29 de abril de 2016

TOP 10 COISAS QUE QUEREMOS VER EM FILMES DE SUPER-HERÓIS


Não dá pra negar que nós nerds estamos vivendo provavelmente o melhor momento de nossas vidas dos últimos 20 anos. Vocês já pararam para pensar que nunca antes na história desse país fomos tão positivamente bombardeados por lançamentos transmidiáticos com o tema “super-heróis”? E vocês já notaram também que, seja lá qual for seu meio preferido (cinema, TV, games, literatura), nesse momento, você tem vasta opção de escolha?

Cara!

Eu vivi numa época em que as únicas coisas que se via sobre super-heróis eram (além dos quadrinhos, claro!) os filmes do Batman (do Tim Burton) e os do Superman (do Christopher Reeve) na TV. Não havia mais nada no mundo do entretenimento, e nós tínhamos que nos conformar.

A realidade agora é outra, caro padawan, e estamos tão bem servidos que já podemos nos dar ao luxo de listar o que queremos ver daqui pra frente, e é essa a ideia desse mais novo TOP 10 DO BLOG DO RODMAN.

10 - Quarteto Fantástico na Marvel



Foram quatro tentativas. Não uma. Não duas. QUATRO tentativas, e ninguém conseguiu acertar com a família primordial da Marvel até agora nos cinemas. A primeira tentativa foi lá nos anos 90, com o horrível filme dirigido por Roger Corman que hoje em dia (embora a Marvel renegue) está inteirinho para degustação no Youtube. Numa época em que Tim Burton já tinha produzido os dois primeiros filmes da franquia que ressuscitou o Homem-Morcego para as telonas, dando início a Batmania, a Marvel entregou a um diretor de filmes B os direitos do Quarteto Fantástico e... Bem... O resultado foi esse troço!



Já nos anos 2000, após sua quase falência, a Marvel vendeu os direitos da família fantástica para a Fox, e o primeiro filme com o selo das duas empresas foi dirigido por Tim Story, que até hoje não tem nada melhor no currículo.

O grande erro das duas produções de Tim Story foi a caracterização dos personagens, que dentro de uma história pueril e infantilóide ao extremo, nos deixou perguntando por anos porque Diabos eles não investiram numa aventura de exploração, algo que sempre movimentou as histórias dos personagens desde a época que Stan Lee e Jack Kirby produziam suas HQs. Um Reed Richards (Ioan Gruffudd) que não era tão inteligente assim (e que sofria bullying até mesmo DEPOIS de ganhar os poderes), uma Sue Storm (Jessica Alba) toda artificial, com cabelos e olhos falsos e longe de ser a mulher forte e decidida que o John Byrne a transformou nos quadrinhos, e finalmente um Doutor Destino (Julian McMahon) HORRÍVEL, que não passava de um recalcado com pele metálica (?) e com poderes elétricos (?).



Sério! O Doutor Destino é o MAIOR VILÃO da Marvel, e foi reduzido a um invejosinho com poderes totalmente diferentes ao dos quadrinhos e com uma motivação fraca para querer destruir o super-grupo. E não pensem que estou falando só dos filmes do Tim Story. Em 2015, Josh Trank cometeu o mesmo erro na medonha adaptação que tentou nos fazer esquecer dos filmes anteriores. Na moral? Até que o Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado nem é tão ruim assim perto desse!



A Fox desistir dos direitos do Quarteto Fantástico e devolvê-los para a Marvel seria a melhor saída. É praticamente impossível que o estúdio ainda consiga tirar algo de bom que envolva os primeiros super-heróis da Marvel com novos filmes, e pensando dessa forma, se a Fox fizesse um acordo como o que a Sony fez com relação ao Homem Aranha, eu aposto um dente de trás que a Marvel faria um filme FODA do Quarteto. 



Olha o puta potencial que está sendo desperdiçado: Doutor Destino (um tirano de um país europeu com alto conhecimento mecânico, físico e místico que faz frente ao Doutor Estranho!), Galactus (o Devorador de Mundos!), Os Skrulls (aqueles bichos feios e verdes que mudam de forma e que ano sim ano não saem na mão com os Krees!), o Namor (o raivoso Príncipe Submarino!) e claro, o Surfista Prateado, o personagem preferido do Stan Lee. Como alguém consegue errar com todos esses personagens em mãos? Como, Roger Corman? Como, Tim Story? Como, Josh Trank?


9- O filme do Shazam



Com a Sabedoria de Salomão, a força de Hércules, a resistência de Atlas, os poderes mágicos de Zeus, a coragem de Aquiles e a velocidade de Mercúrio, o Shazam é com certeza o personagem mais injustiçado da DC Comics, e também o mais subaproveitado de todos os tempos.



Jogado de lado por anos na editora que o adquiriu junto a Fawcett Comics, o personagem criado em 1940 por C.C. Beck até chegou a ter certa relevância na década de 90, quando se tornou um elemento importante na premiada Graphic Novel O Reino do Amanhã (de Mark Waid e Alex Ross), ganhou uma HQ mensal no Brasil depois da saga Zero Hora e chegou a aparecer em alguns episódios da Liga da Justiça (a animação). Não dá pra dizer, no entanto, que ele é relevante por conta disso. Tirando o seriado live-action dos anos 70, poucas coisas foram criadas com o personagem, e hoje percebe-se claramente que somente um bom filme com o velho Capitão Marvel o tiraria do esquecimento, colocando-o sob os holofotes que ele sempre mereceu.



Puta potencial desperdiçado: Ele é tão forte quanto o Superman, possui poderes místicos, possui toda uma mitologia própria com o background do Mago Shazam e ainda tem um hall de coadjuvantes muito bacana formado pela família Marvel. Isso porque eu nem falei de seu grande arqui-inimigo, o Adão Negro, que a DC chegou a anunciar que seria o ator Dwayne Johnson, mas que foi a ÚNICA coisa que se tratou a respeito do filme do Shazam. 



Vale lembrar, que em sua gênese, Billy Batson é o alter-ego do herói, e pensem nas diversas possibilidades que um adolescente que se transforma em um parrudão de quase dois metros daria para uma história! E nem estamos pedindo um filme sério, sombrio e “mais fincado com o pé na realidade” como a trilogia Nolan e os filmes do Visionário. Shazam dá base pra um baita filme engraçado, de Sessão da Tarde mesmo, mas que poderia levar pelo menos a porradaria a sério



Ué, por que não? Bastava contratar um ator adolescente carismático e um ator brucutu convincente que o filme conseguiria fácil agradar a gregos e troianos, substituindo ainda a lacuna que Harry Potter deixou na Warner e que nenhum Percy Jackson conseguiu tampar até hoje.

8 - Namor contra o Quarteto Fantástico



Todas as vezes que eu assistia o Senhor dos Anéis e eu via o ator Hugo Weaving naquele visual élfico do Elrond, eu pensava que ele daria um Príncipe Namor foda. Eu ainda penso assim, mas claro que as chances disso acontecer são menos do que 0, uma vez que o mesmo ator já viveu DOIS personagens de quadrinhos na telona (o V e o Caveira Vermelha), ele já passou e muito da casa dos cinquenta anos e que ele não teria mais o físico necessário para usar aquela sunguinha verde do personagem.



