30 de maio de 2013

Do Fundo do Baú: Homem Aranha 2099


Eu não era nada mais do que um jovem mancebo em plena década de 90 quando coloquei meus olhos remelentos pela primeira vez numa HQ do Homem Aranha 2099, a versão futurista do Amigão da Vizinhança. A revista, ainda nos famosos formatinhos da Editora Abril, passou a ser publicada no Brasil em torno de 1993 (um ano depois da criação do personagem), e causou frisson, uma vez que suas histórias  mostravam um Homem Aranha radicalmente diferente em um enredo mais adulto e menos “engraçadinho” que o do universo (hoje conhecido como 616) tradicional.

Criado por Peter David (Futuro Imperfeito e A Morte de Jean DeWolffe desenhado na grande maioria das histórias por Rick Leonardi (que também contribuiu para o visual do personagem) o Aranha 2099 surgiu em uma época que as histórias em quadrinhos começavam a perder um pouco de sua inocência, e que tanto Marvel quanto DC precisavam rebolar para manter as vendas de seus títulos nas alturas devido a forte concorrência visual vinda da Image Comics e seus ultra-coloridos e violentos anti-heróis como Spawn, Savage Dragon e afins.

Rick Leonardi e Peter David, os pais da criança

Nesse universo distópico e ciberpunk (referência a ficções científicas onde o futuro é dominado por tecnologia e em que a humanidade apresenta comportamento antissocial e marginal) o Homem Aranha é Miguel O’Hara, um promissor e egocêntrico cientista que desde muito jovem foi condicionado a ser um serviçal da Alchemax, a grande Corporação que praticamente controla o país. Quando seus interesses acabam se desviando um pouco da conduta ditatorial de um dos grandes diretores da Corporação, O’Hara acaba sendo inoculado com Êxtase, um psicotrópico que torna o usuário tão dependente dele quanto do oxigênio. Em desespero, procurando encontrar a cura para seu problema em uma noite, O’Hara decide repaginar sua estrutura molecular, mas vítima da interferência de um invejoso superior de laboratório, seu DNA acaba misturado com os estudos aracnídeos que o próprio O’Hara vinha fazendo com base nos poderes do Homem Aranha (Peter Parker) do século XX, o que no fim das contas lhe confere estranhas habilidades aracnídeas.


Embora os poderes conferidos a Miguel sejam originários do antigo Homem Aranha (cuja única referência em 2099 é essa), o cientista acaba ganhando novas habilidades como garras nos dedos das mãos e dos pés, teias orgânicas (primeira citação a isso na Marvel) e uma irritante sensibilidade à luz. Criado em uma complicada civilização onde as ações dos cidadãos estão vigiadas por servidores da lei (a serviço da Alchemax) conhecidos como Olho-Público, o Homem Aranha 2099 não tem a mesma sorte de Peter Parker em aprender com os próprios erros, e desde o primeiro minuto ele já é obrigado a lutar por sua sobrevivência, o que tornam suas aventuras ainda mais frenéticas.


Embora a origem do uniforme de Aranha seja um tanto quanto tosca, uma antiga fantasia de Halloween feita de moléculas instáveis (!!), é inegável o quanto ela é plausível, já que o herói precisava de um traje resistente enquanto ele não conseguisse controlar os ejetores das garras nas pontas de seus dedos. Juntando o traje feito do mesmo material que o do Quarteto Fantástico com um tecido extremamente leve que o ajudava a planar pelas correntes de vento (como era a ideia original de Stan Lee e Jack Kirby para o Homem Aranha ao desenhar suas teias do sovaco), estava criado um dos mais incríveis visuais do herói aracnídeo já feitos para os quadrinhos. Na minha opinião, só perde para o uniforme negro.


Com histórias hiperativas impulsionadas pela busca pela sobrevivência constante do personagem título, e um ambiente radicalmente diferente do que conhecíamos até então, Homem Aranha 2099 mostrou que inovar não era algo perigoso e sim desafiador para a época. O texto de Peter David e suas criações feitas para esse futuro distópico são fantásticos, e não há como não submergir completamente nesse universo onde uma grande corporação comanda a política, a polícia e o cidadão comum, e onde o ser humano parece ainda mais alienado de seu papel na existência. 

Os personagens coadjuvantes da história

Embora seja uma saída fácil e muito utilizada em outras obras que tratam de um futuro possível, David optou por não ficar fazendo referências aos personagens do passado a todo momento, e fora o Doutor Destino que aparece em uma página, o Thor que é citado por estranhos adoradores do Deus do Trovão que esperam seu retorno (como um Messias) e o próprio Homem Aranha que origina os poderes  de Miguel O'Hara, quase nada do Universo 616 é citado, o que ajuda a separar bem as coisas.


