha o andar da história. Não achei os efeitos forçados ou desnecessários, até mesmo porque os produtores souberam usá-los com moderação. 


As atuações são medianas apenas, o que não é de se surpreender, uma vez que desde o primeiro filme a ideia era mesmo a de contratar atores desconhecidos e que soubessem agir naturalmente em cena, como se realmente estivéssemos vendo uma família comum. Ninguém atua em nível Cigano Igor a ponto de comprometer o filme (exceto talvez a mãe de Alex, a atriz Alexondra Lee que em sua despedida em cena deve ter recebido umas aulas de interpretação com a Marion Cottilard de Dark Knight Rises!), mas também não temos interpretações shakespearianas ao longo da película.
Ninguém se destaca como aconteceu com a pequena Chloe Csengery em Atividade Paranormal 3, que roubou a cena interpretando Kate na infância. A menina passa uma veracidade em suas expressões de medo dignas de prêmio, e sem dúvida nenhuma afirmo que ela foi a melhor atriz da franquia toda até agora. Senti falta de interpretações mais realistas nesse novo filme, e para contrabalancear colocaram em cena dois meninos que não são tão bons quanto Chloe Csengery (Kate) e Jessica Tyler Brown (Kristi) do filme anterior, para viverem Wyatt o irmão caçula de Alex e Robbie (Brady Allen), o vizinho funesto da casa da frente, que o roteiro nos faz crer se tratar do próprio Hunter, sequestrado pela tia maluca no segundo filme.



Uma nota triste da produção é que o ator Stephen Dunham, que vive o pai de Alex, faleceu com ataque cardíaco fulminante em Setembro deste ano, um mês antes do lançamento mundial do filme. Ele era casado também na vida real com Alexondra Lee e pelo visto, não houve nem tempo de colocarem uma dedicatória a ele no final do filme, como é costumeiro nessas situações.
Lamentável.

Como um filme de entretenimento cuja única razão de sua existência seja mesmo distrair seu público durante uma hora e meia, Atividade Paranormal 4 é bom. Apresenta sequencias assustadoras (de fazer a galera pular no assento), tem aquela química adolescente entre os protagonistas (cheias de insinuações como acontece no segundo filme), tem os efeitos especiais e conta com uma boa direção de cenas. Como história ele peca e peca muito, não nos mostrando praticamente nada acerca da linha narrativa que começou a ser desenvolvida melhor a partir do terceiro longa.

O que a avó de Kate e Kristi ganhou com o pacto?

Quantos espíritos existem?

Quem é o Toby e o que ele realmente quer?

O que aconteceu com a cadela Abby do segundo filme?

Quem é o verdadeiro pai de Kate e Kristi, visto que somos apresentados ao padrasto das meninas na parte 3?


Pelo que foi entregue, imaginei que teríamos uma linha investigativa nesse filme e que seríamos agraciados pela resolução de alguns mistérios, mas quando a cena escurece e sobem os créditos, temos mais dúvidas do que respostas, o que cria nova expectativa para um novo filme, o que nos faz entrar no jogo dos criadores:

Excelente. Eles vão querer saber o que acontece e virão ver o 5º filme!”.

Talvez o bacana seja mesmo ficarmos em dúvida e imaginarmos as nossas próprias respostas (como aconteceu em LOST, por exemplo!), mas isso não parece ser a função dessa franquia. Pelo visto, não saberemos tão cedo o que há por trás de toda essa história de pactos e espíritos vingativos que vêm puxar os pés das pessoas, iniciada em Atividade Paranormal 1, e bora esperar mais um ano pra ver a continuação da trama. E depois mais um ano. E depois mais um. Mais um. Mais um...


Só de sacanagem o próximo eu VOU BAIXAR e não me darei ao trabalho de ver no cinema.
Esse é o problema de ser acostumado a ver séries e novelas. Você sempre é instigado a ver o próximo capítulo!
Atividade Paranormal 5 já foi anunciado para Outubro de 2013 (se o mundo chegar até lá, claro!) e Atividade Paranormal 4 fechou bem o primeiro fim de semana americano, tendo faturado US$ 30,2 Milhões, embora não tenha batido o recorde do filme anterior de US$ 52 na estreia. No Brasil, na sessão que assisti, a sala estava cheia, mas não sei se o filme empolgou a galera o suficiente para que a 5ª parte bombe em terras tapuias.
Eu recomendo Atividade Paranormal 4 para quem está a fim de levar uns sustos e abstrair do mundo por algumas horas. Leve sua namorada ao cinema e se divirta vendo-a pular da cadeira a todo instante. Essa é a melhor parte do filme!
Do contrário, espere chegar na Netflix ou compre o DVD nas Lojas Americanas por R$ 9,90!
NOTA: 6

NAMASTE!