Em sua origem, o Namor (que NÃO foi criado pelo Stan Lee e sim pelo Bill Everett) tinha uma aparência oriental, o que arremetia ao claro medo que os estadunidenses tinham dos “amarelos” em época de Segunda Guerra. Com o passar dos anos, ele manteve a aparência meio que oriental, embora alguns desenhistas acabem se esquecendo desse detalhe, e essa definição étnica nos reduziria as opções de escolha de elenco para viver o Namor nos cinemas. Temos dúzias de chineses, coreanos, japoneses e tailandeses em Hollywood, mas precisaríamos de alguém que além de convencer com seus dotes artísticos e cênicos, fosse um monstro no auge de sua forma física, o que quase nunca é fácil de achar.



Quantos orientais do cinema que você conhece se enquadram nessa categoria comentada acima?

Puta Potencial Desperdiçado: O Namor nunca foi um herói simplesmente. Em sua origem ele invadiu o mundo da superfície para punir os humanos pela poluição causada nos mares, o lar do híbrido (Atlante com Humano), e em uma das suas primeiras aparições ele caiu na porrada com o primeiro Tocha Humana (o androide Jim Hammond), história fantasticamente ilustrada por Alex Ross em Marvels (que eu resenhei aqui). Ok. Não precisamos ir tão longe. O personagem data da Segunda Guerra, mas é possível trazê-lo para os dias atuais com a mesma força (já que continuamos entupindo os mares com os nossos dejetos!) e ligá-lo ao Quarteto Fantástico faz todo sentido, já que seu retorno oficial ao universo Marvel, já pelas mãos do Stan Lee, foi em uma aventura do super-grupo.



Imaginem Atlântida sendo retratada na tela do cinema? Imaginem uma invasão de soldados atlantes à Terra? Imaginem o Namor como adversário direto do Quarteto (e depois se aliando a eles pra derrotar, sei lá, o Attuma?), caindo na porrada com o Tocha Humana moderno, medindo forças com o Coisa, dando em cima da Sue, coisa que nos quadrinhos acontecia quase sempre?



Porra, Fox! Devolve logo os direitos do Quarteto para a Marvel. De lambuja ainda poderíamos contar com o príncipe orelhudo fazendo uma ponta em Vingadores para cumprimentar seu amigão Capitão América, com quem ele lutou junto na Guerra Civil.   

7 - Um filme com os Novos Titãs



Quando o Ricardito saiu da série Arrow, muito se especulou que o ator que o interpretava (Colton Haynes) iria entrar para um possível elenco de uma possível série dos Novos Titãs no canal TNT.

O ator Steven R. McQueen (o Jeremy de The Vampire Diaries) chegou a ser cotado para viver o Asa Noturna em uma possível aparição na série Arrow ainda no fim de sua primeira temporada. Empolgadaço, o ator chegou a postar fotos de seu preparo físico para viver o ex-parceirinho do Bátema, mas seja para uma participação em Arrow ou para uma série própria, nunca mais se tocou no assunto, e esses dois boatos foram tudo que tivemos com relação aos personagens criados por Marv Wolfman nos quadrinhos para as telas.



Puta potencial desperdiçado: Os Titãs surgiram numa época que o apelo adolescente estava em alta nas HQs. Os X-Men estavam bombando na Marvel, e tirando as participações dos sidekicks nas revistas dos heróis principais, a DC ainda não possuía um grupo de personagens que falasse a linguagem da molecada da época.



Assim como o filme do Shazam, os Titãs também podiam pegar essa vibe teen de filmes adolescentes, e explorar pra valer as personalidades de Mutano (o comediante), Estelar (a alienígena gostosa curiosa com o comportamento dos terráqueos), Ravena (a gótica mal humorada com poderes místicos) e o Asa Noturna, líder certinho, habilidoso e capaz de usufruir de vez em quando da tecnologia Wayne. Claro que podíamos adicionar o próprio Ricardito (parceiro mirim do Arqueiro Verde), alguma versão do Kid-Flash (o Bart Allen ou o próprio Wally West, sei lá!), a Terra (a parceirinha traíra) e até mesmo o Jericó (o filho mudo do Slade Wilson), mas realmente não sei o que podia ser feito quanto ao Cyborg, agora que ele já vai ganhar um filme solo e que ele anda mais bandeado para os lados da Liga da Justiça.



Seja como for, um baita quebra-pau com o Exterminador, que sempre foi um vilão clássico da equipe nos quadrinhos, a Colméia (que já deu as caras em Arrow), o Gnu ou até mesmo o pai da Ravena Trigon daria um baita background para um roteiro de cinema. Isso somado as personalidades adolescentes de nossos heróis, poderia render um grande blockbuster sem essa cara sombria e séria que a DC tenta nos enfiar goela abaixo. Já pensaram?

6 - Surfista Prateado contra Thanos



Com os direitos do Quarteto Fantástico de volta nas mãos da Marvel, uma gama inacreditável de personagens também voltaria para casa no pacote, incluindo aí o Surfista Prateado, cuja primeira aparição nas HQs se deu justamente numa história do Quarteto.



Em seu primeiro encontro com a família fantástica (história recentemente republicada pela Panini) o Surfista Prateado já mostrou que era um dos seres mais poderosos do universo. Capaz de converter qualquer tipo de matéria em energia, de singrar o espaço através de asteroides e ainda emitir poderosos feixes de força, o cara caiu na porrada com o Coisa só pra mostrar que podia e ainda trocou disparos energéticos com o Galactus quando viu que a humanidade, afinal, valia o esforço (não, não valia, Surfista!).



  Tudo bem que ele tomou uma chave de braço do Pantera Negra (!) e que caiu no conto do vigário do Doutor Destino, perdendo seus poderes, mas em compensação ele não se acovardou em sair no braço contra o Thor e o Hulk.



Puta potencial desperdiçado: Ele foi com certeza a melhor coisa em Quarteto Fantástico 2, e interpretado fisicamente (em captura de movimentos) pelo ator Doug Jones e dublado por Laurence Fishburne não dá pra dizer que ele foi um personagem ruim. Aliás, pelo contrário. Os efeitos especiais usados para dar vida a seus poderes foram bem convincentes, e sua batalha aérea com o Tocha Humana (Chris Evans) é uma das melhores coisas do filme inteiro.



De volta a Marvel, é claro que gostaríamos de ver o personagem mais ligado a sua origem cósmica, e ele podia ser muito bem aproveitado no universo dos Guardiões da Galáxia e no vindouro combate da Guerra Infinita, que irá se espalhar entre os filmes 3 e 4 dos Vingadores. Devido a grandiosidade de seus poderes, o Surfista enfrentaria fácil o Titã Louco Thanos e essa briga ia ser linda de se ver no cinema. 



Ou vocês acham mesmo que algum outro vingador além do Thor ou do Hulk duraria mais do que dois rounds com o Thanos portando as joias do infinito?

5 - Um filme do Lobo



Eu confesso que não li muita coisa dele ao longo da minha pútrida e nefasta vida de leitor de quadrinhos, mas admito que o Lobo é um personagem que merece uma adaptação para o cinema proibida para menores de 18 há muito tempo!