Enquanto relia o encadernado especial com as dez primeiras edições do Homem Aranha 2099 publicada pela Panini recentemente, não tinha como não ver, no entanto, milhões de referências a diversos outros universos distópicos criados para o cinema, como em Blade Runner (1982) onde a espécie humana está subdividida em colônias (desafortunados na Terra, afortunados em estações espaciais), onde há uma soberania oriental no ocidente, na HQ representada pela Stark-Fujikawa e seu Samurai O Especialista e no filme pelos diversos anúncios orientais espalhados pela cidade de Los Angeles de 2044. 


Se prestarmos a atenção no conceito de cidade alta (Nova York) e cidade baixa (no subsolo) da HQ, iremos encontrar referências também aos “Morlocks” (criação de H.G Wells em a Máquina do Tempo), seres obrigados a viver de restos no subsolo de um grande centro urbano, enquanto uma população mais abastada se refestela acima de suas cabeças. No universo 2099 um dos maiores representantes dessa casta malsucedida é o Abutre 2099, um canibal pós-moderno que se diverte comendo (literalmente) representantes da classe capitalista dominante. Por sua sobrevivência, após ser apanhado por uma chuva de tiros vinda do Olho-Público, o Aranha é obrigado a conhecer de perto esses “Morlocks” e enfrentar pessoalmente o Abutre.


Se na época de seu primeiro lançamento em Terras-Brasilis eu não pude acompanhar de perto as aventuras de Miguel O’Hara, o Homem Aranha do Futuro (só tinha a edição 3 da Abril em minha coleção), fiquei muito feliz com a nova oportunidade que a Panini acabou me concedendo agora no Século XXI. O encadernado faz parte de uma série de especiais do Homem Aranha que a editora vem lançando recentemente, e já adquiri dois outros além desse, a minissérie Tormento de Todd Mcfarlane e A Morte de Jean DeWolff, outra saga assinada por Peter David, e tida como uma das mais memoráveis da carreira do Homem Aranha 616.

Minha primeira HQ do Aranha 2099

O especial vale muito a pena para quem, assim como eu, é um saudosista ou que não teve a chance de conhecer esse herói do futuro que decide carregar a herança de um dos maiores ícones do universo super-heroico. Por algo em torno de Fintche Reaixx o encadernado é praticamente uma pechincha, e apesar de alguns grotescos erros de digitação em alguns balões de fala ("prestenção", Dona Panini!!), da capa vagabunda cuja arte não tem nenhuma criatividade (fundo preto e fontes vermelhas... Só isso??) e algumas tentativas falhas de recolorização do material original, a edição até que está satisfatória.

O encadernado da Panini

Destaque para o traço de Rick Leonardi, que apesar de meio feiosos para feições humanas, dá um dinamismo invejável a seu Homem Aranha, tornando a figura do personagem ainda mais impactante nas cenas de ação e nos splashes de página. 

O traço dinâmico de Rick Leonardi

O mesmo já não pode ser dito pelos desenhos de Kelly Jones para a edição nº 9, que emulando um estilo meio Todd McFarlane, acaba deixando o Aranha com um aspecto meio gordo, em vez de esguio e ágil. Pra quem não lembra, Kelly era o capista principal da Saga da Queda do Morcego do Batman, e o cara mandou muito bem nessa época com seu desenho meio bizarro. Para o Aranha, no entanto, não funcionou.

O traço de Kelly Jones para o Aranha 2099

PS.: Pra quem sentia saudades do visual espetacular do Aranha 2099, o herói pôde ser visto outras vezes após o fim da publicação da revista (que no Brasil chegou até o nº 39), no Jogo de videogame Spiderman Shattered Dimensions e nas histórias dos Exilados, os heróis interdimensionais da Marvel. 
Surgiram boatos que a verdadeira identidade do Superior Spiderman, lançado lá nos States era a de Miguel O'Hara, mas os fanboys se lascaram ao descobrirem que quem estava atrás da máscara (e do corpo de Peter Parker) era na verdade (SPOILER!) o Dr. Octopus


PS 2.: Um filme do Homem Aranha 2099 bem executado, com um diretor de responsa e um cenário em CG bem feito seria uma grande forma de revitalizar o personagem aracnídeo no cinema.


PS 3.: Na época em que lia Homem Aranha 2099 ainda nos anos 90, nunca entendia porque os personagens falavam tanto a expressão “Pau”. Só depois fui entender que era uma espécie de gíria da época, que substituia vários palavrões. 

Ah, Pau! Chega que estou cansando de escrever esse pau de post!!


NAMASTE!

19 de maio de 2013

Homem de Ferro 3: A dança das Armaduras


Jon Favreau passou a batuta da direção de Homem de Ferro 3 após comandar os dois primeiros filmes, e Shane Black ditou um novo ritmo a série que (aparentemente) se encerra mesmo com essa terceira parte da aventura do Vingador Dourado nos cinemas. O filme ainda tem as características básicas que tornaram o personagem um ícone da cultura pop moderno, como o humor ácido de seu protagonista, as “mirabolâncias” pseudo-científicas e tecnológicas e o ritmo de ação desenfreada, mas o clima agora é outro. Algo de dark assombra o universo de Tony Stark, e Homem de Ferro 3 tenta nos convencer o tempo todo que agora a porra ficou séria. Mas será que ficou mesmo?