PS.: Fiquei muito frustrado em não rever a Ali (Molly Ephraim, por razões óbvias) do segundo filme. Achei que ela estaria na história, uma vez que aparentemente seu personagem não morreu no filme.

17 de outubro de 2012

Mais Quadrinhos no cinema e na TV



Em geral não costumo fazer posts sobre notícias no Blog do Rodman pelo fato de que elas ficam datadas em pouco tempo, mas como a maioria delas é relacionada ao mundo dos quadrinhos e do cinema ao mesmo tempo, achei que valia a pena desta vez “escrevinhar” algumas palavras.
Sigam-me os bons (e os maus também, sem preconceito!).

Nos últimos anos tem sido comum a proliferação de filmes sobre super-heróis no cinema, e praticamente de seis em seis meses temos algum Blockbuster com o selo Marvel, DC, Dark Horse ou Vertigo na telona, o que nos faz tirar nossa bunda gorda e peluda da cadeira do computador para nos deslocarmos para as salas de projeção, como bons Nerds que somos.

O sucesso comercial dos filmes da Marvel Studios e a explosão de sentimentos que eu não pude acreditar ocasionada pelo nome Vingadores, deixaram os produtores e estúdios em polvorosa, querendo aproveitar ao máximo esse hype momentâneo sobre o filão super-heróis e enfiar todo tipo de personagem de quadrinhos goela abaixo dos espectadores, que claro, amam muito tudo isso, ainda mais do que um McLanche Feliz



Nas últimas semanas, vários boatos (alguns, inclusive infundados!) encheram os sites de notícias Nerds acerca dos vindouros filmes “super-heroizísticos”, e acompanhei alguns com certa curiosidade, imaginando afinal, o que poderia sair de bom daquilo tudo.

O primeiro “boatão” relacionou o nome da personagem Miss Marvel (a nº 10 no quesito gostosura em meu Top 10) com o das atrizes Emily Blunt (de Looper) e Ruth Wilson (que poderá ser vista em O Cavaleiro Solitário), e uma possível aparição da personagem no próximo filme dos Vingadores. Segundo o Daily Mail (um tipo de “O Fuxico” gringo), as cocotas estariam disputando o papel de Carol Danvers lutando no gel de biquíni por suas atuações em filmes recentes de ação. 



Não conhecia nenhuma das duas moçoilas, e visualmente, sem poder falar muito sobre suas aptidões artísticas e interpretativas, eu optaria por Emily Blunt, que me parece ter mais a ver fisicamente com a personagem do que sua “rival”, apesar de que o ar sisudo de Wilson combina mais com a característica militar da loira dos quadrinhos.



Desde a saga Dinastia M que a Marvel vem tentando colocar o nome da Miss Marvel no topo de seu panteão de heroínas nos quadrinhos, mantendo a personagem sempre com grande destaque em seus títulos, e coloca-la em um filme com a visibilidade de Os Vingadores 2, alavancaria de vez a boazuda para a frente dos holofotes. Fora a Feiticeira Escarlate, não consigo ver nenhuma outra heroína que mereça estar nas fileiras dos Vingadores em outras mídias além da Miss Marvel, e a eficiência da personagem em ação ao lado dos colegas vingadores se provou na excelente animação dos Maiores Heróis da Terra, em que Carol era a única personagem feminina da equipe além da Vespa.



Mesmo que a Miss Marvel com seu maiô de couro preto e o raio amarelo no peito não aparecessem de imediato na película, seria interessante ver o desenvolvimento da Carol Danvers na história como militar e piloto (talvez uma agente da SHIELD), até que ela recebesse os poderes Kree que a fizeram se tornar uma super-rapariga.