Antes mesmo do Deadpool explodir nos quadrinhos, o Lobo já era o símbolo máximo da escrotidão pelo lado da DC, e poucas histórias se mantinham sérias ou minimamente morais quando ele dava as caras nela. Seja enchendo o Superman de porrada (e sim, ele era capaz disso!), infernizando a vida do Batman ou escrotizando a Liga da Justiça América (a Liga Cômica), o Maioral deixava sempre a sua marca registrada, e isso era muito bom de se ver.



Em suas histórias solo, os roteiristas perdiam a mão de vez, e enfiavam (literalmente) o pé na jaca, fazendo o Lobo cometer as maiores atrocidades (como matar o Papai Noel, por exemplo) num clima hiper-violento e sem freios.



Puta potencial desperdiçado: O Deadpool não é lá um dos personagens mais profundos dos quadrinhos (aliás, profundidade ali passou longe!) e num filme solo, o mercenário tagarela faturou mais de US$ 745 Milhões colocando na tela exatamente o que o público do Lobo já está acostumado: Humor negro, piadas com cu e rola, violência e mais violência.



Imaginem esse mesmo clima de sujeira, colocando um personagem brucutu (claro! Não me venham com essa versão Emo do Lobo dos Novos 52, pelamor!), boca suja, motoqueiro espacial, beberrão e que gosta de arranjar encrenca pelos botecos da galáxia, isso tudo ao som de muito Rock N’ Roll! Porra! Não tem como isso dar errado! Contratem logo um roteirista foda e comecem a filmar essa merda!

4 - A Mulher Hulk nos cinemas



O filme do Homem Formiga incrementou o universo Marvel com aquele clima mais galhofeiro que muita gente acha que é a base de TODOS os seus filmes (embora eu discorde disso com relação ao Capitão América 2, por exemplo), mas é nítido que o filme sofreu vários remendos para que o roteiro encaixasse o personagem ao mesmo mundo em que o Homem de Ferro, o Capitão América e o Thor já habitavam.



A Mulher Hulk nos anos 90 passou pelas mãos do genial John Byrne, e embora na mesma época ela integrasse os Vingadores de vez em quando, em suas histórias solo ela pirava completamente, quebrando por muitas vezes a quarta parede, aquela que faz com que os personagens nos enxerguem como espectadores.



Ainnn, mas o Deadpool já faz isso!

Sim, e provavelmente muito disso se deve as histórias malucas que o Byrne escrevia lá muito antigamente, e essa é a ideia para um filme da verdona. Algo sem regras definidas e que não precisasse estar muito ligado ao universo Marvel como o filme do Homem Formiga precisou estar.

Claro que primeiramente precisaríamos de uma atriz muito bem qualificada para interpretar a Mulher Hulk, e que além de forte fisicamente e alta, fosse também gata e engraçada (tipo a Katherine Heigl... Aliás, imaginem a Katherine Heigl malhada e alta!!). O filme, obviamente, não precisava ser levado a sério, e nem deveria. Podia até estar inserido no universo Marvel regular (até porque teriam que liga-la ao Bruce Banner de alguma forma), mas suas histórias podiam funcionar paralelamente ao ataque Chitauri, Guerra Civil ou as Joias do Infinito. O lance aqui é pirar!



Puta Potencial desperdiçado: Poucas vezes vimos a She-Hulk ser retratada seriamente nas HQs. Tirando alguns arcos isolados como A Queda, onde ela parte o Visão ao meio e depois cai numa crise de consciência, e na Guerra Civil quando, exercendo seu papel de advogada, ela decide ficar do lado pró-registro, Jennifer Walters, a prima de Bruce Banner sempre foi muito ligada ao seu lado fanfarrão. Seja com o Quarteto Fantástico ou nos Vingadores, ela sempre era a piadista, e seus diálogos com os vilões chegavam a ser hilários.



Para poupar nos efeitos especiais, podiam inventar que depois de sua primeira transformação, Jennifer não conseguisse mais reverter a sua forma humana, e que ficaria para sempre como um mulherão verde. Depois disso, qualquer roteirista mais pirado conseguiria bolar uma história que envolvesse o lado advogado da personagem com o de super-heroína, e isso sem muita dificuldade poderia culminar num quebra pau mega fodástico no centro de Nova York contra algum vilão que ainda não tenha dado as caras no cinema, tipo o Homem-Absorvente (que já apareceu em Agents of SHIELD) ou mesmo a Titânia, vilã criada durante as Guerras Secretas pelo Doutor Destino



Sem muito esforço, mas com um orçamento razoável, a Marvel teria mais um filme engraçaralho em sua conta, fugindo desse clima mais dark que ameaça tomar o universo deles após Capitão América 3.

3 - Liga da Justiça da América



Besouro Azul. Gladiador Dourado. Fogo. Gelo. Guy Gardner. Capitão Átomo. Sr. Milagre.

Esse é com certeza O MELHOR time que a Liga da Justiça já teve em seus cinquenta e tantos anos de existência. No quesito humor, claro!



As histórias escritas pela dupla Keith Giffen e J.M. DeMatteis eram de fazer mijar de rir nos anos 90, e quando a Crise nas Infinitas Terra definiu que só existia um planeta Terra, o definitivo, essa foi a equipe escolhida para defender essa Terra dos males dessa e de outras galáxias que podiam nos afetar. Isso mesmo! Nada de Superman, Mulher maravilha, Flash ou Aquaman. Eram esses caras que comandavam a porra toda (no início eles contavam com o Batman e com o Capitão Marvel), e os roteiros eram recheados de sacadas inteligentes e bem humoradas sobre o próprio universo de super-heróis.



Puta Potencial Desperdiçado: Aquele telefilme da Liga da Justiça que passava no SBT, que todo mundo viu na infância e na adolescência, tinha mais ou menos essa formação aí (com exceção do Flash gordo, do Ajax barrigudo e do Lanterna Verde que era uma mistura de Hal Jordan com o visual do Guy Gardner). Claro que além de ruim e mal produzido, o filme não tinha o humor das HQs, e estamos falando exatamente disso aqui.



Em 2017 já vamos ter um filme da Liga da Justiça boladona com os seis personagens essenciais saindo na porrada com Darkseid, um spin-off com a Liga cômica daria o contrapeso ideal para apresentar os demais personagens da DC ao grande público (ou você vai me convencer que alguém além de meia dúzia de nerds sabe me dizer quem é Gelo, Fogo ou Sr. Milagre?) e ainda produzir um filme mais leve e divertido, sem a necessidade de ser sério ou seguir qualquer cronologia. E eles podiam dar uma zoada nos heróis clássicos, fazer piada sobre o próprio universo DC no cinema e sacanear o filme do Lanterna Verde (I know, Right!). Teríamos o Guy Gardner no filme, gente! O cara mais porra-louca dos quadrinhos junto a dupla mais engraçaralha de todas formada pelo Besouro Azul e o Gladiador Dourado. Mesmo que Fogo, Gelo, Capitão Átomo, Sr. Milagre ou qualquer outro bucha que integrasse o time fossem somente coadjuvantes desses três, eu acho que valeria o ingresso.