O enredo de Homem de Ferro 3 se passa imediatamente após os eventos narrados em Vingadores. Tony Stark enfim percebeu que ele não é o centro do universo e que o mundo está repleto de pessoas infinitamente mais poderosas que seu alter-ego enlatado, o que faz com que o cara tenha preocupantes crises de ansiedade. Além disso, Stark não consegue lidar bem com o fato de que sua vida dupla coloca em risco aqueles que ele ama, o que faz com que ele crie diversas armaduras enquanto fica de vigília em sua luxuosa mansão. “Ah, não tem nada pra fazer, ‘bora montar mais armaduras descartáveis!”.



Em paralelo a isso, vemos uma crescente hegemonia de um terrorista denominado “Mandarim”, que começa a ser ligado a ataques em volta do globo enquanto invade a cadeia nacional de TV para fazer ameaças garbosas e teatrais aos chefes de Estado mundiais. No momento em que o governo americano procura descobrir a localização do tal terrorista ou pistas de que levem até seus asseclas (uma vez que os supostos ataques terroristas não deixam qualquer vestígio de explosivos), um atentado dentro de seu território deixa gravemente ferido o fiel braço-direito de Stark, Happy Hogan (Jon Favreau), o que faz com que Tony cometa seu primeiro grande erro no filme: Chamar o Mandarim pro pau em rede aberta (indo contra totalmente à história de que ele estava preocupado com as pessoas próximas a ele)!



O que acontece em seguida, todo mundo já viu nos trailers veiculados incansavelmente por aí, por isso nem se caracteriza como SPOILER. Uma retaliação em resposta a provocação de Stark acontece de forma violenta, e a mansão do bilionário é esfacelada, colocando em risco a vida não só do próprio Tony como também a de Pepper Potts (Gwyneth Paltrow) o grande amor da de sua vida, que só é salva por uma nova armadura que responde a controles-remotos (mais ou menos como uma simulação ao que o vírus Extremis permite que o Homem de Ferro faça nos quadrinhos). 



Depois de ter todos seus gadgets, bem como toda sua tecnologia (exceto a armadura “Resgate”) destruída pelo ataque do “Mandarim”, Tony Stark é obrigado a fugir e recomeçar toda sua jornada do herói bem longe de seu habitat natural. Perdido numa cidade interiorana, com a armadura descarregada e contando com a ajuda de um garoto local, o bilionário aprende que com grandes poderes vêm grandes responsabilidades não é sua armadura que faz dele um herói, e sim o homem dentro dela. Homem de Ferro 3 é inteiro dedicado ao homem dentro da armadura, e esse é com certeza um dos acertos de roteiro. A resposta que Stark dá ao Capitão América em Vingadores sobre “o que você é sem essa armadura?”, já não convence mais, e desesperado em perceber que ele sem o Homem de Ferro É SOMENTE um gênio, playboy, bilionário e filantropo, Stark começa uma corrida para provar às demais pessoas e a si próprio que ele é mais do que um cara dentro de uma armadura, além de deter o grande vilão do pedaço.

A Direção

Shane Black é daqueles diretores que precisam imprimir sua marca em todos os filmes que faz, ele consegue conduzir bem a parte final (será?) da saga de Tony Stark nos cinemas, dirige excelentes sequências de ação, mas é impossível não ver semelhanças gritantes em Homem de Ferro 3 de seus trabalhos anteriores. 

Em Beijos e Tiros, filme de 2005 dirigido por Black, temos Robert Downey Jr. no papel de um ator falido que se mete em diversas encrencas pra ficar com seu amor de infância. Além da presença do ator principal de Homem de Ferro, Beijos e Tiros é quase inteiro narrado em off pelo próprio protagonista. E qual a principal característica de mudança em Homem de Ferro 3 com relação a seus antecessores? Justamente a narração em off de Tony Stark!



Até mesmo a dupla de “tiras” inter-racial que Black escreveu para Máquina Mortífera (Black assinou o roteiro dos dois primeiros filmes da série) se repete no meio do enredo. Não que Tony possa ser considerado um “tira”, mas vê-lo de arma em punho ao lado de seu fiel amigo James Rhodey (Don Cheadle) correndo em meio a um porto, se não foi uma homenagem a Máquina Mortífera 2, foi uma cópia descarada de cena de ação!



Seja como for, as “homenagens” a seus trabalhos anteriores não prejudica o desenrolar da trama, e a meu ver, Shane Black conseguiu fazer um bom trabalho por de trás das câmeras. O clima engraçadinho dos dois primeiros filmes é amenizado para tentar imprimir um pouco de drama à nova fase da vida do personagem central, mas ao mesmo tempo em que eles tentam nos lembrar que Homem de Ferro 3 é mais “dark” e sério, as gags e situações engraçaralhas nos puxam de volta pra comédia pastelão. Não é algo negativo ter cenas descontraídas no decorrer da história, uma vez que isso é o grande trunfo de Homem de Ferro 1, porém justamente quando tentávamos nos concentrar no clima tenso do filme, vinha uma gracinha e jogava o clima pra galhofa de novo.