Aliás, vários personagens da Marvel têm um pezinho na espionagem ou poderiam ser adaptados para constarem na folha de pagamento da agência comandada por Nick Fury. Para que esses heróis dessem as caras nos próximos filmes do estúdio de forma até bem plausível, sem necessariamente precisar colocar seus colantes coloridos, bastaria que os roteiristas tivessem um pouco de boa vontade. Sem muito esforço poderíamos ver a Vespa (que em sua versão Ultimate é uma cientista que trabalha pra SHIELD), Hank Pym e até a Mulher Aranha/Jessica Drew (que já foi tanto espiã da SHIELD quanto da HIDRA nas HQs) andando pelos mesmos corredores que a Viúva Negra e o Gavião Arqueiro dentro do Aeroporta-Aviões. Não seria nada difícil de inserir algo do tipo em Vingadores 2, sem encher muito a tela de personagens. 



Por falar na "Superintendência Humana de Intervenção, Espionagem, Logística e Dissuasão", a Marvel Studios e o canal ABC confirmaram a série de TV da equipe de Nick Fury, e soltaram uma sinopse e a descrição dos personagens principais na rede, além de propagandas e one-shots (também disponíveis no Blu-Ray do filme Vingadores) para mostrar do que vai se tratar o tal enlatado.


Pelo que dá pra entender, o seriado contará um pouco mais sobre como funciona a Agência de Espionagem dentro do universo criado pelos filmes da Marvel, mostrando agentes que ninguém conhece lidando com situações onde eles têm que salvar o mundo e ao mesmo tempo limpar a bagunça deixada pelos super-poderosos.


Só o fato de termos uma história que se passa no universo Marvel já causa grande interesse nessa série, somando isso às possíveis participações especiais que podem acontecer ao longo dos episódios, eu não vejo como essa série não consiga se tornar um sucesso imediato na TV. Tendo em vista o enorme catálogo de personagens buchas menores que a Marvel possui, daria pra inserir na história um super-herói ou super-vilão por episódio, sem necessariamente precisar caracterizá-los completamente com seus uniformes paramentados. Imaginei participações de Matt Murdock como advogado mesmo (agora que o Demolidor voltou para as mãos da Marvel no cinema), Cavaleiro da Lua (ou seu alter-ego Marc Spector), Luke Cage e até o Punho de Ferro, sem falar na porção de vilões que podem aparecer na série sem que para isso a produção precise usar e abusar dos efeitos especiais, o que encareceria bastante o programa para TV. 

 
Bem melhor isso, do que criar aqueles efeitos especiais toscos que rolavam em Smallville!
A série tem tudo pra fazer sucesso, e independente se o Samuel L. Jackson irá dar as caras por lá como o diretor caolho ou não, esperamos que os produtores não melem com uma ideia que me parece promissora, e que SHIELD possa render muitas e muitas temporadas.  
Outro vingador cujas especulações começaram a pipocar na Internet de que ganharia vida nas telonas foi o Visão, e o que aqueceu essas notícias foi a mudança do perfil do Facebook do ator porradeiro Vin Diesel
O ídolo dos tunadores de carro do mundo trocou sua foto pela do androide na rede social e isso bastou para que a galera começasse a especular que a Marvel havia entrado em contato com o cara e que ele viveria o marido da Feiticeira Escarlate em Vingadores 2. Mas foi só isso.



Se Diesel estava se oferecendo para o papel, ou se realmente rolou um interesse da Marvel para com o cara (que em minha opinião ficaria muito melhor como um dos vilões do filme, tipo o Homem-Absorvente ou o Destruidor da Gangue da Demolição, por exemplo), só Odin sabe, e cabe aos fãs aguardarem os próximos capítulos dessa novela. 





O papel do Visão ainda estaria sendo disputado pelo ator Clark Gregg, o Agente Coulson que esteve presente em todos os filmes da Marvel desde Homem de Ferro 1 e que aparentemente (SPOILLER!!!) bateu as botas em Vingadores. Recentemente, no entanto, Gregg foi anunciado como o reforço da própria série da SHIELD como o Agente Coulson, o que afunda de vez a especulação de que ele seria o Visão em Vingadores 2, o que convenhamos, seria uma baita de uma ideia de jerico! Além de baixinho, Gregg tem uma aparência bem envelhecida para ser o Visão, e outra... De onde tiraram a ideia de que o Visão é um defunto que voltou a vida em um corpo artificial?? O Visão é androide e não um ciborgue, porra!