Já pensou o ator Sean Willian Scott no papel do Gardner? Teríamos o verdadeiro Stifodão em cena pela primeira vez!

2 - Abram alas para Kang, o Conquistador



No primeiro filme tivemos Loki, que apesar de servir de intermediário entre o cosmos e a Terra para a invasão chitauri, ele foi a principal ameaça contra os Vingadores. No segundo filme tivemos o Ultron, o robô engraçadinho que mexia os lábios e que tinha a personalidade babaca do Tony Stark, em vez de ser o robô boladão que fazia os Vingadores suarem para vencê-lo nas HQs. No terceiro e no quarto filmes, teremos uma suruba desenfreada que vai colocar os Vingadores, os Guardiões da Galáxia, os Defensores (será??), os Inumanos (ô louco, bicho!) e se Odin quiser o Quarteto Fantástico contra o Thanos, o Titã Louco. Onde encaixaríamos Kang, o Conquistador então?



Kang, o Conquistador possui uma origem rica e ao mesmo tempo confusa que envolve o passado de nosso universo (nas HQs o 616) e o futuro. Sua primeira aparição se deu em uma história do Quarteto Fantástico (1963), onde ele deu as caras como o faraó Rama-Tut, uma de suas personificações. Como Kang, ele apareceu em 1964, numa história dos Vingadores, o que daria uma bela briga judicial sobre qual dos dois estúdios, afinal, tem direito sobre o personagem, se a Fox por ele ter surgido numa história do Quarteto ou se a Marvel, por ele ter virado um inimigo clássico dos Vingadores.



Kang é um viajante do tempo que gosta de interferir nas diversas realidades paralelas e conquistá-las. Seu grande problema com os Vingadores é que os heróis sempre o impediram de conquistar o universo 616, e fosse qual fosse o futuro vislumbrado por ele, os Heróis mais poderosos da Terra sempre o derrotavam, causando-lhe um sentimento de puro ódio.



Puta potencial desperdiçado: Cá entre nós, os Vingadores possuem uma galeria de vilões muito mais foda que a Liga da Justiça, mas nenhum desses super-vilões foi bem aproveitado no cinema, até agora. Minha sugestão aqui é utilizar Kang após toda essa reviravolta causada pelas joias do infinito e pelo Thanos, e que ele fosse o vilão principal na Fase 4 da Marvel nos cinemas, já com toda essa pendenga de contratos de Robert Downey Jr., Chris Evans e Samuel L. Jackson definidas. Fossem quem fossem os Novos Vingadores (já pensou o Capitão Falcão, a Thor Jane Foster e o Homem Aranha na equipe??), Kang bateria de frente com os heróis, e sua história poderia, óbvio, ser pautada em viagens temporais. E se o Kang mudasse o futuro ao impedir que os Vingadores originais se formassem? E se a invasão chitauri tivesse destruído a Terra? E se Tony Stark jamais tivesse se tornado o Homem de Ferro, o Capitão América jamais tivesse sido encontrado no gelo e o Thor nunca tivesse vindo exilado para a Terra?



Filmes de viagem no tempo sempre são bons (até Bill e Ted era legal!), e com Kang como antagonista, poderíamos ter o primeiro vilão REALMENTE foda para fazer frente aos Vingadores no cinema. O ator por trás da máscara metálica azul poderia ser qualquer um que não fosse vaidoso o suficiente para ter o rosto oculto durante duas horas de filme (Downey Jr., Cof! Cof!), podendo ser um ator jovem ou mais experiente, mas seria bacana que ele tivesse uma voz imponente. Notaram como o Apocalypse do Oscar Isaac (X-Men – Apocalypse) perdeu metade da graça com a voz de um cara normal nos trailers? Cadê aquela voz eletrônica de quem parece que está falando com um ovo dentro da boca que ele tinha no desenho animado? Porra, Fox!

1 - Marvel X DC



Essa posição é coisa de fanboy sem qualquer sombra de dúvida. A mais remota chance disso acontecer no cinema, como já aconteceu algumas vezes nos quadrinhos, é menos do que 0, mas já que Batman versus Superman foi uma das maiores decepções que tivemos em matéria de expectativa dos últimos anos (os mesmos 20 anos que citei no início do post!), e isso mesmo tendo colocado Cavaleiro das Trevas, Morte em Família, Crise nas Infinitas Terras, Injustice e A Morte do Superman no mesmo caldeirão, somente uma guerra entre Marvel e DC poderia quebrar as bancas de apostas e virar o mundo nerd do avesso para sempre.



Puta Potencial Desperdiçado: Esqueçamos que a DC só está engatinhando em seu universo cinematográfico, mesmo possuindo o panteão de heróis mais conhecidos DA VIA LÁCTEA sob seu poder. Esqueçamos também que a DC deseja ardentemente superar a Marvel tanto em bilheteria quanto em sucesso de público e crítica com seus filmes, e que para isso ela aposte todas suas fichas nas aptidões visuais e na falta completa de freio de seu Visionário diretor Zack Snyder.



Imaginemos que a Marvel, já há quase dez anos no mercado cinematográfico (Homem de Ferro 1 é de 2008!!) se dê ao luxo de liberar seus personagens clássicos para o mais espetacular e inimaginável crossover da história do cinema moderno (sério! De fazer os Irmãos Lumiére quererem ressuscitar para ver!!), e que isso coloque os Vingadores frente a frente com a Liga da Justiça!



Eu estou chorando só em escrever isso! Imaginem eu viver para ver um trem doido desses, sô!

Esqueçam nível de poder, esqueçam quem ganharia de quem ou quem perderia de quem. Apenas imaginem o anúncio “dos mesmos criadores de Vingadores, dos mesmos criadores de Batman V. Superman... TCHARAAAMMM! Vingadores V. Liga da Justiça. Quinta-Feira nos cinemas”!

Porra!

Isso ia tornar a Internet um caldeirão durante uns dez anos sem sombra de dúvidas.

Nunca antes vimos algo assim acontecer. Quando ocorreu nos quadrinhos, primeiro nos anos 80 com os crossovers entre Titãs e X-Men, depois Batman V. Hulk e Homem Aranha V. Superman, o impacto não pôde ser mensurado porque só meia dúzia de nerds (que nem eram chamados assim na época, eram só estranhos mesmo!) puderam ler isso, e nem sequer tinha Internet para comentar. Nos anos 90, com o Crossover Marvel X DC, o impacto foi bem parecido. Quem era fã, teve orgasmos vendo o Superman socar o Hulk, o Homem Aranha acabar com o Superboy ou o Batman vencer o Capitão América, mas o mundo ainda não era nerd. Ninguém ligava para essas merdas.



Hoje em dia, muita gente fora do público mainstream que curte HQs também vai ao cinema para ver filme de super-heróis, mesmo sem saber exatamente a diferença entre chitauris e Skrulls ou mesmo que o Thor não é do mesmo universo que o Shazam, por exemplo. A galera consome super-heróis, e o impacto de um filme que colocasse frente a frente Os Vingadores com a Liga seria uma avalanche para o mundo transmidiático, e esses caras iam faturar muita grana. Sem brincadeira, Avatar cairia facilmente de seu trono de filme mais rentável da história perto de um evento como esse, pena que pensando corporativamente algo desse escalão SEJA IMPOSSÍVEL de acontecer. Nem a Marvel quer dividir grana com a Warner e nem a Warner quer queimar seus personagens os colocando pra brigar com os “heróis mais poderosos da Terra”. Superman quebraria fácil o pescoço do Thor e o Batman ia fuzilar o Capitão América. Nem ia ter graça!