Shane Black escreveu Máquina Mortífera, que pra mim, é um dos melhores clássicos do cinema de ação oitentista, e a série é toda pautada entre cenas de tirar o fôlego com situações cômicas entre Riggs (Mel Gibson) e Murtaugh (Danny Glover). Nem por isso deixamos de sentir as emoções dos personagens quando algo trágico lhes acontece ao longo dos filmes. Lá, Black, com a brilhante direção de Richard Donner, consegue equilibrar bem humor e ação, mas em Homem de Ferro 3 ele não se sai tão bem nessa missão, estragando o que poderiam ser ótimas cenas dramáticas com um humor pueril e bobo.

Mas e aí, Rodman? Ele deu conta do recado ou não?

A meu ver sim, mesmo dando essas escorregadas no clima do filme, que desde os trailers já nos diziam que ia ser uma coisa e acabou sendo outra. Não credito a Black o efeito exagerado das pirotecnias que tomam o filme em sua meia hora final, e a dança das armaduras que se desmontam como se fossem feitas de plástico na sequência de encerramento, mas acho que uma segurada nas rédeas ali talvez tornassem mais palatáveis as cenas de ação que fecham a história. Só acho.

Adaptação

O arco Extremis escrito por Warren Ellis redefiniu o personagem Homem de Ferro para o século XXI, e já consta como um dos melhores dentro da historiografia do Vingador Dourado nas HQs.


Uma das capas do Arco Extremis de Warren Ellis

Para o cinema, foram necessárias algumas alterações na história original para que ela funcionasse, e o vírus Extremis tornou-se um acelerador das capacidades humanas utilizado para criar armas de destruição em massa. Criado pela doutora Maya Hansen (nas duas mídias), o vírus acaba caindo nas garras da IMA (Ideias Mecânicas Avançadas) e de seu ambicioso representante, Aldrich Killian (Guy Pearce), o que cria uma ligação importante entre o Mandarim, o Extremis e Killian no enredo do filme. Diferente das HQs, Tony Stark não entra em contato direto com o vírus, mas alguém muito próximo dele acaba sendo inoculado, gerando as tais cenas (quase) dramáticas que citei anteriormente. 



O real papel do vilão Mandarim na história gerou uma porção de opiniões conflitantes em fóruns de discussão na Internet e nos Podcasts sobre o filme, e embora o velho vilão sino-britânico não tenha aparecido em cena com todo seu esplendor verde e com seus anéis de poder, sua figura foi muito importante para o filme, o que conseguiu fincar sua história fantástica um pouco em nossa realidade. Afinal, como o próprio filme questiona, os EUA não precisam sempre de uma figura estrangeira ameaçadora para manter a “máquina de guerra” em funcionamento?



O não aparecimento de um chinês maluco com toga verde foi o menor dos problemas do filme!



Outra adaptação ocorrida no filme foi com relação ao Patriota de Ferro, armadura que nos quadrinhos é forjada pelo vilão Norman Osborn durante o Reinado Sombrio, mas que na história do cinema, nada mais é do que a “armadura do Máquina de Combate pintada de vermelho, azul e branco”. Mais ativo que no filme anterior, o Coronel James Rhodey (o corpo dentro do Patriota de Ferro) é agora o braço-direito do Presidente Americano, que o usa para que seu Governo passe a imagem de segurança para seu povo.  Se o papel do herói negro no filme não passa de uma figuração, o mesmo não pode ser dito de Don Cheadle, que apesar de não se parecer fisicamente em nada com o Rhodes dos quadrinhos, segura bem nas cenas de ação, criando também empatia com o público.


O Máquina de Combate pintado de vermelho, azul e branco

Homem de Ferro 3 não é o pior e nem o melhor filme da Marvel Studios, tem deslizes de roteiro absurdos, cenas de ação que estouram o nível do aceitável e se acovarda em dar um motivo REALMENTE dramático ao herói se negando a eliminar alguns personagens. Porém, no entanto, todavia, o filme ainda assim é extremamente divertido e faz jus ao que foi criado até então para o Vingador Dourado nos cinemas. Downey Jr. É Tony Stark, e cada vez mais à vontade no papel tem seus já quase 50 anos colocados à prova em cenas que exigem muito mais de sua capacidade física do que as interpretativas em um filme onde vemos mais Tony Stark do que Homem de Ferro. E quer saber? Ela manda bem! À exemplo de Tom Cruise que ainda corre como ninguém aos 50, Downey Jr. encarou extenuantes cenas de ação para provar que o homem é mais forte que o ferro, e não tem como não dar nota 10 para o ator, que assim como seu personagem mais emblemático (não desmerecendo Chaplin e Sherlock Holmes, claro) se livrou do vício para voltar a brilhar.