Independente de haver ou não um Visão em Vingadores 2, o Agente Coulson está confirmadíssimo na série da SHIELD, e não há como duvidar, já que foi o próprio Joss Whedon (diretor do primeiro filme dos Maiores Heróis da Terra), consultor criativo e produtor da série que espalhou a notícia. Basta saber, como Coulson aparecerá vivo e serelepe nos episódios, uma vez que ele “foi deletado” da história do filme. Seria ele um MVA (Modelo de Vida Artificial) ou a série mostraria acontecimentos anteriores ao filme dos Vingadores


Para o lado da DC/Warner, com o fim da trilogia Batman de Christopher Nolan, a movimentação para reaquecer o universo super-heróico do estúdio começou a todo vapor, e nem bem o defunto esfriou, já começaram a falar de um Reboot na franquia do Morcego, o que ligaria o personagem à Liga da Justiça e seu famigerado filme. 


Segundo informes, o filme do Superman dirigido por Zack “o visionário” Snyder a estrear no próximo ano, seria o pontapé inicial para uma coligação do universo DC no cinema, exatamente mais ou menos como a Marvel fez a partir do primeiro Homem de Ferro. O problema é que a Warner não está a fim de construir um universo minimamente coeso e apresentar os personagens ao público leigo em filmes solo antes de jogar a merda toda no ventilador (GRANA! GRANA! GRANA! GRANA! GRANA!), e ao que parece, o próximo filme depois de Superman - O Homem de Aço já seria o da Liga da Justiça, apresentando inclusive um novo Batman, menos verossímil (e provavelmente muito mais massa véio) para contracenar com amazonas, alienígenas e senhores do Oceano sem parecer ridículo. 



Não sei por que, mas sempre que ouço falar de um "Batman menos realista", já enxergo logo aquele Morcego abaitolado saído da mente doentia do Joel Schumacher!


Seja como for, acho muito arriscado que um filme da Liga da Justiça seja jogado assim nos cinemas sem nem fazer com que o público se acostume a ver esses super-heróis na tela grande anteriormente. Fora o Batman do Nolan, a DC não conseguiu acertar com nenhum outro filme de herói nos últimos 30 anos, vide os fracassos de Lanterna “I known, right” Verde e o filme do Flash que até hoje não saiu do rascunho. Nem mesmo a série da Mulher Maravilha que já estava prestes a ser produzida foi pra frente! O que garante que um filme com esses mesmos personagens vingue sem a base que os filmes da Marvel soube muito bem criar a partir de Homem de Ferro 1, passando pela construção do universo do Thor, do Capitão América e do Hulk? 


É fato que por serem muito mais icônicos, os heróis da DC não precisam necessariamente ser apresentados ao público como os da Marvel (até 5 anos atrás, quem sabia o que era um Homem de Ferro??), mas exatamente por essa característica "icônica" ninguém sabe exatamente como apresentá-los em qualquer mídia fora das HQs (e não estou falando de jogos e desenhos animados) para um público mais amplo. Não parece crível um cara que fala com os peixes ou uma amazona que desfila por aí de shortinho estrelado no mundo real, e isso faz com a adaptação da Liga seja um tanto quanto complicada de se fazer, depois de tudo que vimos nos filmes do Batman. 


Pra desespero dos cuequinhas verdes, dos cuequinhas vermelhas, dos cuequinhas escamadas e das calcinhas estreladas, Christopher Nolan já mencionou que não tem interesse pela Liga da Justiça, portanto, o filme ainda está no “O que aconteceria se...”, sem qualquer definição de destino. Cabem aos fãs torcerem para que a Warner encaixe os vagões nos trilhos, e que se deixe levar menos pelo dinheiro e mais pela qualidade dos produtos que pretende lançar. Desde o fim da série Harry Potter e agora com o fim de Batman após Dark Knight Rises, o estúdio anda desesperado para engatar uma nova franquia, o que não parece ser uma tarefa fácil. 


Aguardemos o que vai rolar ao fim de Superman - O Homem de Aço. Será que teremos uma cena pós-crédito com a Amanda Waller chegando pra visitar o Clark Kent e mandando um "Você acha mesmo que é o único com super-poderes? Vim conversar sobre a Iniciativa Liga da Justiça".

Seria hilário!


E até o próximo plantão da fofoca. Eu aumento, mas não invento! OK! OK! OK!



NAMASTE!

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