NAMASTE! 

12 de abril de 2016

Batman V Superman: O melhor filme de heróis do ano!


Numa enquete que ficou no ar entre JANEIRO e o finalzinho de MARÇO, o Blog do Rodman questionou qual filme de super-herói ia ser o preferido da galera, e a disputa foi acirrada.

Com um total de 20% da preferência dos leitores, o filme do mercenário tagarela da FOX abocanhou a terceira posição, provando que ele é o (anti) herói do momento. Perto das grandes estreias de 2016, realmente o terceiro lugar é um ótimo destaque para o filme de um personagem, que se citássemos há uns três ou quatro anos, NINGUÉM saberia dizer quem é. Eu mesmo, como leitor de quadrinhos véio cujo pinto não sobe mais não tenho mais do que três HQs do Deadpool em minha coleção, e uma delas pensei em vender várias vezes de tão ruim! 



Seja como for, o filme é um baita de um Blockbuster, divertido ao extremo e que faz jus a historiografia (?) do personagem que, nos quadrinhos, faz parte do universo dos X-Men

Em segundo lugar, colado no primeiro, ficou o filme Capitão América - Guerra Civil, com 36% da preferência dos leitores. Civil War é a DÉCIMA TERCEIRA produção do Marvel Studios (iniciada láááá em 2008 com Homem de Ferro), e o filme promete ser bombástico, colocando frente a frente os dois principais heróis de seu universo, além de coadjuvantes pra lá de bem vindos como o Homem Aranha



A expetativa do público, no entanto, estava mesmo em Batman v Superman - A Origem da Justiça, filme que ficou com 40% da preferência do público leitor do Blog.



Massacrado pela crítica em geral, o filme arrecadou até o presente momento US$ 783,5 Milhões de verdinhas, um número que, embora astronômico para os padrões atuais de Hollywood, não representa exatamente o que a Warner/DC esperava arrecadar. 

O filme custou a bagatela de US$ 250 Milhões em sua produção, isso somado ao valor de US$ 200 Milhões usados em Marketing e em distribuição, dá a quantia de US$ 450 Milhões, algo que sozinho, o valor arrecadado até aqui não cobre.



Se para você, caro padawan, US$ 450 Milhões cairiam MUITO bem em sua conta bancária, para a Warner, no entanto, o valor é considerado baixo, e a empresa espera chegar pelo menos a quantia de US$ 900 Milhões no mundo todo para que o filme se pague e ainda seja possível dividir lucros com as empresas de cinema que distribuem o filme.

Falei aqui sobre minha opinião acerca do filme, e assim como todo nerd que cresceu com os gibis do Superman e do Batman embaixo do braço, claro que eu esperava mais da longa produção que nos segura por mais de duas horas no cinema com uma história confusa, cheia de furos e plots desnecessários.



Aiin Rodman! Eu gostei do filme. Tem o Bátema! Ele mata geral como tem que ser, e o Superómi tem mais é que apanhar mesmo! Pau no seu cu!

Já falei lá no post sobre o filme o que penso dessa visão estreita que Zack Snyder e seus colaboradores têm da antítese entre Batman e Superman, algo defendido pela molecada bazingueira atual que acha "zica" esse comportamento brucutu dos dois heróis que deveriam ser SÍMBOLOS. Snyder é o diretor certo para uma geração cada vez mais sem valores e que acha "fora de moda" um sujeito com a cueca por sobre a calça que defende a justiça, a honra e que acima de tudo entende o valor da vida. 

O Bátema tem que matar mesmo!



Essa frase cai tão bem com referência ao Justiceiro da Marvel, por exemplo. Vimos recentemente o quão torturada é a alma de Frank Castle na série do Demolidor em sua segunda temporada. Para ele, a única forma de acabar com o terrorismo, a máfia e a bandidagem é não lhes dando oportunidade de voltar a praticar seus crimes. Para Castle, nada resolve melhor do que uma bala nos cornos de um bandido, até porque depois do assassinato de sua família, ele sendo um militar, essa é a única forma que ele vê de combater o mal, e dele próprio achar a redenção. 

O Batman é o oposto disso. Tendo sofrido O MESMO trauma que Castle sofreu, ele decide usar a figura assustadora do morcego para levar o terror aos bandidos, e fazer de si próprio um símbolo de justiça: "Não voltem a cometer crimes, ou eu volto aqui e ACABO COM VOCÊS!". 



A Warner deu carta branca para que Snyder impusesse a sua visão limitada sobre os dois heróis e tem pagado um preço alto com bilheterias aquém de sua ambição. Será mesmo que o público geral comprou sua ideia de um Superman perdido e de um Batman matador, ou seu filme sendo usado como trampolim para o da Liga da Justiça é que afastou aqueles que não estavam entendendo NADA de seu roteiro raso e confuso?

Façam suas apostas!

Ps.: A votação ainda incluía os filmes X-Men - Apocalypse (4% dos votos) e do Doutor Estranho (0%), e eu juro que esqueci de colocar o Esquadrão Suicida na votação! 

NAMASTE!

8 de abril de 2016

BATMAN V SUPERMAN – A ORIGEM DA INJUSTIÇA

Esse post contém SPOILERS!!!


Provavelmente eu não vou conseguir ser tão imparcial com relação à Zack “O Visionário” Snyder (o diretor de BvS) em meu texto, mas prometo ser justo aos méritos que o filme obviamente tem em suas mais de duas horas e meia.

Longe de já querer começar a resenha colocando toda a culpa dos problemas da produção (que são muitos!) nas costas do "Visionário", é bom lembrar que o roteiro do filme foi escrito numa parceria entre David S. Goyer (de Batman Begins) e de Chris Terrio, o parça de Ben Affleck em Argo, trabalho que lhe rendeu o Oscar como Melhor Diretor. Analisando BvS, dá pra perceber as nuances em que Terrio tentou colocar mais profundidade na trama política da história ao mesmo tempo que vemos personagens irreais se socando na tela, enquanto todo o lado fantástico parece mesmo ter ficado a cargo de Goyer, que costuma ser usado nos filmes de heróis da Warner/DC como o consultor de quadrinhos... Coisa que ele não faz lá muito bem!


Um filme com Batman versus Superman era o sonho de 11 entre 10 moleques que cresceram lendo quadrinhos, e ao mesmo tempo que o embate entre os dois MAIORES personagens dos gibis representava a realização dos sonhos dos fãs, significava a solidificação do universo DC nos cinemas, que havia começado de modo meio que conturbado com o polêmico Man of Steel (2012). Batman V Superman era de início Homem de Aço 2, depois se tornou Superman e Batman e finalmente se tornou Batman V Superman numa decisão puramente comercial, visto que o bom e velho Escoteirão Azul já não parecia mais garantir bilheteria e sucesso comercial sozinho.