Se o filme não me agradou tanto quanto o primeiro da série ou mesmo o fantástico Vingadores, ele consegue ficar em boa posição com relação aos demais filmes da Marvel. O que no frigir dos ovos, já é algo significativo.

NOTA: 8

O meu Ranking dos filmes da Marvel Studios ficou assim:




Ps.: Assisti o filme num dos mais fantásticos cinemas de São Paulo, e a sensação de estar dentro da cena e em meio a explosões com o Homem de Ferro é única. Nota 10 para o cinema Imax da rede Cinépolis do Shopping JK Iguatemi.

Ps. 2: Antes de Homem de Ferro 3 foram veiculados os trailers de Thor 2 e de Wolverine: Imortal, porém, nenhum desses dois chamou-me mais a atenção do que Man of Steel. O visual do filme está impecável, e se dessa vez a Warner/DC não acertar com o Homem de Aço, não acertam nunca mais. Para o alto e avante!  

NAMASTE!

29 de março de 2013

Review: Vai que dá certo!


Confesso que não fui ver Vai que dá certo pela empolgação, pelo “elenco estelar” de comediantes que atuam no filme e nem pela profundidade da história. Eu estava a fim de zerar um pouco o QI devido as “correria” diária, e escolhi vê-lo devido o calor do momento. Nada premeditado.

Dirigido por Maurício Farias (que entre outros longas também dirigiu O Coronel e o Lobisomem e o filme da Grande Família) e com uma produção de certa forma modesta (bancada, claro, pela Globo Filmes), a comédia brasileira surpreende em alguns momentos enchendo o roteiro de referências Nerds e fazendo graça com o que sabe criar melhor: Situações esdrúxulas.

Ora, mas do que podemos reclamar? O cinema estrangeiro vive fazendo isso com Adam Sandler, Owen Wilson e Vince Vaughn. Acho válido que o cinema nacional esteja, ao menos, mostrando indícios que quer sair da mesmice, embora insista na velha fórmula do humor televisivo.


Mesmo usando e abusando de citações a elementos de filmes e jogos estrangeiros, Vai que dá certo mostra bastante da realidade brasileira, e não deixa o espectador entediado um só minuto. A todo momentos estamos caindo na gargalhada, e a qualidade do elenco é um ponto fortíssimo a ser levantado, já que a linha de roteiro fraca se segura o tempo todo por causa dos atores.

No enredo, um grupo de amigos trintões encabeçados por Rodrigo (Danton Mello) decide assaltar um carro-forte cheio da grana, tendo o serviço facilitado por Danilo (Lúcio Mauro Filho) que trabalha na firma de segurança que faz o transporte de dinheiro de bancos. Claro que devido à inexperiência dos caras no ramo criminoso nada dá certo, e o que faz a diversão do público são justamente as situações criadas depois do assalto mal sucedido. Cada vez mais enrolados com traficantes de armas e a Polícia, os caras vão de uma medida desesperada a outra, lembrando bastante a narrativa do primeiro Se Beber não Case. Numa dessas medidas, eles decidem recorrer ao único amigo que parece ter se dado bem na vida, o político Paulo (Bruno Mazzeo).


Além das sacadas Nerds, uma vez que alguns dos amigos são donos de uma loja de games e só falam disso quase que 100% do tempo, das referências a filmes (a discussão sobre quem come mais mulher, se é o 007 ou o Batman é hilária!), eu curti bastante o drama da vida pessoal dos caras. Na casa dos trinta anos, nenhum deles possui um emprego estável ou qualquer perspectiva de melhora na vida, o que reflete bastante a situação de muitos brasileiros nessa mesma faixa etária. Rodrigo é um músico falido que por não conseguir honrar seus compromissos acaba sendo demitido do bar onde toca piano, e isso, consequentemente, faz com que ele seja abandonado pela esposa. Literalmente na merda, ele decide considerar a ideia de seu primo Danilo para o assalto, e para isso ele chama os amigos de infância para ajudá-lo na empreitada. Vai que dá certo, né!


Dizem que a vida começa aos quarenta, a nossa já acabou antes dos trinta!

Menos talentoso que o irmão Selton, Danton Mello não compromete no papel principal, que também não exige muito de sua veia artística. O restante do elenco, mais acostumado com o humor, deita e rola em suas caracterizações, em especial Fabio Porchat que tem se tornado figurinha carimbada em vídeos para Internet (Porta dos Fundos) e também na TV, em programas do Multishow, na Zorra Total e até na Grande Família. Seu personagem é um dos mais engraçados do filme, e serviu para mostrar que o cara tem tudo para se tornar um astro da comédia brasileira, quem sabe nos cinemas.


O filme também dá destaque a outros atores acostumados com a comédia, como o veterano Lúcio Mauro (Pai), Felipe Abib, Gregório Duvivier e Natália Lage. A narrativa falha miseravelmente em seu desfecho, dando a aquela impressão de “nhé” ao espectador nos minutos finais, mas até ali o público já deu tanta risada com o humor bobo e fácil, que ninguém liga pra isso.