“Bota o Batman aí nesse meio! Batman é sucesso garantido!”

E alguém pode duvidar?


Há anos e anos o Homem Morcego encabeça as listas de HQs mais vendidas da DC, e como se não bastasse, seu sucesso comercial é praticamente garantido em todas as mídias em que ele é inserido, que o diga os games da Rocksteady iniciados com Batman: Arkham Asylum e os ainda “frescos” filmes da trilogia de Christopher Nolan. Colocá-lo frente a frente com o Superman logo no SEGUNDO filme do universo DC parecia ser uma estratégia lógica, embora essa faca tivesse dois gumes.


Superman não atrairia público sozinho para os cinemas com uma parte dois de Man of Steel, um confronto com o Batman manteria o interesse desse público com os personagens e para a Warner/DC, esse filme significaria uma porta de entrada para os demais personagens e a futura formação da Liga da Justiça no cinema, algo importante para que o estúdio ENFIM acordasse e entrasse na briga direta pela fatia do bolo que a Marvel e a Fox comiam sozinhas no mundo do entretenimento.  Não tinha como dar errado!


Pra começo de conversa é importante salientar que eu não tenho qualquer implicância gratuita com Zack Snyder, como parece que a crítica estrangeira tem. Eu gosto de Madrugada dos Mortos, de 300 e acho que Man of Steel tem sequências excelentes, porém, os exageros e maneirismos que o diretor insiste em imprimir em seus filmes fazem com que eles se tornem menos do que tentam se vender. Trocando em miúdos, Snyder NÃO É esse diretor fodão que a Warner acha que ele é, e isso faz com que as expectativas sobre suas obras sejam sempre maiores do que ele pode corresponder. Ele tem pontos fortes em sua direção? Com certeza!


Suas sequências de ação são, em geral, muito bem filmadas, sem falar que visualmente Batman V Superman é um grande filme. Snyder consegue fazer cenas impactantes e memoráveis com o auxílio do CGI, e mesmo com a direção de atores ele é capaz de nos manter interessados pelas cenas de ação, pelo menos enquanto não decide despirocar e encher a tela de efeitos especiais desnecessários.

Mas como diria o Jack Estripador... Vamos por partes!

ELENCO

Admito.

Eu, assim como muitos críticos de cinema de balcão de bar, queimei a língua quanto a escolha, no mínimo, inusitada de Zack Snyder para o elenco de BvS. Fiz um post inteiro criticando as escolhas de Ben Affleck, Gal Gadot e Jesse Eisenberg para os respectivos papeis de Batman/Bruce Wayne, Mulher Maravilha e Lex Luthor, mas em cena NENHUM deles fez feio, e todos eles souberam defender seus papeis com unhas e dentes, embora o roteiro merda lhes desse pouco do que conhecíamos dos VERDADEIROS personagens que fazem parte do cânone de cada um.

Ah, mas foda-se o cânone, não é mesmo? Estamos falando de cinema!


De longe, Affleck parecia o mais empenhado em seu personagem, seja para apagar de vez da memória o seu Demolidor (cujo desastre nem de longe foi culpa sua!) ou para fazer jus a um dos maiores heróis dos quadrinhos. Seu Bruce Wayne é diferente de todos que já vimos na telona, ele é um homem calejado pelas perdas, desconfiado ao extremo e que apela para a agressividade como resposta a tudo, embora ainda saiba ser o grande estrategista pelo qual é conhecido. Não há traços de humor em seu Bruce Wayne. Ele é sisudo, sério e transparece uma obsessão quase doentia pelo Homem de Aço após presenciar a destruição de Metrópolis causada pelo Superman em sua batalha contra Zod (retratada em Man of Steel). 


Para ele, o alienígena é uma ameaça em potencial, e ameaças precisam ser eliminadas, o que faz com que durante o filme quase todo ele busque meios de concretizar isso, indo contra a opinião de seu mordomo Alfred (Jeremy Irons), que não acredita que o kryptoniano seja uma criatura má. Com esse Batman “missão dada é missão cumprida, parceiro, e é faca na caveira”!


A Mulher Maravilha de Gal Gadot tem pouco tempo em cena, mas seja como Diana Prince, em sua identidade civil, ou como a guerreira amazona (sem o shortinho estrelado), a atriz manda bem em seu papel. Longe de ter “roubado a cena” como alguns exagerados alardearam por aí, a participação da heroína é bem contida durante o filme, e sua inserção é totalmente aleatória (sério que ela entra em cena para reaver uma foto????), assim como sua participação na grande batalha que encerra a produção. 


Sim, o fato de que ela fisicamente AINDA não lembra em nada a Mulher Maravilha que todos conhecem, e isso fica gritante durante a festa em que ela “passa a perna” na esperteza de Bruce Wayne, não chega a incomodar ao longo do filme. 


Ela paramentada com o traje de batalha da Mulher Maravilha ficou muito bem, e suas cenas de ação são elogiáveis, de uma forma que nunca tínhamos visto em live action. Na verdade, em certo ponto dá se a impressão que ela venceria SOZINHA o Cococalipse, visto sua destreza em luta, chegando a sorrir durante a batalha, zombando do poder de seu adversário. Ela representa fielmente o espírito guerreiro da Wonder Woman dos Novos 52, que eu cheguei a comentar aqui, quando destrinchei a animação War da Liga da Justiça.


Não há como dizer que Jesse Eisenberg esteve mal em seu papel de Lex Luthor, isso claro, se levarmos em consideração que seu personagem NÃO É o Lex Luthor. 

Sinceramente não entendo o que levou a alta cúpula da Warner/DC a escolher Eisenberg como Lex Luthor, mas o que piora a situação é que nem mesmo as características mais básicas do personagem foram mantidas (e não, não estou falando da careca!). Eisenberg interpreta um cara maquiavélico com altos níveis de mimo e que parece que foi criado pela Vó, mas que cuja motivação nos parece sempre oculta. Ele quer matar o Superman por que mesmo? Ele coloca o Batman contra o Azulão por que mesmo?


Pelos próprios diálogos do personagem com a Senadora Finch (Holly Hunter) fica bem claro que o VERDADEIRO Lex Luthor é seu pai, e que ele sim foi o responsável pela criação e perpetuação da LexCorp, enquanto o filho mimado só ficou responsável por gastar a grana do velho. Há uma grande mente diabólica por trás do personagem, ele é inteligente o suficiente para descobrir ANTES de Bruce Wayne a existência de OUTROS meta-humanos e de começar a catalogá-los, ele possui um intelecto acima da média para invadir e comandar a nave alienígena de Zod, inclusive para conseguir criar o Apocalypse a partir do DNA do próprio Zod... 


Até aí, essas atitudes condizem com Lex Luthor... Mas por que diabos optaram por fazê-lo com essa máscara de “zoeira”, pautado na galhofa, com ares de engraçadão? De onde tiraram que Lex Luthor possui humor? Se colocassem o Charada no lugar dele ou mesmo o Coringa, faria muito mais sentido. Três encarnações de Lex Luthor no cinema e é a terceira vez que optam por fazê-lo cruel... Porém engraçado. 


Vai entender!

Por incrível que pareça, e volto a repetir, Smallville era uma bosta de série, mas tinha o melhor Lex Luthor de todos!

Sorry!


As pequenas inserções do Alfred de Jeremy Irons deram a entender quem era o VERDADEIRO Batman ali naquela Batcaverna. Mais centrado, mais antenado e muito mais inteligente que Bruce Wayne, o Alfred rouba a cena quando aparece. Batmóvel, Batwing, a Batarmadura... 


Tudo foi construído graças ao talento inventivo do mordomo. Não se esqueçam disso. O Wayne só fornecia o dinheiro.

SUPERMAN

escrevi aqui algumas vezes o quanto acho o Superman injustiçado nesses novos tempos onde é a violência que impera e que bandido bom é bandido morto.  Nem vou entrar (novamente) nos méritos se acho essa afirmação certa ou errada para os demais personagens em quadrinhos, e vou me limitar a dizer que quando se trata de SUPERMAN ela é sim MUITO errada.  


Ainnn, Rodman! Mas o Superman é um bundão!

Ainnn, Rodman! Mas o Superman é um personagem merda!

Ainnn, Rodman! Mas o Superman é escroto! Legal é o Bátema. Porque o Bátema é o Bátema, tá ligado!


Não discordo que o Batman é um grande personagem e que todo moleque sonha em ser ele (até porque é mais fácil ficar milionário, construir uma armadura e sair dando porrada em bandido pobre do que cair na Terra vindo de Krypton!), mas em sua essência o Superman foi criado para ser a representação do Messias que vem para a Terra nos salvar dos males criados pelo próprio mundo. Criado por dois judeus (Siegel e Shuster) ainda sim o Superman foi pensado como um redentor, um ser quase divino que APESAR dos poderes de um deus, age como um humano, entendendo essa humanidade MUITO MELHOR do que os pobres mortais. É uma metáfora fenomenal que a mente pequena de Zack Snyder e os bazingueiros amantes do Bátema são incapazes de entender.


Ainnn, Rodman! Mas eu prefiro o Bátema! Vai tomar no seu cu!

Entendo sua adoração, cuequinha verde, mas o que me grila é como alguém consegue ser incapaz de representar o Superman desta forma sendo que essa é a essência primordial do personagem construída ao longo do tempo, indiferente se ela é fora de moda ou não. O Superman de Henry Cavill, e isso entendo que não é culpa do ator, NÃO INSPIRA ninguém. Mesmo no segundo filme ele ainda não sabe qual é seu papel no mundo, e continua causando uma série de equívocos sem nem ao menos se redimir dos erros do primeiro filme. Esse filho da puta dizimou Metrópolis tentando parar Zod e sua trupe, matou milhares de pessoas no processo e em nenhuma cena ele parece se arrepender disso. Pelo contrário!


 Na primeira cena em que aparece em BvS ele ESMIGALHA um terrorista que ameaça matar sua amada Lois Lane (Amy Adams) contra uma parede... E sem remorso! Que porra de super-herói que quer nos inspirar é esse? É lógico que vamos dar crédito para o Batman que resolve tudo na porrada, ou para o Justiceiro, ou para o Wolverine ou o Lobo ou qualquer anti-herói sanguinário. O Superman deveria ser a antítese disso tudo. A luz na escuridão.


O Superman de Zack Snyder é um cara amargurado que parece perder a cabeça por qualquer coisa, e que está 100% de seu tempo confuso, sem saber o que fazer com o poder que detém. O “S” em seu peito não representa “Esperança” em nenhum momento. Se eu morasse em Metrópolis, eu me borraria todas as vezes que visse esse filho da puta voando sobre a minha cabeça: “Ainn, caralho! É agora que vou morrer!”. As cenas em que ele é visto como o Salvador ao redor do mundo, salvando a menina no México, e depois pairando no céu como um anjo não condiz com o que vemos quando ele está em ação. 


E fora isso, ele nem é um herói muito competente. Ele foi incapaz de ouvir a bomba no Capitólio (isso porque tem SUPERAUDIÇÃO!) e não fazia ideia de como agir para encontrar sua mãe Martha (Diane Lane) tendo que pedir ajuda para o cara que, até então, ele considerava um maníaco por marcar os bandidos de Gotham City como bois indo para o abate.


Não importa que você prefere o Batman “porque ele é mais legal”, uma coisa deve-se admitir: O Superman é a antítese do Homem Morcego. Um é a Luz. O Outro representa as trevas. E sempre foi assim. Colocar os dois para representar a mesma coisa não combina. Esse Superman não é um herói. Ele não inspira aquele sentimento de proteção e devoção que você espera, como o Super-Homem do Christopher Reeve fazia tão bem (e estou falando de um filme de mais de 30 ANOS!), e decididamente quando ele é trucidado pelo Apocalypse ao final do filme, não é digno nem da nossa comoção. Soa mais algo como “já vai tarde”. E foi o que os produtores devem ter pensado, já que nunca souberam desenvolver o maior herói da Terra. Já vai tarde, porque nós não sabemos o que fazer com o personagem que representa a bondade que ainda existe no ser humano.


Vamo fazê o Bátema dá tiro. Porque o Bátema é mais legal!”.

Descanse em paz Superman.

ERROS E ACERTOS

O principal erro dos produtores de Batman V Superman foi querer fazer deste filme uma porta de entrada apressada para o filme da Liga. Se pensarmos bem, a luta entre os dois sozinha já dava conteúdo suficiente para um excelente roteiro de filme. Daria a base necessária para aí sim, depois desse filme, os demais personagens pudessem ser construídos. Se tirássemos Mulher Maravilha e as aparições relâmpago do Aquaman (Jason Momoa), do “The” Flash (Ezra Miller) e do Cyborg (Ray Fisher) e focássemos no conflito ideológico entre Batman e Superman, dando ênfase em suas visões de justiça (Batman mais sisudo e porradeiro e Superman mais contido, consciente da grandiosidade de seu poder), acrescentando aí o medo da população em geral pelo que o Superman causara em Metrópolis, culminando no embate dos dois, BvS seria um filme excelente. Tanto Goyer quanto Chris Terrio teriam ótimos argumentos para incrementar o roteiro. É certeza, no entanto, que algum executivo engravatado que não entende porra nenhuma de quadrinhos deve ter metido o bedelho e apressado as coisas.


“Anda com essa porra! A Marvel já tá faturando milhões juntando os heróis. Enfia logo aí aquele cara que fala com os peixes, aquele que corre e aquele negão robô aí no meio. Vamos fazer bilhões!”

Sejam sinceros. Estamos falando de mercado. Nós fãs podemos entender pouco de mercado, mas qualquer um de nós faria um planejamento melhor do que esse da Warner para com os heróis da DC, e isso sem precisar imitar a Marvel!


Vi o filme duas vezes no cinema, e em cada uma das vezes tive a impressão de que o filme é uma grande colcha de retalhos que será explicada mais tarde.

“Relaxa. Nos extras do blue-ray eles explicam isso.”

“No filme da Mulher Maravilha a gente vai entender melhor.”

“No filme da Liga eles vão amarrar as pontas”.