Vai que dá certo não vai mudar sua vida e nem ficará na sua memória para sempre (15 minutos depois eu já tinha esquecido o filme), mas vale o ingresso e as boas horas de diversão proporcionadas.


Nota: 7

Ps.: Durante o filme me lembrei que eu era apaixonado pela Natália Lage em minha infância, quando ela interpretava a Tuca, filha da Vera Fischer na novela Perigosas Peruas. E sim, estou denunciando minha idade com esse comentário.

NAMASTE!

17 de março de 2013

Chorão - Só os Loucos Sabem

 
O ano de 1997 foi uma espécie de hiato para o Rock N’ Roll brasileiro. Ainda estávamos de luto por causa dos Mamonas Assassinas, os Raimundos já faziam algum sucesso, mas permaneciam no underground, A Legião Urbana havia se desfeito devido a morte de seu líder e vocalista Renato Russo, o Capital Inicial estava no ostracismo e bandas como O Rappa  e Detonautas ainda não tinham estourado para o grande público. Havia apenas o silêncio musical, e ele incomodava.

O álbum Transpiração Contínua Prolongada do Charlie Brown Jr. lançado nesse mesmo ano e produzido por Rick Bonadio (também produtor dos Mamonas) veio para mexer as estruturas do Rock no Brasil, iniciando um crescente que ainda duraria longos anos, todos eles aproveitados por mim em minha adolescência de ouvinte da 89 FM, a Rádio Rock!



Músicas como o “Coro vai comê”, “Proibida pra mim” e “Tudo que ela gosta de escutar” começaram a estourar na maioria das rádios do país, e os garotos de Santos começaram a ganhar projeção nacional com seu som que misturava punk rock, reggae e skate music. As letras, em sua grande maioria escritas por Chorão, tratavam da realidade daqueles moleques de baixa renda que já haviam vivido várias mazelas em sua vida, e essa foi uma das grandes razões pela qual o público se identificou com o Charlie Brown Jr. Havia muito de verdade naqueles versos.  
  

O segundo disco, lançado em 1999 Preço Curto... Prazo Longo é pra mim, o melhor da carreira de quase 20 anos da banda, e possui uma porção dos maiores sucessos dos caras como “Vou te levar” (tema da Malhação durante 7 anos), “Zóio de Lula” (que imortalizou a célebre frase “meu escritório é na praia, e eu tô sempre na área”), “Confisco”, “Não deixe o mar te engolir” e “O Preço”, onde Chorão conta sua história de garoto pobre que se tornou um astro do rock. 



Dificuldade então
Passava eu, meu pai, minha família e meus irmãos
Sem perceber larguei a escola
E fui pra rua aprender
Andar de skate, tocar, é
Corre pra ver o mar


Nessa época as letras das músicas do Charlie Brown já estavam na ponta da língua, e embora eu nunca tivesse passado fome na infância, vivido nas ruas, andado de skate e nem tampouco me juntado a galera “maloqueira” (tipo a turma do fundão das escolas) eu também me identificava com suas canções, em especial pelo tom de protesto que elas traziam, algo que naquele mesmo período só era possível se escutar com o Rap, na boca de caras como Mano Brown (dos Racionais Mc’s) e do Gabriel, O Pensador, outro que fez o caminho inverso, foi do asfalto para o morro para ver “qualé que é”. 


Chorão possuía toda a atitude Rock N’ Roll já tradicional de astros que, como ele, subiam ao palco e faziam a galera pular com seu som. Ele nos passava a imagem de “marrento” e encrenqueiro, e não fugiu dos estereótipos, arrumando confusão com outros artistas (Marcelo Camelo manda abraços), com fãs que questionavam as escolhas que ele e a banda haviam feito em sua carreira, e com os próprios amigos de grupo, ocasionando até a separação do Charlie Brown Jr. em 2005. Tudo isso, no entanto, era apenas uma imagem externa e precipitada de um cara, apontado por pessoas próximas, como sendo o contrário disso. Nós que não tivemos uma convivência com o cara, não precisamos nos ater apenas a relatos de familiares ou amigos para sabermos quem, afinal, foi Alexandre Magno. Sua obra era um diário aberto de sua vida. Suas músicas diziam tudo que ele pensava, sentia e fazia, e não é difícil fazer uma bela análise da vida de Chorão apenas ouvindo as músicas que ele escrevia.

 
 
Se por um lado “Rubão” ("Pago pra vê tcharroladrão"), “Confisco” ("Eu sou da lei seu trouxa, eu confisco") “Papo Reto” ("Eu vou fazer de um jeito Que ela não vai esquecer") nos inspiram a gritar e entrar num bate-cabeça, Chorão sempre soube dosar seu lado, digamos assim, mais sensível e romântico em letras que todo cara gostaria de cantar um dia para uma garota. “Hoje eu acordei feliz”, “Como tudo deve ser” e “Vícios e Virtudes” são bons exemplos que a “mente nem sempre tão lúcida” de Chorão às vezes não queria tão somente protestar contra as injustiças do mundo. Ele também era o cara que mesmo “achando legal ser errado” queria conquistar a garota dos sonhos, e que a queria “levar dali”, para um lugar melhor. Esse era o Chorão que nós aprendemos a gostar, e nenhum de nós imaginava que seu fim seria tão semelhante ao de vários astros de rock em decadência com a qual fomos obrigados a entrar de luto ao longo dos tempos. Uma pena.



O dia 06 de Março começou triste com a notícia de que Chorão havia sido encontrado morto em seu apartamento de Pinheiros. Recebi a notícia logo de manhã pelo Twitter, e acompanhei por todo aquele dia o desenrolar dos fatos, até saber que as circunstâncias de sua morte eram bem parecidas com a de outros roqueiros como Kurt Cobain, que também havia sido encontrado morto em seu apartamento depois de alguns dias. Embora algumas letras de suas músicas ("parecia inofensiva, mas te dominou") e sua atitude bad boy dessem indícios, eu nunca imaginei que Chorão fosse um usuário de drogas hardcore, e demorei a acreditar que essa fosse a principal causa de sua morte prematura. Infelizmente, todos aqueles problemas que ele parecia ter superado vieram à tona ("o homem quando está em paz não quer guerra com ninguém"), e ele se rendeu diante de um inimigo muito poderoso que parecia ter combatido a vida todo e nos ensinado a também combater com sua música: As Drogas



A meu ver o suicídio não é um ato de fraqueza extrema como muitos apontam, e sim um ato de liberdade. A vida nos dá diversas maneiras de “lutar pelo que é meu” e de encarar nossos problemas com coragem, mas nem sempre somos fortes o suficiente, e todo mundo tem o direito de se render diante de uma derrota iminente. Chorão se rendeu, e não acho que sua decisão deva ser julgada, e sim tomada como lição. Se a separação da esposa Graziela Gonçalves, que muitos apontavam ser seu Porto Seguro, o levou ao fundo do poço, talvez isso pudesse ser reversível, mas ele decidiu não lutar contra isso e se libertou. Só podemos desejar sorte a esse cara que inspirou grandes pensamentos e muita diversão com sua música. Que agora ele encontre a paz que almejava, e que esteja “livre pra poder sorrir, livre pra poder buscar o seu lugar ao sol”.



As músicas que Chorão escreveu continuarão a tocar ad infinitum enquanto seus fãs recorrerem a seus versos para exprimirem algum sentimento reprimido, e assim como todas as lendas do Rock, ele vai ser lembrado mais por sua obra do que pelas circunstâncias trágicas de sua morte. Com certeza ele já deixou saudades.

Por um longo período, Chorão, Champignon, Pelado, Castanho e todos que vieram depois do fim da formação original do Charlie Brown Jr. fizeram parte de nossas vidas, e continuarão fazendo, até mesmo porque a música e o Rock N' Roll são elementos que nenhuma droga pode corromper, e isso só os loucos sabem


NAMASTE!

3 de março de 2013

Jack quase um Estripador - A Sombra do Inimigo



 

A Sombra do Inimigo ou Alex Cross, em seu título original, é um thriller de ação policial dirigido por Rob Cohen, lançado em 2012, que chegou ao conhecimento do público brasileiro por um simples detalhe: A transformação física pelo qual o ator Matthew Fox (o Jack de LOST) precisou passar para interpretar o vilão da história. De outra forma, acho que dificilmente o longa receberia algum destaque na mídia não especializada em cinema. 


Confesso que poucas coisas me interessavam no filme além de ver a volta de Matthew Fox às telas depois de uma longa ausência com o fim do seriado LOST. Sempre torci para que o elenco da série engrenasse também em outros veículos e fizesse sucesso devido a grande empatia que praticamente todos eles criaram com o público que os acompanhou (e sofreu!) ao longo das seis temporadas, e ver Josh Holloway em Missão Impossível 4 (mesmo que fazendo só uma ponta), Evangeline Lilly ao lado de Hugh Jackman em Gigantes de Aço e o próprio Matthew Fox em A Sombra do Inimigo é bem gratificante.



O filme, que não é nenhuma obra-prima, e que aliás, está bem longe disso, conta a história do psicólogo e investigador da Polícia Alex Cross (Tyler Perry), que se vê envolvido em um alarmante caso de homicídio com requintes de crueldade bem próximo de seu distrito em Detroit. Brilhante detetive e com alguns toques de sagacidade de Sam Gerard (o investigador linha-dura interpretado por Tommy Lee Jones em O Fugitivo), Cross deduz sozinho, ao investigar a cena do crime, que não estão lidando com um amador, e sim com um competente e sádico sociopata.