Tá. Mas e quanto ao filme que eu estou assistindo agora?

Os “quadrinheiros” não podem reclamar da quantidade de referências que são distribuídas ao longo da história, e por alguns momentos eu tive que me perguntar se o público civil estava sacando tudo que estava acontecendo. As cenas de sonho, que aparecem em demasia no filme são confusas, e servem mais para atrapalhar o desenrolar da trama do que para acrescentar alguma coisa.


Parademônios? O sinal do Ômega em referência ao Darkseid?

Superman sanguinário pela morte da Lois (ou da Martha) lembrando o arco Injustice?


Flash (El Cabrón de bigodinho) aparecendo pedindo ajuda para o Batman lembrando Crise nas Infinitas Terras?

Ding, Ding, Ding?

Qual é mesmo a importância disso tudo para a trama, exceto o fan-service?

Batman V Superman seria outro sem essa ligação obrigatória com um vindouro filme da Liga da Justiça, mas comercialmente seria inviável começarem um filme com a maior equipe de super-heróis da Terra (chupa Vingadores!) sem estabelecer as coisas agora. Pelo menos não com a mentalidade de formiga dos executivos da Warner.

Agora chega de falar mal.


Vamos enfatizar o que há de melhor em BvS, filme com a batalha entre super-heróis mais épica de todos os tempos.


Sim. A pancadaria entre o Homem Morcego de Gotham e o super-assassino Homem de Aço de Krypton entra para os anais dos filmes de super-herói como a maior batalha de todas. Embora ela comece de forma ridícula, graças às maquinações de Lex Luthor que sequestra a mãe de Clark Kent e lhe dá o ultimato de matar o Batman para que ela viva, o desenrolar dela é sensacional.

Com o preparo digno de Batman, Wayne prepara todo o cenário para liquidar o Superman, que atraído feito uma mariposa pela luz, cai feito um pato. A estratégia do canhão sônico para desorientar o kryptoniano seguido pelas rajadas de metralhadora são só o aquecimento, e quando o Azulão parte para a porrada, é a armadura (feita pelo Alfred) quem segura a bronca.


É engraçado que o Superman admite que se quisesse poderia ter partido o Batman ao meio no primeiro contato... Como se ele não tivesse se esforçado para isso JOGANDO ELE CONTRA UM PRÉDIO. Imagine se ele quisesse matar o Batman então!


Quando o Batman começa a usar as armas criadas com base na pedra alienígena encontrada pelo Lex Luthor no Mar do Pacífico e que causa estragos em kryptonianos, a vantagem do Homem de Aço vai para vala, e é aí que começa o show do Batman, com direito a várias frases de impacto do tipo “tira essa camisa azul que você é moleque!”. Se esse Superman do cinema fosse o dos quadrinhos, eu diria que eu teria sentido um nó na garganta pela TREMENDA SURRA QUE ESSE FILHO DA PUTA LEVA DO BATMAN. O filho de Krypton apanha feito gente grande, e intoxicado até o talo de kryptonita ele é feito de boneco de pano pelo Morcego.


Pra não dizer que não vibrei em nenhum momento do filme, eu curti quando o efeito da kryptonita passa e o Batman começa a socar o Superman parecendo que está batendo em uma parede de aço. Essa parte é linda!

O desfecho da cena é o Batman atirando outra bala de kryptonita (porque ele é um CUZÃO!) no Superman e impiedosamente ameaçar matá-lo com uma lança cuja ponta é feita de (adivinha!) kryptonita. Salvo na última hora por Lois Lane que o faz entender que a mãe de Clark está em perigo (típico de quadrinhos em que só depois de meia hora de porrada é que os heróis prestam a atenção no que estão fazendo), o Batman decide ajudar o Superman e salvar sua mãe, na mudança de atitude mais rápida do mundo. “Salve Martha”.


Ok. Admito. Mais de 25 anos acompanhando quadrinhos e nunca me liguei que as mães dos dois tinham o mesmo nome! Ótima sacada, Sr. Snyder! (Se é que a ideia foi dele!).

A sequência em que o Batman, já sem a armadura de combate feita para arrebentar o Super invade o esconderijo dos capangas de Luthor para salvar Martha Kent é putaqueparisticamente FANTÁSTICA. Deixando de lado o fato de que, sim, o Batman MATA a maioria dos bandidos, plasticamente a cena é muito bem coreografada. Em todas as encarnações do Batman nos cinemas (e falando desde 1989) nós nunca vimos um Batman exímio lutador em combate. Tivemos uma sombra disso em Batman Forever com Val Kilmer (ou seu dublê) ensaiando alguns saltos acrobáticos, Michael Keaton dando cabeçadas nos calcanhares de seus adversários e aquela merda de cena tremida filmada por Christopher Nolan em Begins e Dark Knight em que nem víamos o que o Batman estava fazendo. 


Desta vez, em ritmo de videogame o Batman invade o local e começa a botar pra foder com os capangas, dando golpes mortíferos, daqueles que tiram de ação os adversários sem pestanejar. Em ação, o Batman de Ben Affleck é com segurança o melhor de todos, e não me admira que não exista qualquer menção a sua antiga galeria de vilões no filme. Ele deve ter matado todos na porrada e no tiro! Heheheh!

O FUTURO

Embora tenha sido uma incursão, a meu ver, desnecessária, criou-se uma certa curiosidade em se ver como a Warner irá tratar o Aquaman, o Flash e o Cyborg na telona, agora que eles são uma realidade (e que seus logotipos tenham sido desenvolvidos pelo Lex Luthor). Aliás, não me espantaria em ver o próprio Lex Luthor como o cabeça da equipe, substituindo o papel que já foi de Maxwell Lord nos quadrinhos, e que ele seja também o responsável e financiador do grupo. Já pensaram?


A trama deixa bem claro que Lex teme o “perigo que vem do céu”, e os arquivos roubados por Bruce Wayne mostram que ele já vinha estudando uma forma de se defender desse perigo. Se Luthor for o criador da Liga da Justiça vai ser bem coerente com o que foi dito até aqui. Até mesmo se o Batman formar o grupo, influenciado pelo Lex já vai ser aceitável, tendo em vista que, sei lá como, o Morcego neurótico já está tendo visões do que vem pela frente. Com a morte do Superman, uma das possíveis ameaças que vêm do céu já foi eliminada, basta que eles cuidem da que vem em seguida... Em outras palavras, abram alas para Darkseid.

Ps. É só pra mim ou me parece estranho que o Superman já morra em sua SEGUNDA BATALHA na Terra? Tipo, ele não enfrentou ninguém além do Batman, do Zod e da sua versão vitaminada. Carreira curta, não?


Ps. 2 – Desnecessário aquele poder supersayajin Super-Choque do Apocalypse, não acham? Aquilo tornou a cena confusa e exagerada. Parecia um episódio de Dragon Ball Z!

Ps. 3 – Amy Adams conseguiu ficar ainda mais linda de MoS pra cá ou foi impressão minha?

Ps. 4 - Teremos o Retorno do Superman no filme da Liga da Justiça, com direito a roupa preta, mullets e trabucão na mão?

NOTA: 7,5

NAMASTE!


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