Pesquisando pelo termo utilizado no filme para definir o personagem de Matthew Fox (que no filme só é chamado de “Picasso” devido sua habilidade em desenhar suas vítimas à carvão), descobri a seguinte definição: “Os sociopatas são indivíduos egocêntricos, desprovidos de valores morais, que desprezam a sociedade, suas leis e obrigações, assim como as outras pessoas, inclusive os próprios filhos. Por isso, não se apiedam ou sentem remorsos, o que os impede de se modificarem, mesmo se punidos". Ao longo do filme "Picasso" mostra muitos traços de sociopatia que se difere do psicopata clássico apenas pelo nome. O sociopata, assim como o psicopata tende a ser uma pessoa solitária e antissocial que não gosta de ser contrariada, além de reagir com violência exagerada quando isso acontece, atitudes que o personagem toma diversas vezes na história.



Embora de início isso não fique bem claro, “Picasso” ou Jack Shephard, como vou chamá-lo pelo resto do post, usa suas habilidades criminosas em nome de outra pessoa, e o talentoso detetive Alex Cross só entra para sua lista de alvos quando começa a investigar o caso da morte de uma moça tailandesa, misteriosamente ligada a um poderoso magnata vivido pelo segundo francês mais popular de Hollywood, Jean Reno. Decidido a impedir a morte do próximo nome da lista de Jack, Cross e seu fiel companheiro de “lavoroTommy Kane (Edward Burns) acabam ficando no caminho do homicida, que decide aumentar sua coleção de desafetos, caçando e ameaçando tanto Cross e Kane quanto seus entes queridos. 


Enquanto Alex Cross, pai de família dedicado além de policial exemplar, utiliza deduções psicológicas para tentar antever os passos de seu perigoso adversário, Jack Shephard utiliza de meios avançados e tecnologia para “tocar o terror” em Detroit, e é exatamente assim que ele chega à família de Cross, causando a morte de alguém muito próximo ao detetive.



A trama do filme não chega a ser ruim, porém, a meu ver, houve um descuido por parte de Rob Cohen (que entre outros filmes dirigiu o primeiro Velozes e Furiosos) com vários elementos de A Sombra do Inimigo, em especial em sua tentativa pífia de dramatizar algumas cenas e de intercalá-las com ação desenfreada. O segundo grande erro de Cohen foi com o protagonista, que além de não conseguir cativar o espectador (pelo menos a mim que nunca o tinha visto atuar antes), não conseguiu passar a dramatização que Cohen pretendia dar em alguns momentos do filme, em especial após os eventos ocorridos na cena em que um de seus entes queridos morre pelas mãos de Jack. Tyler Perry não emociona e tampouco nos convence quando sai em sua busca implacável por vingança. Fiquei imaginando o que Denzel Washington ou Jamie Foxx fariam no lugar de Perry com esse mesmo papel!



Em contrapartida, Matthew Fox está muito bem como o sociopata piradaço. O ator consegue dosar muito bem os momentos de violência pura e simples de seu personagem com os de frieza extrema, e aqueles olhos arregalados que nos acostumamos a ver quando o Jack de LOST ficava puto da vida, funcionaram muito bem em seu primeiro vilão. 


A dedicação de Fox em perder 18 quilos para o papel e a de definir o corpo com o treinador Simon Waterson, que entre outras coisas ajudou Chris Evans a ganhar massa para viver Steve Rogers no filme do Capitão América, à princípio, me fizeram acreditar que ele estava envolvido em um filme realmente grandioso, mas além de sua excelente interpretação e a estranheza que seu corpo magro e trincado (quase como Robert De Niro em Taxi Driver) causam na tela, o filme não passa muito disso
 
"You talkin' to me??"


Alex Cross, como vim a saber posteriormente, é um personagem criado por James Patterson para uma série de livros, e já havia sido interpretado por Morgan Freeman em dois filmes, Beijos que Matam e Na Teia da Aranha, filme que assisti em minha adolescência, mas que seria incapaz de descrever aqui seu enredo hoje em dia. Talvez se Cohen tivesse escolhido melhor seu protagonista e não tivesse errado tanto nas cenas dramáticas e na montagem, A Sombra do Inimigo pudesse ter sido um filme mais memorável e digno de se colocar no currículo. 


Pra quem, assim como eu, é fã de LOST e de seu talentoso elenco, vale a pena conferir a atuação de Matthew Fox, e imaginar o que teria acontecido ao Jack se ele tivesse escapado da ilha e se tornado um cruel sociopata.


NOTA: 7


Ps.: Jean Reno interpreta um milionário francês que apresenta um curioso plano de modernizar Detroit, e batiza o projeto de Nova Detroit. Seria esse o começo dos planos de conquista e a ascensão da OCP, a empresa futurista que cria o Robocop??  

Ps. 2: Com as pesquisas para escrever esse post, descobri que possuo alguns traços de psicopatia! 


Fontes:

O que é um Sociopata?


  
Qual a diferença entre Sociopata e Psicopata?





NAMASTE!

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